Foto: Jaciara Aires
A bancada federal reuniu-se na tarde de ontem (20) para uma audiência com o ministro da Agricultura Mendes Ribeiro. O objetivo foi solicitar do Ministério urgência na transferência do milho para a Paraíba, onde os produtores enfrentam grandes problemas em razão da seca, que se registra de forma padronizada em todo o Nordeste, exigindo, de parlamentares e governadores, ações políticas rápidas, que minimizem o sofrimento dos pecuaristas.
Mas para o senador Cássio Cunha Lima não resta dúvida de que “somente se o Governo Federal decretar estado de emergência será possível desatar alguns nós burocráticos que estrangulam decisões importantíssimas para a sobrevivência do paraibano (e nordestino) neste tempo de seca inclemente”. Essa proposta do senador está sendo apoiada pela bancada federal paraibana no Congresso Nacional.
Transferência de milho
Em relação ao milho, especificamente, o problema está no embarque e armazenamento do produto, em decorrência da dificuldade enfrentada pelas transportadoras contratadas para cumprir o fluxo estabelecido. A situação deve-se a diversos fatores, como deficiência de transporte no país, crescimento da demanda por frete, redução do número de caminhões disponíveis, elevação do preço de frete e novas exigências legais para o setor de transporte rodoviário, por exemplo.
Nesse sentido, coube ao senador Cássio Cunha Lima apresentar a sugestão, acatada por todos, para resolver o problema de armazenagem dos grãos destinados aos produtores cadastrados no Balcão da CONAB. O senador sugere que o milho fique no Porto de Cabedelo, com apoio logístico do governo estadual, explicando que, “como cabem 20 mil toneladas no navio, 15 mil ficam estocadas e 5 mil toneladas são distribuídas para consumo imediato”.
Cássio tornou a lembrar que é preciso tomar medidas urgentes para minimizar a tragédia da seca prolongada. “O problema é que, ao fim e ao cabo, a seca mata silenciosa e lentamente” – repetiu o senador.
ASSESSORIA DO SENADOR CÁSSIO CUNHA LIMA
A Câmara dos Deputados adiou, mais uma vez, a votação do projeto de lei que cria o marco civil da internet. É a quinta vez que a matéria entra na pauta de votação e é retirada porque deputados favoráveis e contrários à sua apreciação não chegam a um acordo que viabilize a aprovação do texto do relator, deputado Alessandro Molon (PT-RJ).
Com a obstrução à votação da proposta, a sessão foi encerrada por falta de quórum durante a votação de requerimento que pedia a retirada de pauta da matéria. Ao encerrar os trabalhos de plenário, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou: “Gostaria de lembrar que esta é a quinta vez que estamos adiando a votação. Essa proposta vai entrar na lista das matérias que entendo que o plenário não quer votar”
Agência Brasil
O PMDB acaba de bater o martelo e o cacique maior do partido na Paraíba, o ex-governador José Maranhão vai ser o presidente da sigla. As primeiras informações dão conta que o acordo tem a anuência do senador Vital do Rêgo, do prefeito Veneziano, do ex-senador Wilson Santiago, além de toda a bancada do partido na Câmara Federal e na Assembléia Legislativa.
"A chapa será consensual", afirmou Maranhão depois da reunião. O acordo foi acertado em conjunto pelos ‘caciques’ do partido na Paraíba com o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, e o vice-presidente da República, Michel Temer. "O pensamento deles é pelo consenso", disse Maranhão.
Para Wilson Santiago os integrantes do partido deverão entrar num consenso e diz que a tese da renovação foi vencida. "Chegaremos a esse consenso, queremos trabalhar pelo consenso. Já que a tese da renovação foi vencida, quem começar cederá ao outro depois", declarou.
De acordo com a decisão tomada hoje (20) haverá um rodízio no comando do PMDB a cada dois anos.
PolíticaPB
O Pronaf Estiagem, via Banco do Nordeste e Banco do Brasil, já repassou recursos na ordem de R$ 24 milhões a mais de 1.400 famílias de agricultores familiares da Paraíba para o custeio da produção nesse período de estiagem. Na região Nordeste, a Paraíba é um dos Estados com maior número de acesso ao crédito Pronaf Estiagem. O prazo para essa linha especial vai até o final de dezembro.
