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18
mar
2016

ALPB_debate_crise política

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) debateu, ontem (17), a situação política do país. As discussões começaram ainda no Pequeno Expediente e se estenderam pela Sessão Especial iniciada logo após o fim da Sessão Ordinária, com o objetivo específico para ouvir deputados e representantes da sociedade, convidados para participar da sessão.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino, ocupou a tribuna e expressou seu sentimento sobre o momento atual porque passa o país. "Nós não sabemos que rumo esse país irá tomar. Eu confesso honestamente que, de ontem pra cá, começou a clarear na minha mente que nós estamos realmente caminhando para um golpe nesse país", declarou. Adriano Galdino afirmou ainda que se há crise na gestão do PT, na oposição não há nenhum nome que tenha qualidade para unir esse país.  "Os que criticam, os que acusam, estão mais sujos do que os que estão hoje comandando o Brasil. Diante dessa avalanche contra tudo e contra todos, nada conseguiram levantar contra a presidente Dilma, mas mesmo assim, um processo violento está em curso", comentou.

Adriano Galdino destacou ainda que o pior seria o dia seguinte, em caso de retirada da presidente. Porque, na oposição, ninguém tem apoio popular para assumir esse país. "Se a presidente Dilma for afastada, o Brasil vai ficar sem comando e aí tudo pode acontecer, poderemos ter de volta a violência da ditadura, a guerra entre irmãos, a briga em praça pública, uns defendendo as suas ideologias, o outro acusando", afirmou.

A deputada Estela Bezerra iniciou seu discurso lembrando que os brasileiros construíram uma das cartas magnas mais avançadas do mundo, que resultou da participação da sociedade e com ela começou à fortalecer as instituições para a defesa da democracia, como o Ministério Público e o Judiciário. No entanto, a deputada considera que alguns integrantes dessas instituições têm pensamento fascista, o que aterroriza e amedronta o futuro da democracia e da sociedade brasileira.

A parlamentar avalia que o que está em jogo é muito mais do que uma briga pelo poder.  “Nós temos a criminalização da política, que não interessa a nenhum de nós. Não é possível que se faça condenação prévia, que se faça um vazamento seletivo de informações e que se coloque na gaveta todas outros procedimentos jurídicos que investigam processos de corrupção de igual monta e que são anteriores à lava-jato”, pontuou. Estela encerrou dizendo não querer que a Operação Lava-Jato seja engavetada. Mas, sim, que haja  justiça haja da maneira correta. Para ela, o país está diante de uma ameaça à soberania nacional.

O deputado estadual Frei Anastácio parabenizou o presidente da Assembleia pela iniciativa da realização da sessão especial e destacou a relevância da iniciativa e que este momento é oportuno para debater o atual momento político do país. “É um momento que temos para refletir, acho que nós devemos ter a capacidade de dialogar com o diferente para construir elementos para as mudanças e para avançar”, disse. Frei Anastácio destacou que a democracia está acima da maneira de pensar e de agir e por isso é importante que neste momento todos possam manter o respeito.

Já o deputado Anísio Maia fez questão de ressaltar que não há nenhuma prova que venha a comprometer a presidenta Dilma Rousseff e que ela tem mostrado isenção diante das investigações. “Esse movimento de impeachment não tem fundamento legal nem jurídico”, declarou o deputado. Para o deputado, o importante neste momento é o restabelecimento da lei no país e que ela seja de forma igual para todos. Ele também criticou a atitude do juiz Sérgio Moro, que teria se apavorado com a indicação de Lula à Casa Civil, vazando áudios gravados com autorização da Justiça. “O senhor juiz Moro não tem vergonha de rasgar a Constituição desse país”, protestou Anísio.

Durante a sessão especial, o deputado estadual Buba Germano também elogiou a iniciativa da ALPB em realizar a sessão especial ressaltando que a Casa de Epitácio Pessoal é plural por ouvir e respeitar diversas formas de pensamento. Em sua fala, Buba destacou os avanços alcançados pela população durante a gestão do PT e demonstrou preocupação com o atual momento do país.

O vice-presidente do Grêmio Estudantil da IFPB, Ortêncio Duarte, criticou as atitudes do juiz Sérgio Moro ao vazar conversas da presidente da República, Dilma Rouseff. Representando a Pastoral da Terra, Tânia Maria disse que está se sentindo perseguida, devido os últimos fatos ocorridos no país. O presidente da Associação dos Servidores do Departamento de Estradas de Rodagens da Paraíba (DER-PB), Assis Almeida, demonstrou preocupação com a crise financeira que impede estados, municípios e instituições de cumprirem seus compromissos com os servidores. Assis afirmou que a crise política vem sendo fabricada pela oposição, que perderam as eleições e desejam o poder a qualquer custo. “Eles querer aquela política do ‘quanto pior melhor’ pra poder voltar a governar. Por várias eleições foram derrotados, mas querem ganhar no ‘tapetão’”, disse Assis.

De acordo com a representante do Movimento de Luta por Moradia e presidente do Movimento de Moradia Mãos Dadas, Lúcia André, existe uma tentativa de golpe para matar um governo que mudou a vida de milhares de famílias. A ativista destacou os programas criados pelo governo. O presidente da Central Única dos Trabalhadores na Paraíba, Paulo Marcelo, declarou que a Justiça não possui compromisso com o país, assim como grandes empresas de comunicação.

Também participou da sessão especial a secretária da Mulher e da Diversidade Humana do Estado da Paraíba, Gilberta Soares, as deputadas Camila Toscano e Olenka Maranhão, os deputados Bosco Carneiro, Dinaldo Wanderley, Inácio Falcão e Jeová Campos.

Agência ALPB


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