A cúpula não admite, mas vazou para o blog que o prefeito Thiago Pereira ( PMDB ), acuado pela divisão interna no guarda-chuva partidário, já tirou da sua agenda um certo ‘Plano B’ para evitar o naufrágio da coligação PMDB-PT-PRB-PC do B na eleição deste ano.

O leque de alianças está rachado entre as pré-candidaturas de Kelly Antas ( PMDB ) e Ricardo Pereira ( PC do B ), ambos integrantes do estafe municipal. A fórmula encontrada pelo prefeito para unir as facções seria colocar o Procurador-Geral do Município, Clodoaldo José de Lima, na linha de frente da corrida sucessória.

Como consolo, restaria aos dois postulantes em litígio disputar, via sorteio, a indicação para figurar como vice na chapa que seria encabeçada pelo ínclito advogado.

Sei não…

O ex-deputado estadual Aloysio Pereira ( sem partido ), tomou partido na corrida sucessória municipal, após anunciar seu apoio incondicional à candidatura do secretário prefeitável Ricardo Pereira ( PC do B ).

Em rota de colisão com seu sobrinho, o prefeito Thiago Pereira ( PMDB ), o ex-parlamentar, do alto dos seus 89 anos, resolveu antecipar também nomes para as eleições de 2014.

Na algibeira, o filho do coronel Zé Pereira já tem o nome que apoiará para deputado estadual, e pretende anunciá-lo neste sábado ( 25 ), concomitante com a ratificação do seu apoio à postulação de Ricardo Pereira.

Resta agora combinar com o prefeito Thiago e as outras lideranças do PMDB, PT e PRB, além do povo. De antemão, sabe-se que o anúncio irá botar mais lenha na fogueira, pois várias lideranças já declarararam que não aceitam mais a tutela do ex-parlamentar, por razões as mais diversas.

O suplente Rogal (PSDB ), assumiu hoje na Câmara de Vereadores de Princesa Isabel a vaga deixada pelo também tucano Geneci Bem, que faleceu no último dia 21, vitimado por um câncer intestinal.

Na posse, às 9h30, Rogal se limitou a fazer a leitura do juramento e recebeu as boas-vindas dos colegas tucanos Dominguinhos ( presidente da Casa ) e Pacelli Mandu, além do petista Rialtoam Araújo e do comunista Irismar Mangueira.

Emanuel Tenório Iluminata, eletricitário, professor da rede estadual de ensino, é mais outro que vai disputar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Princesa Isabel. Na campanha, ele pretende acender a luz da cidadania para iluminar a participação da sociedade na escolha dos senhores vereadores.

O pré-candidato pelo PSDB se propõe a ser o fio condutor das reivindicações gerais da comunidade, com uma atuação eletrizante na tribuna, onde pretende também energizar o diálogo entre a Casa Adriano Feitosa e os seus representados, através de discussões de alta carga democrática.

Mas não fica por aí. Para Emanuel Tenório, a classe política não pode evitar o choque de interesses, mas tem como reduzir a tensão entre o poder e a sociedade, e não deixar que apenas esta última pague a conta por conta da lição mal aplicada nas urnas.

No cargo, ela simplesmente não aparece – mais por conta de sua discrição e , claro, porque não a deixam participar da administração municipal da forma como deveria.

Sem ambição, ela também está fora da intrincada rede de interesses que envolve o poder, mas carimba sua trajetória na política com uma imagem própria, não desatrelada de seu marido, o vereador Rialtoam Araújo, mas coexistindo com ele.

A vice-prefeita de Princesa Isabel, Lúcia Araújo ( PT ), se tornou a primeira mulher a assumir o cargo no município. Mas antes, em 2004, consagrou sua trajetória ao se lançar candidata a prefeita, no momento em que figurões do Clã Pereira abandonaram o barco.

Ela encarou a luta desigual e, desprovida de cobiça, renunciou a candidatura em favor do então desconhecido Thiago Pereira ( PMDB ), que assumiu o cargo em 2007, via tapetão judicial, conseguindo a reeleição em 2008, com o poder na mão.

Com boa formação em todos os aspectos, a guerreira Lúcia Araújo vê diminuir a cada dia a chance de mostrar sua personalidade na administração municipal, simplesmente porque não querem.

Afinal, o cargo, hierarquicamente abaixo do de prefeito, não é também para ocupar as funções deste nas suas ausências?

Quem sabe lá.

O ex-candidato a prefeito, Zé Nominando, hoje abrigado  no Psol, está prestes a voltar a Princesa Isabel e quem sabe repetir toda a sua cruzada política, mas fora da influência familiar.

Apesar de carregar nas veias o sangue do Clã Diniz, ele parece não se preocupar em usufruir do prestígio da linhagem. Zé Nominando soube combinar, em sua trajetória, valores e princípios que o destacaram na classe política local.

O retorno do guerreiro à arena política, desta vez, tem um viés quixotesco, pois Zé hoje é um estranho no ninho tucano. Mas, pra ele, tudo vale a pena se a alma não é pequena.

Desde que assumiu seu primeiro mandato, em 2005, que o prefeito de Tavares, Dr. Severiano Bezerra ( PSB ), mantém uma severa receita para evitar efeitos colaterais na política.

O remédio é uma dose cavalar de silêncio, quando o assunto é sucessão municipal. Assim é que ele prefere administrar, como meizinha coadjuvante, ‘meia gota’ de calmante para os mais afoitos, enquanto avalia as reações.

Às voltas com problemas no Tribunal de Contas do Estado ( TCE ) e no legislativo municipal, onde perdeu a maioria, Dr. Severiano examina dois nomes, mas só anuncia o candidato oficial do seu grupo após o Feijoão – a tradicional festa junina do município que se realiza no mês de maio.

Até lá, muita gota d’água na fervura.