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05
jan
2018

Temer tenta comprar deputados com ambulâncias_Brasil 247

Deputados da base aliada dizem que Michel Temer premiará parlamentares fiéis nas votações da Câmara em 2017 com a possibilidade de indicar prefeituras que receberão recursos para compra de ambulâncias e equipamentos odontológicos; quem votou contra o governo não terá indicações atendidas, segundo o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).

247 – Deputados da base aliada dizem que Michel Temer premiará parlamentares fiéis nas votações da Câmara em 2017 com a possibilidade de indicar prefeituras que receberão recursos para compra de ambulâncias e equipamentos odontológicos. Quem votou contra o governo não terá indicações atendidas.

Em nota, o Ministério da Saúde negou e disse que a distribuição dos equipamentos "obedece a critérios técnicos”, sem relação com as votações na Câmara.

Em dezembro, o ministério liberou dinheiro para a aquisição de 6,5 mil ambulâncias, 10 mil equipamentos odontológicos e mil vans destinadas ao transporte de pacientes para tratamentos não emergenciais, num total de R$ 960 milhões.

Qualquer prefeitura pode fazer a solicitação, mas deputados afirmam que só serão contemplados os pedidos de municípios indicados por parlamentares que votaram com o Planalto no ano passado. O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos vice-líderes do governo na Câmara, afirmou que o critério será a fidelidade demonstrada pelo parlamentar.

Perondi diz que essas votações incluem o apoio nas votações das duas denúncias apresentadas pela Procuradoria Geral da República contra Temer no ano passado.

Um integrante de partido governista que votou contra Temer na duas denúncias da PGR ouviu do próprio ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), que as indicações para ambulâncias e equipamentos odontológicos só poderiam ser feitas por quem tivesse ajudado a barrar as acusações contra o presidente.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que a distribuição dos recursos atenderá às necessidades dos municípios e não às indicações de deputados.

Para conseguir o apoio necessário, o Planalto lançou mão de uma série de estratégias, como o pagamento de emendas parlamentares e a substituição de ministros para agradar o chamado Centrão.

Brasil 247


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