( Foto de Ricardo Moraes – Folhapress )
A morte do escritor Millôr Fernandes, aos 88 anos, na noite desta terça-feira (27), assinala o fim de um dos últimos inconformistas incorrigíveis da imprensa brasileira. Jornalista desde os 14 anos de idade, o genial Millôr Fernandes foi humorista, cartunista, dramaturgo, poeta e tradutor.
O mestre dos mestres faleceu em sua casa, no Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla de órgãos e parada cardíaca.
O corpo será cremado nesta quinta-feira (29), em cerimônia restrita à família.
Gênio da raça, ícone do humorismo, a trajetória do intelectual audodidata renderá milhares de páginas na história da cultura brasileira e do jornalismo alternativo.
Do mestre e guru que se vai, fica a obra imortal, indispensável à cultural nacional e à própria compreensão do Brasil.
O blogueiro aqui, fã e leitor de carteirinha de Millôr desde a adolescência, acha que o País ficou mais pobre com a encantação do gênio brasileiro – o último deles, talvez.
Infelizmente em menos de uma semana perdemos dois grandes ou quem sabe, os maiores talentos que o Brasil já viu, Chico anisio que deixou nosso humor mais pobre e triste, e o brilhante Millôr Fernandes que era sem sombra de duvidas um dos melhores escritores que este pais já possuiu!
amigo zé duarte,voce se equivocou, a data é 27/03/2012.
Fiz a correção. Grato, Armando.
Sou fâ de Millor desde a infancia quando eu lia a Revista “O CRUZEIRO” que Tozinho me emprestava. Com ele me identifiquei até hoje com seu humor critico e irônico, de quem copiei o estilo, sem a competencia do genio que era. Millor deveria estar agora com 40 anos para dizer sobre o Brasil que vivemos. Minha homenagem a ele é transcrevendo algumas de suas tiradas magnificas:
Morte súbita é aquela em que a pessoa morre sem o auxilio do médico!
A justiça é igual para todos. Aí já começa a injustiça.
Nepotismo e coçar/É questão de começar/Assim que um parente mama/Surgem mil para mamar/Se se contenta Gregorio/Pacheco pede adjutório/Todo preto tem seus brancos/Todo João suas Marias/Toda tia seus sobrinhos/Todo sobrinho suas tias/E somos todos parentes/No Brasil das mordomias
PERDIÇÃO – Quando tentou já era tarde. Não conseguiu mais encontrar onde tinha cruzado a fronteira da corrupção.
Quando um politico grita que outro é um tremendo ladrão público é impossivel não revelar na voz um leve traço de inveja.
Mais cedo ou mais tarde todo politico corresponde aos que não confiam nele.
(HAI-KAI)
COM QUE GRANDEZA
ELE SE ELEVOU
ÀS MAIORES BAIXEZAS