“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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13
ago
2014

aecio neves

Nesta quarta-feira (13) o presidenciável pela coligação Muda Brasil, Aécio Neves (PSDB), estará visitando à Paraíba, onde passará pelos municípios de Santa Luzia, Patos e Pombal. Ele participará de comícios nas cidades, ao lado do senador Cássio Cunha Lima.

Em Santa Luzia, o ato político acontece às 19h30, na Rua Epitácio Pessoa, em frente à praça Alcindo Leite. Em Patos, o evento será às 20h30, na rua Antônio Félix. Já em Pombal, o comício ocorre às 22h, na praça Getúlio Vargas.

Durante visita ao Estado, Aécio discutirá sobre o programa Novo Nordeste, que tem como objetivo trazer um choque de infraestrutura para a região e promover transformações sociais.

Paraíba Já


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13
ago
2014

Arthur Avila, vecedor no "Nobel" da Matemática
Aos 19 anos, Arthur Avila já trabalhava em sua tese de doutorado

O matemático Artur Avila, 35, é o primeiro brasileiro a ganhar a Medalha Fields. Trata-se do prêmio mais importante da área. O anúncio foi feito pela União Internacional de Matemática (IMU, na sigla em inglês), que concede a condecoração. A premiação será feita no Congresso Internacional de Matemáticos, maior evento da matemática mundial, que começa nesta quarta-feira (13), em Seul, Coreia do Sul. Devido a diferença de fuso-horário, no Brasil, o congresso começou na noite de ontem.

A Medalha Fields foi concedida pela primeira vez em 1936 e, a cada edição, é entregue a, no máximo, quatro matemáticos com idade inferior a 40 anos, que tenham feitos notáveis. Ao todo, 52 matemáticos já receberam o prêmio. É um reconhecimento equivalente ao Prêmio Nobel da matemática.

A carreira de Avila começou cedo. Segundo informações disponíveis no portal da Academia Brasileira de Ciências, Artur Avila ganhou a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática no Canadá, aos 16 anos, vencendo 411 oponentes de 72 países. Desde então, ainda cursando o ensino básico, o carioca passou a frequentar as disciplinas da pós-graduação do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), onde concluiu seu mestrado junto com o ensino médio. Assim, Avila não cursou graduação e foi direto para o doutorado no Impa, sob a orientação do acadêmica Welington de Melo.

Com 19 anos, Avila trabalhava em sua tese de doutorado na teoria de sistemas dinâmicos, concluída em 2001, quando partiu para um pós-doutorado na França. De 2003 a 2008, teve uma posição permanente no Centro Nacional de Pesquisa Científica, em Paris, e em 2008, tornou-se o mais jovem matemático promovido a diretor de pesquisa daquela instituição.  Ele ocupa a posição até hoje, dividindo o ano entre a instituição em Paris e o Impa, no Rio de Janeiro.

Os principais trabalhos científicos de Avila estão relacionados à teoria de renormalização, que desempenhou um papel fundamental na física de partículas e deu a Richard Feynman o Nobel de Física de 1965, e em física estatística, área em que Kenneth Wilson foi contemplado com o Nobel de 1982.

Além de Avila, os outros medalhistas de 2014 são o canadense-americano Manjul Bhargava, da Universidade Princeton; o austríaco Martin Hairer, da Universidade de Warwick; e a iraniana Maryam Mirzakhani, da Universidade Stanford.

O Brasil terá outros destaques no Congresso Internacional de Matemáticos. Esta será a primeira vez em que quatro matemáticos do Impa, incluindo Avila, participarão como palestrantes, dentre os cerca de 4,5 mil pesquisadores de centenas de países que apresentarão as novidades produzidas nos últimos anos na área.

Por meio de sua conta pessoal no Twitter, a presidenta Dilma Rousseff parabenizou o pesquisador pelo prêmio. Segundo ela, esse “reconhecimento mundial enche de orgulho a ciência brasileira e todo o Brasil”. “Avila foi escolhido, entre outros motivos, por seu trabalho com a área de sistemas dinâmicos, mais conhecida como a teoria do caos, que busca descrever e prever como evoluem todos os sistemas que mudam com o tempo”, escreveu Dilma.