Na estrutura do Governo do Estado o principal elo de ligação junto aos produtores rurais são os escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em todos os 223 municípios. O secretário executivo da Agricultura Familiar, Alexandre Eduardo Araújo, enfatizou que os técnicos da Emater têm orientado os agricultores na elaboração de projetos na área de infraestrutura hídrica, no custeio de ração animal, dentre outras ações. O dinheiro pode ser aplicado na instalação de um poço artesiano, ração para animais, aquisição de veículo, dentre outras possibilidades de geração de renda para a familia.
Os especialistas da Emater elaboram os projetos junto com os produtores, que em seguida apresentam a proposta de crédito ao agente financeiro. Alexandre Eduardo explicou as vantagens do Pronaf Estiagem ao produtor rural, dando como exemplo um empréstimo de R$ 10 mil. “Quando for honrar seus compromissos com o banco, o produtor vai pagar apenas R$ 6 mil”, exemplificou, adiantando que o limite do crédito do pequeno produtor é de R$ 12 mil e para os agricultores considerados médios produtores o limite de crédito é de R$ 100 mil.
SECOM-PB
O Grupo Kumamoto/Memorial lançará nos próximos dias mais um empreendimento imobiliário em Princesa Isabel.
Segundo o médico e empresário Ítalo Kumamoto, o projeto imobiliário, localizado no Alto do Ibiapina e denominado Loteamento Kumamoto, é ‘um empreendimento diferenciado na venda de lotes para construção residencial e comercial, com uma nova concepção em condições, prazos, preços e espaço físico.’
Mulheres pretas, pardas e indígenas são a maioria entre os 5,3 milhões de jovens de 18 a 25 anos que não trabalham nem estudam no país, a chamada “geração nem nem”. Cruzamento de dados inédito feito pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a pedido da Agência Brasil, revela que elas somam 2,2 milhões, ou seja, 41,5% desse grupo. Do total de jovens brasileiros nessa faixa etária (27,3 milhões), as negras e indígenas representam 8% – enquanto as brancas na mesma situação chegam a 5% (1,3 milhão).
Para o coordenador do levantamento, Adalberto Cardoso, que fez a pesquisa com base nos dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), várias razões explicam o abandono da educação formal e do mercado de trabalho por jovens. Entre elas, o casamento e a necessidade de começar a trabalhar cedo para sustentar a família. Cerca de 70% dos jovens “nem nem” estão entre os 40% mais pobres do país. A gravidez precoce é o principal motivo do abandono, uma vez que mais da metade das jovens nessa situação têm filhos.
Além da gravidez, outro fator de peso para o abandono da escola, segundo o pesquisador da Uerj, é a falta de perspectiva de vida de jovens pretos, pardos e indígenas, maioria nas escolas públicas, em geral, de menor qualidade. Ele acredita que o estímulo à educação é fundamental para mudar a realidade desse grupo.
“Uma coisa perversa no sistema educacional do Brasil é o fato de pessoas deixarem a escola porque não têm a perspectiva de chegar ao ensino superior”, diz. “As ações afirmativas são importantes por isso. Têm o efeito de alimentar aspirações de pessoas que viam a universidade como uma barreira, mas que vão se sentir estimuladas a permanecer no ensino”, destaca.
Ao analisar os dados do levantamento, a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Rosângela Araújo diz que é preciso entender o que está por trás do comportamento das meninas. “Não é falta de informação. Tenho certeza de que a maioria conhece um preservativo. Mas tem uma questão da mudança de status, de menina para mulher. Elas podem não ver [o abandono escolar] como um passo atrás, mas no futuro, pode pesar.”
Segundo o levantamento, embora a taxa de jovens da “geração nem nem” no Brasil seja considerada alta (19,5% do total de pessoas de 18 a 25 anos), o índice não está distante do verificado em países com características demográficas semelhantes onde é comum que a mulher deixe de trabalhar e estudar para se casar. É o caso da Turquia e do México, segundo estudos da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), citados pelo pesquisador da Uerj.
A pesquisa também identificou entre os “nem nem” jovens com deficiência física grave e os que saíram da faculdade, mas ainda não estão empregados. Os dados completos constam do estudo Juventude, Desigualdade e o Futuro do Rio de Janeiro, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e deve ter um capítulo publicado em 2013.
Agência Brasil