A Fundação Casa de José Américo dispõe de um equipamento de alta tecnologia e oferece resultados eficazes na digitalização do acervo. Trata-se do Laboratório de Digitalização e Informação Histórica (Digitalih), inaugurado em junho do ano passado, e desde então vem garantindo a preservação e o acesso ao acervo da instituição. “Isso estimula o respeito pela memória e identidade cultural do povo paraibano”, ressalta a gerente executiva do Arquivo, Lúcia Guerra, destacando ainda o papel das pesquisas acadêmicas e de interesse geral da população.
Segundo ela, até agora já foram digitalizados jornais e revistas da década de 1920, manuscritos e livros de José Américo, os documentos dos projetos de arqueologia desenvolvidos pela FCJA, fitas VHS e K-7, entre outros conjuntos documentais. Neste sentido, Lúcia explica que o Digitalih realiza a mudança do suporte analógico para o digital, de documentos impressos e audiovisuais, seguindo os padrões recomendados pelo Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) e pelo Arquivo Público do Estado da Paraíba (APEPB). “Isso se faz por meio da captura digital de imagens e se dá por matrizes e derivadas, com um controle de qualidade que assegure a qualidade arquivística, a fidelidade ao documento original e a capacidade de interoperabilidade”, detalha.
Outro aspecto destacado é que, com o acervo digitalizado, os originais serão mais bem preservados, pois não será necessário o manuseio continuado para a pesquisa. Por outro lado, o acesso poderá ter um aumento exponencial tendo em vista a possibilidade de uso da internet. Para garantir todo este potencial, a equipe conta com o apoio de professores, técnicos e estudantes da UFPB e do IFPB, e tiveram capacitação da Empresa Scansystem, de SãoPaulo; do Laboratório de Tecnologia do Conhecimento (LIBER/UFPE); e do Museu da Imagem e do Som de São Paulo.
Parceria e expansão – Para viabilizar a instalação do Digitalih, houve o apoio da Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia, além da Secretaria de Estado da Cultura. Conta um sistema de prevenção a incêndio e de segurança por câmeras interno e externo. “Uma das grandes preocupações com esse novo formato está na necessidade de se adotar medidas específicas para garantir que os acervos digitais continuem disponíveis ao longo do tempo, com a adoção de padrões para a segurança, armazenamento e preservação em Repositório Arquivístico Digital Confiável”, pontua Lúcia Guerra.
Além de atender à demanda da FCJA, o projeto Digitalih tem a meta de estender os seus benefícios, com a oferta de serviços a órgãos e secretarias do Governo do Estado que possuam acervos a serem preservados e disponibilizados.
Secom
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