Agência Brasil


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13
ago
2014

Com variação de nebulosidade, esta quarta-feira (13) apresenta reduzida probabilidade (5%) de chuva em Princesa Isabel, Manaíra, Água Branca, São José de Princesa, Juru e Tavares, de acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

Na maioria dos municípios, a temperatura máxima prevista é 25°C, e a mínima, de 16°C.

Abaixo, a previsão do Centro para a região Nordeste:

No litoral leste da região: muitas nuvens e chuva isolada. No litoral norte: variação de nuvens com possibilidade de pancadas de chuva a qualquer hora. No leste da região: variação de nuvens. Nas demais áreas da região: predomínio de sol. Temperatura estável. Temperatura máxima: 35°C no PI. Temperatura mínima: 15°C no sudoeste da BA.


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ter
12
ago
2014

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato ao governo do Estado pela Coligação “A Vontade do Povo”, recebeu o apoio de mais dois prefeitos neste último final de semana: Rosinaldo Lucena Mendes, (PMDB), prefeito de Pilõesinhos, e Salvan Mendes Pedroza (PSB), de Nazarezinho, anunciaram que não mais estão na base de apoio do governador Ricardo Coutinho (PSB), que concorre à reeleição.

O governador Ricardo Coutinho assumiu quatro compromissos com Pilõesinhos: construir o Mercado Público da cidade, construir 40 casas populares, melhorar a estrada de terra que liga o município a Borborema, o recapeamento asfáltico de Guarabira até o centro da cidade, segundo Nado Mendes, como é mais conhecido o prefeito.

“O governador me disse, olhando olho no olho, que se os compromissos não fossem concretizados, não precisaria apoiar a sua reeleição ao governo do Estado. Como ele não cumpriu o que prometeu, eu estou livre para apoiar o senador Cássio, que honra a palavra empenhada”, justificou Nado.

O prefeito disse que vai passar a Cássio Cunha Lima a mesma pauta de reivindicações do município. “Eu acredito que o senador vai cumprir com o que assumir com o nosso município, tão logo chegue ao Governo”, disse o prefeito Nado Mendes.

Salvan

Já o prefeito Salvan Mendes contou que o governador também não cumpriu o que prometeu. “Ele anunciou que ia concretizar uma série de coisas que as lideranças políticas pediram para o município. Todas as vezes que eu fui cobrar, ele pedia calma. Agora eu acho que não dá mais e por isso estou aderindo aderindo a Cássio”, contou Salvan.

No último sábado, Salvan e as lideranças políticas de Nazarezinho tiveram um rápido encontro com o senador Cássio Cunha Lima em Sousa. Foi que ele anunciou que iria apoiar a candidatura do senador ao governo do Estado.

“Eu venho conversando com nossos amigos do Grupo e sempre defenderam a bandeira de Cássio Cunha Lima. Em nome da unidade do Grupo em Nazarezinho nós estamos aqui para declarar nosso apoio à candidatura de Cássio Cunha Lima, ele que muito trabalhou por Nazarezinho. Fez aquela estrada, a obra do século para a nossa Cidade. Portanto, nós somos muito gratos por isso, e assim, eu, o ex-prefeito Nildo Mendes, o ex-vice-prefeito, José Augusto, a vice-prefeita, Israilda Mendes, o ex-prefeito Gilson Luiz, seis vereadores, lideranças do nosso Grupo, todos ao lado de Cássio que será nosso governador”, completou.

Assessoria


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ter
12
ago
2014

A reportagem feita pelo Fantástico, da Rede Globo, sobre a retenção de macas do Samu no Hospital de Trauma de Campina Grande gerou uma crise aguda entre o secretário de Comunicação do Governo do Estado, Luís Tôrres, e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato ao Governo do Estado. Cássio, que criticou o episódio, afirmou ser sempre doloroso para o paraibano assistir seu Estado servir de mau exemplo numa área extremamente importante como a saúde pública. Tôrres, então, foi ao Facebook para alfinetar o tucano.

