É difícil de acreditar, mas se demorar mais Princesa Isabel marcha implacavelmente para um colapso total.
Desde o último dia 13, quando saiu o resultado do julgamento dos tais embargos no TRE-PB, que o município, já capengando, entrou mais fundo no fundo do poço.
Pra variar, a demora com a publicação do tal acórdão. Veio a posse, finalmente, mas tem agora tem uma tal de liminar no caminho. Que o TSE julgue logo isso, que reassuma Thiago Pereira ou Domingos Sávio permaneça, mesmo que interinamente, mas o que não pode mais é ficar essa indefinição absurda, com um município praticamente acéfalo.
Prá pior ou pra melhor, que a egrégia corte acabe logo com essa novela onde os artistas são os de sempre e o povo só aparece – quando aparece – como reserva de reserva de figurante, mas é o espectador que sofre mais com a trama perversa.
Do velho pensador Karl Marx, pai do materialismo histórico e dialético: "A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.
Pois não é que o velho barbado, filósofo revolucionário e comunista tinha razão.
Temos a repetição histórica de 1930, quando Princeza então se autoproclamou Território Livre.
E hoje a tragédia se repete como farsa: um prefeito interino e um município permanentemente em crise.
Enquanto o resultado da tal liminar não sai, a terrinha desgovernada é território livre.
Essa coisa da dialética e da coisa em si.
O servidor público Everaldo José Ferreira (PSDB) volta a disputar uma cadeira na Câmara Municipal de Princesa Isabel. Com o cacife de 168 votos livres, obtidos em 2008 numa eleição disputada voto a voto contra concorrentes incrustados na Casa e outro tanto endinheirado, o tucano acredita que, desta vez, a elevação do nível de consciência política do eleitor permitirá que chegue lá sem maiores problemas.
Everaldo considera que o mandato é público – não particular, como alguns acham, e que o vereador é um servidor do povo, sempre.
A morosidade da Justiça Eleitoral em decidir já o que deve ser decidido logo tem deixado Princesa Isabel ainda mais entregue à própria sorte. Algo precisa ser feito para que se acabe com o vácuo do poder, pois não é possível que o município continue assim, à mercê de um sim ou não a um pedido de liminar.
Do jeito que tá, temos uma cidade sitiada, com um prefeito interino sem poder fazer nada, pois não sabe se fica ou sai.
Enquanto isso, a cidade é tomada pelo lixo, a periferia continua às escuras, os serviços essenciais estão comprometidos.
Ninguém é ninguém, só o desgoverno governa o município.
Não é nada animador o clima entre certos pré-candidatos às eleições majoritárias e proporcionais deste ano, no Clã Pereira, caso o ex-prefeito de Princesa Isabel Thiago Pereira (PMDB) reassuma o cargo ou não, com o desfecho do pedido de liminar no TSE.
Nas duas situações, há uma extensa fila de pré-desistentes.
Tudo por conta de rivalidades internas.
Do outro lado do front, os pré-candidatos Aledson Moura (PSB), Zé Nominando (PSOL), Dr. Diomar (PDT) e Flora Diniz (PPS) assistem a tudo e fazem de conta que não veem nada.
Entre o PPS de Flora Diniz e PSB de Aledson Moura há mais mistérios do que imagina a nossa vã filosofia política.
O prefeito de Princesa Isabel, Domingos Sávio (PSDB), caso se mantenha no cargo, deverá adotar uma medida emergencial para melhorar o fornecimento da iluminação pública, que é precário nos bairros periféricos, como também em algumas ruas próximas do centro.
A manutenção da rede de iluminação pública praticamente parou nos últimos meses, pois não se tem notícia de reposição de lâmpadas queimadas.
É o maior breu.
Seu prefeito, dê um jeito, desse jeito assim não dá.
O ar quente e úmido formou nuvens carregadas no último fim de semana, e provocou chuvas em alguns municípios da região polarizada por Princesa Isabel.
Em Manaíra, por exemplo, o acumulado nas últimas vinte e quatro, isto é, até às 7h desta segunda-feira (26) foi 16,2 mm.
Em Princesa Isabel, entre às 7h do sábado (25) e a mesma hora do domingo (25), choveu apenas 1,3 mm.
Já entre o domingo e esta segunda-feira (26), choveu 6,4 mm.
A informação é do Escritório Regional da Emater de Princesa Isabel.
Choveu noutros municípios da região, mas os índices ainda não foram anotados pelo órgão.