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18
maio
2018

Brasileiros_desistência_procura por emprego

Estão fora das estatísticas do IBGE 4,6 milhões de pessoas que desistiram de procurar trabalho, a maioria jovens negros e pardos; este é o retrato do Brasil pós-golpe: a vida das pessoas piora, a economia está se arruinando, mas o governo age como se o país vivesse um conto de fadas; segundo o IBGE, no primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação esteve em 13,1%, número menor que os 13,7% de igual período de 2017; no entanto, essas 4,6 milhões de pessoas estão fora da estatística.

São aquelas que, sem conseguir emprego depois de meses de procuram, deixam de procurar. Nas planilhas do IBGE a isso se dá o nome de "desalento". A pessoa nessa condição já não acredita que tem oportunidades profissionais. E quem desiste de buscar uma vaga deixa não apenas o mercado de trabalho —é excluído também das estatísticas de desemprego. É considerado desempregado apenas quem toma providências para conseguir trabalho. 

No entanto, na vida e na economia real, a situação é cada dia mais dramática. A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui os desempregados pessoas que gostariam de trabalhar mais e aqueles que desistiram de buscar emprego, bateu recorde no primeiro trimestre, chegando a 24,7%, segundo o próprio IBGE informou nesta quinta (17). Ao todo, são 27,7 milhões de pessoas nessas condições, o maior contingente desde o início da série histórica, em 2012. Destes, 13,7 milhões procuraram emprego mas não encontraram

Essa redução de 13,7% para 13,1% na estatística também divulgada ontem é "fake news", conforme admite o coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azeredo. "A desocupação caiu sim, mas caiu em razão de aumento do desalento e do aumento da população subocupada”, afirmou ele.

Ao longo do ano passado, segundo as estatística, o país teria apresentado redução gradual das taxas de desemprego. Mas isso se deveu exclusivamente ao aumento de trabalhos informais -ou seja, nada parecidos com o que as pessoas conhecem  por emprego. O indicador, embora apresentasse melhora estatística, mostrou uma piora na qualidade dos postos de trabalho disponíveis no país, já que o emprego com carteira assinada atingiu níveis historicamente baixos.

Brasil 247


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