Confira o que disse Cássio sobre o caso das macas:

Vergonha e indignação. Esses foram os dois sentimentos que o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato a governador pela Coligação A Vontade do Povo, diz que marcaram seu espírito de cidadão na noite deste domingo, 10. Após assistir à reportagem especial do programa Fantástico, da Rede Globo. Na pauta, mais um escândalo nacional envolvendo a saúde pública da Paraíba: o trabalho de equipes do Samu comprometido por conta da retenção de macas no Hospital Regional de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande.

– Sinceramente, trata-se de um fato lamentável que nós, na Paraíba, já tínhamos conhecimento. Mas é sempre doloroso para o paraibano assistir seu Estado servir de mau exemplo numa área extremamente importante como a saúde pública – desabafou Cássio Cunha Lima.

Para o senador e candidato tucano ao Governo do Estado, a insensibilidade, incompetência e total negligência na gestão da saúde no atual governo produz escândalos desse nível e que merecem o repúdio da sociedade. Cássio lembrou que, recentemente, chocou também o Brasil as imagens de um cadeirante sendo arrastado no mesmo Hospital de Trauma de Campina.

Exatamente por esse tipo de procedimentos, que refletem bem o estilo de um governo sem compromisso com a excelência da gestão de saúde e dissociado da missão elementar do serviço público de prestar um bom atendimento, principalmente aos que mais precisam, Cássio Cunha Lima reafirma suas promessas de humanizar a assistência nos hospitais e cobrar mais eficiência dos gestores do setor.

Confira o que disse Luis Tôrres sobre Cássio e o mesmo episódio:

O feitiço contra o feiticeiro…

Desculpem-me, mas essa eu não posso deixar passar. O cinismo do candidato do PSDB ao governo deve ser, realmente, uma doença incurável. Mal este que fica ainda mais crônico diante da proximidade das eleições.

Ao debater sobre o caso da falta de macas em ambulâncias do Samu no Brasil inteiro, o tucano, primeiro, chega a ignorar que a tal reportagem do Fantástico, que ele usa como Guia Eleitoral, começa citando como exemplo o estado de São Paulo, governado pelo seu partido, o PSDB, o mesmo que ele quer que volte ao poder na Paraíba.

Depois, inspirado pela ânsia de se afastar da figura de gestor limitado, outra doença irremediável na sua trajetória, disserta como um especialista em saúde pública sem poder esconder o passado desastroso nesta área. Quem nunca entregou a Paraíba um hospital sequer depois de passar quase sete anos no governo pode falar em falta de macas? Quem tem uma gestão que responde ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal por caos no atendimento dos hospitais de traumas e até “fila da morte” pode falar em qualidade na saúde pública? Quem deixou abandonados hospitais erguidos por antecessores durante quase sete anos pode falar em rede hospitalar de qualidade? Não, não pode.

O Hospital de Trauma de Campina Grande é uma referência no atendimento de traumatologia no Brasil. Para desespero da oposição, a própria reportagem do Fantástico faz questão de registrar que a unidade atende a 270 municípios de quatro estados. Um número que só pode ser possível diante dos avanços implementados em seus serviços. E que, claro, impõe ainda mais desafios à direção. As prefeituras, especialmente por isso, devem, portanto, respeitar a regulação do atendimento ao paciente, encaminhado para o Trauma tão somente as vítimas de traumatologia.

No caso de Campina Grande, é preciso perguntar se a prefeitura não tem “entupido” o Trauma com pacientes que deveriam ser atendidos por outras especialidades clínicas por consciência plena da incapacidade de gerir os hospitais públicos municipais. Aliás, constatações à parte, em se tratando de Campina Grande, é muito provável que uma gestante com problemas de gravidez prefira ser levada ao Trauma ao ISEA, por receio de perder o filho ou não poder permanecer viva para vê-lo crescer.

