“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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seg
16
fev
2015

epaselect DENMARK COPENHAGEN SHOOTINGS
Abalados com os ataques deste fim de semana, cidadãos de Copenhague deixaram flores e velas na porta dos locais dos atentados

A polícia da Dinamarca divulgou nesse domingo (15) à noite mais detalhes sobre a identidade do suposto autor dos atentados que deixaram duas pessoas mortas e cinco feridas no último fim de semana. O jovem, de 22 anos, nasceu na Dinamarca e era conhecido pela polícia por seu histórico de roubos e violação das leis dinamarquesas, posse de armas e envolvimento com gangues locais. Ele foi morto por volta das 5h de ontem, após disparar contra a polícia no distrito de Norrebro, a noroeste da capital.

Embora a polícia não tenha informado o nome do atirador, um canal de TV local, a TV2 News, chegou a fazer a divulgação. Informações não oficiais divulgadas pela imprensa dinamarquesa indicam que o jovem tinha saído da prisão duas semanas antes de cometer os atentados, depois de cumprir pena por assalto.

A polícia busca rastrear os movimentos do jovem antes, durante e depois de cometer os atentados, a fim de identificar sinais de atividade terrorista organizada no país. A polícia quer saber se o suspeito recebeu assistência de outras pessoas.

Operações policiais promovidas ontem em uma lan house em Copenhague resultaram na prisão temporária de dois suspeitos.

O porta-voz do Conselho Muçulmano Dinamarquês, Zubair Butt Hussain, condenou ontem os dois ataques em Copenhague. “Eu não acho que haja, aqui na Dinamarca, nenhuma dúvida de que a maioria dos muçulmanos dinamarqueses não apoia esse tipo de coisa. Há sempre alguns indivíduos, não apenas entre os muçulmanos, mas entre outros grupos da comunidade, que têm visões divergentes. É importante dizer claramente que independentemente de quem essa pessoa seja, nós não aceitamos esse tipo de coisa.”

O primeiro atentado ocorreu por volta das 15h30 (12h30 no Brasil) de sábado (14), quando um homem armado invadiu um café na região de Osterbro, no noroeste da cidade, e disparou nos participantes de um evento sobre liberdade de expressão. O diretor de cinema Finn Norgaard, de 55 anos, morreu na hora. Três policiais ficaram feridos.

Horas depois, por volta da 1h de domingo (22h de sábado no Brasil), disparos feitos nas proximidades da principal sinagoga de Copenhague resultaram na morte do segurança Dan Uzan, de 37 anos. Dois policiais ficaram feridos, mas não correm risco de morte.

Agência Brasil


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dom
15
fev
2015

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As festividades do ‘Carnaval 2015’ da Prefeitura de Princesa Isabel, que começou ontem (14), prosseguem neste domingo (14).

Segundo a programação oficial divulgada pela Prefeitura, um trio elétrico, a Orquestra Harmonia Frevo e o DJ Luciano vão animar hoje os foliões na Praça de Eventos Dona Nathália do Espírito Santo [antiga Lagoa ou Estrela], no Centro da cidade, das 18h a 01h.


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dom
15
fev
2015

Com nebulosidade variável, este domingo (15) de carnaval apresenta possibilidade (80%) de chuva de curta duração que pode ser acompanhada de trovoadas a qualquer hora do dia em Princesa Isabel, Água Branca, São José de Princesa, Juru, Tavares e Manaíra, segundo aponta o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

Na maioria dos municípios, a temperatura máxima prevista é de de 25°, e a mínima, de 20°.

Abaixo, a previsão do Centro para a região Nordeste:

No norte do CE, no RN, nordeste da PB e sudoeste da BA: possibilidade de pancadas de chuva à tarde. No sul da BA: sol e poucas nuvens. No leste da BA: possibilidade de chuva. Nas demais áreas da região: variação de nuvens com pancadas de chuva. Temperatura estável. Temperatura máxima: 38C no oeste do RN. Temperatura mínima: 15C no centro-sul da BA.


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dom
15
fev
2015

O Governo do Estado está concluindo as obras de pavimentação da PB-138, que liga a Alça Sudoeste, em Campina Grande, ao distrito de Catolé de Boa Vista. No total, foram pavimentados 18 quilômetros com investimento de R$ 14,7 milhões, recursos oriundos do Tesouro do Estado e do contrato com a Corporação Andina de Fomento (CAF). A obra vai beneficiar mais de 350 mil pessoas ao encurtar a distância entre as zonas rural e urbana e proporcionar mais conforto e segurança na viagem e desenvolvimento econômico na região.

A estrada foi pavimentada em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), com capacidade para tráfego pesado. A comunidade de Catolé de Boa Vista esperava pela pavimentação da estrada há 50 anos. A estrada asfaltada vai melhorar o escoamento do minério de Boa Vista pela BR-230 e a expansão de Campina Grande com indústrias, comércio, condomínios e clubes campestres.

