qui
27
abr
2017

veneziano

Integrante da base do presidente Michel Temer, o deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) disse não temer retaliação por ter votado contra a reforma trabalhista. Apenas ele e o deputado Luiz Couto (PT) votaram contrários ao projeto.

Veneziano afirmou que é possível que o PMDB não tenha gostado do seu posicionamento e dos outros sete deputados que votaram contra a reforma e dos cinco que se ausentaram, porém ele alegou que não foi uma decisão de última hora.

"Eu anunciei ao líder do partido e a integrantes do governo, que não concordava com a forma, com o conteúdo, com o tempo que essas duas propostas (reforma trabalhista e da previdência) foram apresentadas e por isso votaria contra as duas. Eu não posso é abdicar do dever que eu tenho de representar a quem me pôs aqui”, disse, assegurando que não foi desleal com o governo e com o partido, mas há matérias que vão contra suas convicções.

“Então se houver represálias ou retaliações, não sei, eu estou muito tranquilo em assumir o lado daqueles que têm razão de reagir diante dessa reforma trabalhista”, frisou.

Para Veneziano, a reforma traz grandes riscos para os trabalhadores, e ele não vê a perspectiva de criação de novos postos de trabalho. “Eu não vejo que se cria segurança jurídica, eu não enxergo que o trabalhador vai estar em condições de discutir isso com os patrões e a terceirização passa a ser aplicada em toda a sua extensão, da atividade meio à atividade fim”, elencou o deputado.

“Uma reforma trabalhista que pretenda atender ao propósito de gerar postos de trabalho, garantir segurança jurídica entre o empregador e os trabalhadores, menos burocratização, não, penso eu, haverá de ser concretizado com os termos da reforma que foi ontem aprovada”, disse Veneziano. Para ele, o texto aprovado produzirá subempregos e insegurança para o trabalhador.

“Da maneira como foi posta, a reforma apenas garante ainda mais os instrumentos de imposição que o empregador terá sobre aquele que está emprestando a sua força de trabalho”, disse Veneziano.

Ele também discordou do ponto que dispõe sobre a permissão para que as mulheres lactantes, sob a salvaguarda de um laudo médico, trabalhem em serviços insalubres. Segundo ele, isso gera um alto risco para essas mulheres.

“Outro ponto é que foi criada uma nova forma de relação de trabalho, que é a intermitente. Isso significa que você pode ser contratado por uma hora, em determinado dia, e voltar para casa para ficar esperando que o seu empregador o chame para em outro dia fazer novamente um outro bico, de uma hora ou duas horas”, exemplificou, reafirmando que votará contra a reforma previdenciária quando ela for a plenário. “Penso que o número de parlamentares peemedebistas que votará contra ultrapassará os 20 quando a reforma previdenciária for a plenário”, prevê.

Paraiba.com.br


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