Se você quer saber se o senador Cássio Cunha Lima é mesmo um especialista em saúde pública, procure ler a ação civil pública de número 2008.82.00.003046-3, movida pelo Ministério Público Federal.

O governo do trabalho entregou quase novos mil leitos em toda a Paraíba, construindo e entregando hospitais, entre eles, um exclusivo para atendimento de pacientes com câncer. Entregou 140 ambulâncias e implantou a maior rede de tratamento cardiológico pediátrico na Paraíba.

Isso é resultado. O resto cinismo fantástico.

ParlamentoPB


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ter
12
ago
2014

Ator e comediante norte-americano Robin Williams morre aos 63 anos

O ator e comediante norte-americano Robin Williams, de 63 anos, morreu nessa segunda-feira (11), em Tiburon, no norte da Califórnia. A suspeita da polícia dos Estados Unidos é que Williams teria se suicidado por asfixia. O ator foi encontrado pelo serviço de emergência em sua residência, já inconsciente e sem respirar, por volta de meio-dia (horário da Califórnia). A polícia anunciou que vai conduzir uma investigação sobre a causa e as circunstâncias da morte do comediante.

Ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante em Gênio Indomável, Robin McLaurin Williams começou sua carreira em meados da década de 70. Nascido em Chicago, no dia 21 de julho de 1951, Williams foi descoberto enquanto se apresentava em casas noturnas, e ganhou o papel de Mork na série de TV Happy Days, de 1974. Seu sucesso garantiu que o personagem ganhasse uma série exclusiva, Mork & Mindy, lançada em 1978.

Famoso mundialmente por sua performance como ator de comédias, Williams interpretou papéis divertidos e protagonizou sucessos de bilheteria como Popeye (1980), Uma Babá Quase Perfeita (1993), Jumanji (1995), Patch Adams – O Amor é Contagioso (1998), O Homem Bicentenário (1999) e Uma Noite no Museu (2006).

Transitar entre a comédia e o drama era uma de suas habilidades, e suas interpretações em Bom Dia, Vietnã (1988), Sociedade do Poetas Mortos (1990), Pescador de Ilusões (1991) e Gênio Indomável (1998) foram reconhecidas e aplaudidas. Além do Oscar que recebeu por sua atuação neste último, em 1998, Williams recebeu mais três indicações – pelas atuações nestes filmes.

De acordo com a nota divulgada pela polícia norte-americana, Williams foi visto com vida em sua casa, onde ele vivia com sua mulher, na noite de domingo. A esposa do ator, Susan Schneider, divulgou um comunicado onde afirma que “o mundo perdeu um de seus artistas mais amados” e pede que o foco não seja na morte de Williams, “mas sim nos incontáveis momentos de alegria e risadas que ele proporcionou a milhões de pessoas”.

EBC


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12
ago
2014

“No Rio Grande do Sul, é Lei: o traje típico pode ser vestido em qualquer cerimônia oficial”

Sitônio PintoOtávio Sitônio Pinto*

Um grande encontro da música popular brasileira esse de Yamandu e Dominguinhos, tocando Asa Branca e Prenda Minha, duas peças folclóricas da maior importância. Os fãs de Gonzaga, mais realistas que o rei, insistem que a peça é do sanfoneiro do Exu. Mas ele próprio revelou que Asa Branca é folclore. Outra vez, Gonzaga disse que não sabia se Asa Branca era folclore, pois algumas de suas peças foram tiradas ao folclore, enquanto outras viraram folclore.