De acordo com o diretor de Obras do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado da Paraíba (DER), Hélio Cunha Lima, a pavimentação vai promover o desenvolvimento social e econômico da região; ampliar e modernizar a infraestrutura rodoviária do Estado; apoiar a atividade de mineração de bentonita na região; ofertar economia de transporte, conforto e segurança a usuários da rodovia; gerar empregos e renda na região, além de melhorar a qualidade de vida da população local. O DER está sinalizando a rodovia, última etapa das obras.

O tráfego médio por dia na rodovia é de mais de 690 veículos: automóveis, camionetas, ônibus, caminhões e motos. Os principais serviços realizados foram: terraplenagem em cortes e aterros, alargamento e reforço estrutural de três pontes, sistema de drenagem para águas pluviais e subterrâneas, pavimentação asfáltica, cercas de segurança da faixa de domínio, gramagem e paisagismos em taludes e sinalização horizontal e vertical.

Secom-PB


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dom
15
fev
2015

O deputado federal Efraim Filho (DEM), reeleito nas eleições 2014, admitiu essa semana a possibilidade de seu pai, o ex-senador Efraim Morais, vir a candidatar-se a cargo no executivo nas próximas eleições.

Efraim Morais é atual secretário de Estado do Governo e segundo o deputado federal Efraim Filho, “possui potencial” para atuar no executivo e poderá ser candidato à prefeito tanto na Região Metropolitana de João Pessoa, quanto no Sertão do Estado.

“Efraim Morais é uma pessoa jovem, está com 61 anos, é secretário de governo, coordenou a campanha de Ricardo, então ainda é cedo para decisões. 2016 será pensado em 2016, afirmou o parlamentar, já fazendo campanha em prol do nome do pai.

Efraim Filho ressaltou que atua sempre junto ao seu pai e que a vitória de um corresponde a vitória de ambos, já que seu pai vê nele a continuação de sua trajetória política.

“Ele tem em minha pessoa uma projeção da carreira política dele. Hoje trabalhamos juntos, em parceria. Tenho esse respeito a meu pai e quem sabe poderá haver uma disputa por uma cidade da Grande João Pessoa ou uma cidade do Sertão.

Pai e filho, que são líderes políticos na região de Santa Luzia, no Sertão da Paraíba, ainda mantém o mistério sobre possível candidatura de Efraim Morais em 2016, mas não descartam essa hipótese, segundo o parlamentar: “Em 2016 pode vir surpresa pela frente", arrematou.

Nas eleições de 2012 o deputado federal Efraim Filho disputou o cargo de vice prefeito na chapa encabeçada pela socialista Estela Bezerra (PSB), que abarcou apenas a terceira colocação no pleito.

PBAgora


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dom
15
fev
2015

Resultado de imagem para imagens de axé music na ebc O axé de Luiz Caldas no reveillon da TV Brasil

A axé music chegou aos 30 anos. O gênero, que marca o carnaval baiano e leva milhões de foliões à loucura, teve início com a música Fricote, de Luiz Caldas e Paulinho Camafeu, em 1985. De lá para cá, o ritmo ganhou novos contornos a partir da mistura com outros gêneros como o sertanejo, o samba e o pagode. O movimento de aproximação com diferentes fontes musicais também gerou críticas sobre uma possível crise do axé.

Para o coordenador do curso de graduação em música popular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Ivan Bastos, entretanto, isso é um movimento natural.

Alguns falam em crise criativa, mas eu não acho que é isso,. Essa mistura se dá por conta do capitalismo. Produtores, empresários e artistas veem que isso dá dinheiro e resolvem fazer. A nova tendência dá visibilidade ao cantor e acontece com outros estilos também.”

Segundo o professor, a nova composição das bandas após a saída de vocalistas que estouraram nas décadas de 80 e 90 e até nos anos 2000, como Netinho, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte e Bell Marques, também é consequência desse ciclo natural e de interesses comerciais. “As gerações vão se sucedendo e a moda também. O antigo modelo é superado e assim surge espaço para outros nomes”, destaca.

O professor e vice-reitor da UFBA, Paulo Miguez, especialista em carnaval, avalia que a mistura de gêneros é positiva. De acordo com ele, o axé é composto por diversas formas, como a música dos blocos afro, do trio elétrico e do afoxé, o que representa um sinal de vitalidade do gênero. Ele destaca que é preciso diferenciar o axé no sentido estético musical do negócio que o movimento gera.

“O axé, no sentido estético, é muito interessante, formado por uma mistura, e gera importante transformação na cena cultural baiana. Isso é uma coisa fantástica. Já o aspecto comercial é concentrado, as oportunidades são poucas e o ativo fundamental desse negócio é o ‘sistema de estrelas’, a partir do qual é definido o valor a ser cobrado nos ingressos.”