Mais recentemente, um biógrafo atribuiu a Gonzaga a coleta e o retoque em Asa Branca. O Rei já havia dito que recebera a peça via Zé Dantas, e que Humberto Teixeira dera-lhe “uns retoques”. Lembro-me que Chiquinha Gonzaga levantou a questão, quando disse à imprensa que Asa Branca era de seu pai Januário. Procurei um folista mais velho que Januário, e lhe perguntei de quando conhecia Asa Branca:

– Desde menino –, respondeu-me o patriarca. Sua palavra era inquestionável. Depois vieram as declarações de Gonzaga, contestando a irmã, de que Asa Branca não era de Januário, e sim folclore.

Hoje, escutei a peça no violão de sete cordas de Yamandu, acompanhado por Dominguinhos na sua “gaita piano” – como chamam os gaúchos à sanfona com o teclado da mão direita similar ao piano. A outra, com o teclado de botões – como o da mão esquerda – no Rio Grande do Sul é chamada de “gaita botoneira”. Se as gaitas forem os tradicionais foles, ambas serão “gaitas de duas conversas”, pois emitem duas notas diferentes com a mesma tecla pressionada, quando o fole é aberto ou fechado.

Ambas serão gaitas diatônicas, dirão os eruditos. O fole de oito baixos, tocado no Nordeste, é um instrumento diatônico – pois cada tecla emite duas notas diferentes, quando o fole é aberto ou fechado. É isso que caracteriza o fole, e não seu tamanho ou número de teclas – que podem ir até trinta e duas.

Em Minas Gerais, esse fole será chamado “cabeça-de-égua”. No Nordeste, “pé-de-bode”. O fole “pé-de-bode” será o de oito baixos, pois os cascos do bode são repartidos ao meio, formando, assim, oito cascos, como os foles de Januário, do meu avô Gratulino e de Dedé do Cantinho, bisavô de Lucy Alves. Em qual pé de serra andará o fole de meu avô, perdido no sertão de Misericórdia, hoje Itaporanga?

Quem quiser ouvir Asa Branca e Prenda Minha, tocadas pelo talento de Yamandu e Dominguinhos, é só abrir o fole do YouTube: os dois aparecem com todo gás, tocando algumas peças da melhor música brasileira. Eles misturaram Asa Branca e Prenda Minha numa só apresentação, Asa Branca vestida de poncho e Prenda Minha envergando gibão, ambas “pilchadas”. É assim como os gaúchos chamam a quem está vestindo botas, bombachas, poncho, lenço e chapéu, isto é, sua roupa completa.

No Rio Grande do Sul, é Lei: o traje típico pode ser vestido em qualquer cerimônia oficial, como fazia o paraibano Assis Chateaubriand com o gibão de couro do vaqueiro nordestino. Mas esse prestígio da “pilcha” deve-se a um catarinense, o cantor e compositor Pedro Raymundo, natural de Imaruí, do litoral de Santa Catarina. Pedro Raymundo era pescador de tradição, filho de pai também pescador.

Imaruí fica numa região lacustre à beira-mar. Pedro Raymundo deixou a pesca para ser maquinista de trem. Depois foi motorneiro de bonde em Porto Alegre, onde se profissionalizou como músico, evoluindo na sanfona e cultivando a música rural gaúcha. Nos espetáculos, ele se apresentava “pilchado”, ou seja, vestido de gaúcho até a alma. Isso lhe proporcionou sucesso, o que chamou a atenção de Luís Gonzaga. E o pernambucano passou a se apresentar vestido de vaqueiro e a cantar o repertório nordestino, e a contar causos como o gaúcho. Até então, Gonzaga só tocava (pois não cantava) boleros, blues, valsas, polkas, mazurcas. O próprio Gonzaga reconheceu que Raymundo lhe mostrou o caminho do sucesso.

Pedro Raymundo foi o primeiro a gravar Prenda Minha, em 1945. Dia desses errei, quando atribuí a Pedro Raymundo a autoria de Prenda Minha. Cometi outro erro, ao dizer que Pedro Raymundo tocava uma gaita piano: era botoneira. O mais você pode ver, Douto Leitor, chamando o YouTube, com Pedro Raymundo, Yamandu e Dominguinhos tocando música brasileira. Dê lembranças. (Continua.)

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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