De acordo com o cantor e compositor Luiz Caldas, considerado precursor do gênero, o axé vive um momento maravilhoso e as mudanças fazem parte do novo cenário musical. Ele destaca que o ritmo levou Salvador para o mundo e inovou o carnaval baiano. O cantor diz também que o axé foi responsável por “abrir novamente as portas” da imprensa para a Bahia depois do sucesso de Caetano Veloso, Gilberto Gil, dos Novos Baianos, de A Cor do Som, entre outros.

“Muita gente diz que o axé music está em crise, mas isso é uma crise particular, é a crise de alguns. Eu mesmo vivo meu melhor momento musical e sou o criador do axé music. Hoje, olhando para trás e vivendo o presente, digo que é um momento de criação e celebração. Vamos para a frente que vem muita gente por aí.”

Agência Brasil


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dom
15
fev
2015

“Na primeira vez que ouvi o bloco dos caboclinhos ensaiando, tive medo. Pensei que eram índios mesmo. Eu era apenas um curumim”

Otávio Sitônio

Lembro-me de Quebé vestido de mulher e sua mãe arrancando as latas de manteiga usadas como próteses de peitos, a cara do meninão toda pintada, talvez com a maquiagem materna. As pequenas, de duzentas gramas, não estavam de todo deslocadas, pois manteiga é feita de leite, e leite vem de peitos. Essa a primeira lembrança que tenho do Carnaval. A mãe de Quebé esbravejava, não queria o filho homem naquela fantasia, mas ele ria, nós ríamos com a raiva de Dona Nilza. Depois dessa brincadeira se passaram mais de sessenta anos.

Havia mais. No oitão, na beira do bosque da Bica – na rua dos Bandeirantes –, desfilavam moleques batendo em latas, cada um mais sujo que os outros, as caras pintadas como a de Quebé. Eram chamados “caretas”. Não cantavam, só faziam uma percussão anárquica, sem ritmo. Eu não entendia o porquê daquela zoada, daquelas roupas, mas achava graça.

A ursa até que fazia medo, vestida naqueles panos felpudos, a cintura amarrada com uma corda, a molecada batendo nas latas, de porta em porta na esperança de arranjar algum dinheiro para se brincar o Carnaval. Quando se estava liso, dizia-se que naquele ano ia se sair “à la ursa”, e não “ala ursa”, como alguns dizem hoje.

Os carros desfilavam organizadamente no chamado “corso”, pelas ruas do centro da cidade. Pagavam uma taxa, não sei se à Prefeitura ou ao Departamento de Trânsito, para ter o direito de entrar na fila boba. Tirava-se o bojo do escape, colavam-se confetes na pintura do carro, pintavam-se as caras como Quebé. A turma do corso fazia o carnaval dos ricos, naquele tempo só os ricos tinham os carros tão caros.

Alguns foliões alugavam caminhões e saíam fantasiados em blocos, alojados nas carrocerias. Era assim que os Piratas de Jaguaribe iam literalmente para o corso, vestidos de preto, espadas de pau na cintura, a “July Roger” drapejando a caveira e suas tíbias para a plateia à beira do trajeto.

Na primeira vez que ouvi o bloco dos caboclinhos ensaiando, tive medo. Pensei que eram índios mesmo. Eu era apenas um curumim. Eles saíam a pé pelas ruas do centro, tocando seus pífanos e tambores, dançando suas fantasias de penas de peru e pavão. Eram o que havia de mais bonito no Carnaval; naquele tempo, as mulheres ainda não saiam nuas.

O Carnaval era diferente, tudo muda com os tempos. O Carnaval de rua não tem mais a espontaneidade popular, foi organizado na forma de grandes blocos “puxados” por trios eletrificados. Acabou-se o Carnaval de clubes. A festa dos ricos faliu. Outrora, as crianças da classe média brincavam na matinê do Clube Astrea, bem situado na antiga e mística Rua do Tambiá. O dancing era um grande terraço aberto à ventilação. A frente norte dava para uma alameda de fícus, preferida pelos namorados que dançavam dois a dois, rostos colados, as marchinhas e os frevos da época no ritmo de seu corações: “se você fosse sincera, / ô ô ô, Aurora…”

Ficamos adolescentes e passamos a tomar “astreano”, um coquetel parecido com o “rabo de galo”, possivelmente à base de cachaça e do vermute Cinzano. O bar do clube servia a beberagem sem revelar sua fórmula. O Clube Cabo Branco ainda ficava em Jaguaribe, lá para as bandas do prado, havia prado, corridas de cavalos. O Cabo Branco também promovia matinês infantis, mas não tão concorridas como as do Astrea. E havia as matinais infantis da AABB – a Associação Atlética Banco do Brasil.

Não estou falando do Carnaval dos adultos; este é de ontem, não é de anteontem. Este não passou pelo meu oitão, moleques batendo latas, o povo dançando à la ursa.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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