“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

dom
27
jan
2013

A União Nacional dos Estudantes (Une) encerrou ontem (26) as atividades da 8ª Bienal de Arte e Cultura de forma típica, com um bloco de rua. O Seu Cuca é Nóis percorreu as ladeiras da cidade chamando quem passasse para a cantoria, mas também para as lutas políticas. Os estudantes pedem que 2% do Orçamento do governo federal sejam destinados à cultura, além de maior integração entre cultura e educação. O reconhecimento do forró como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade é outra reivindicação. A passeata ocorre ao fim de todas as bienais e é chamada de Culturata.

O bloco do Seu Cuca foi reforçado pelo Bloco das Conchitas, formado por cerca de 100 mulheres que tocam ritmos regionais como o maracatu. Elas aproveitaram o evento para lançar o tema que defenderão no carnaval deste ano: Mulheres do Mundo. “Somos mulheres jovens, que encontramos no espaço a defesa da cultura e nos idenficamos”. Somaram-se ainda à Culturata a Orquestra de Frevo da cidade e os tradicionais bonecos de Olinda, que percorrem as ladeiras no carnaval.

O presidente da UNE, Daniel Iliescu, disse estar satisfeiro com os eventos que a entidade organizou na cidade – a Bienal e o 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb), que ocorreu de 18 a 21 de janeiro. “Conseguimos firmar vários acordos e tivemos várias conquistas. O momento da Culturata agora é para refirmar tudo isso e defender as nossas bandeiras. É uma passeata contemporânea e atrativa”, acrescentou.

Além da luta política, quem foi a Pernambuco pela primeira vez estava emocionado com as atrações culturais. O estudante paraense Hugo Tomkewytz pode não ter participado de todos os debates, mas se emocionou com a música, com a paisagem e com a produção cultural da cidade. Segundo a organização, esse era também um dos objetivos do evento. “Agora volto para Belém, são três dias de estrada, mas que vão valer muito a pena. Aprendi muito, tanto politicamente quanto culturalmente”., disse ele.

Os estudantes querem a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 150/2003, que vincula à cultura 2% do Orçamento da União, 1,5% do Orçamento dos estados e do Distrito Federal (DF) e 1% do Orçamento dos municípios. A aprovação e regulação da PEC é defendida desde a 1ª Conferência Nacional de Cultura, em 2005.

Os estudantes pedem também a aprovação do Projeto de Lei nº 757, de 2011, em tramitação no Congresso Nacional, que prevê a institucionalização do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania – Cultura Viva [que surgiu em 2004 a fim de estabelecer convênios com governos estaduais, municipais e o DF para promover a cultura no território nacional]. A lei torna o programa uma política de Estado e estabelece que o financiamento constará no Fundo Nacional de Cultura. A medida, de acordo com os estudantes, permitirá o mapeamento e o fortalecimento de iniciativas locais e populares.

A UNE espera, com isso, fortalecer uma aliança entre cultura e educação. Uma das formas de alcançar esse objetivo seria por meio dos circuitos universitários de Cultura e Arte (Cucas), núcleos formados por estudantes, artistas, produtores e outros agentes culturais em todo o país. Eles querem que os Cucas – que deram origem ao nome do bloco -, reconhecidos como pontos de cultura, se tornem projetos de extensão das universidades, aliando cultura e conhecimento.

O reconhecimento do forró como Patrimônio Imaterial da Humanidade foi debatido ao longo de todo o evento. Os estudantes conseguiram a colaboração do Ministério da Cultura para a tramitação da proposta na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que concede o título.

A 8ª Bienal de Arte e Cultura da UNE foi realizada em Olinda de 22 a 26 de janeiro. O evento reuniu cerca de 10 mil estudantes em apresentações de teatro, música, seminários de esportes, debates culturais, além de mostras científicas e de projetos de extensão. O tema desta edição foi A Volta da Asa Branca, uma homenagem ao sanfoneiro Luiz Gonzaga, cujo centenário foi comemorado em 2012. As atividades foram gratuitas e abertas à comunidade.

Agência Brasil


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dom
27
jan
2013

Este domingo (27) em Princesa Isabel terá períodos curtos de sol intercalados com períodos de nuvens.

A previsão é do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

Afora a variação de nebulosidade, o CPTEC aponta 5% de probabilidade de chuva, com temperatura mínima de 18°C, e a máxima, de 32°C.

Abaixo, a previsão para a Região Nordeste.

No centro-norte do PI, nordeste do MA e no leste da BA: sol, nebulosidade variável e pequena chande de pancadas de chuva. No centro-oeste da BA e no sul do PI e do MA: nublado com fortes pancadas de chuva. Nas demais áreas do MA e do PI: sol entre variação de nuvens e pancadas de chuva isolada. Nas demais áreas da região: sol e poucas nuvens. Temperatura estável. Temperatura máxima: 35°C oeste do RN e no norte do PI. Temperatura mínima: 18ºC no interior da BA.


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dom
27
jan
2013

corn_harvester

As lavouras brasileiras de soja e de milho têm registrado avanços sucessivos de produtividade, a ponto de gerar excedentes para exportações equivalentes a US$ 26,11 bilhões e a US$ 5,29 bilhões, respectivamente, no ano passado, em decorrência, principalmente, da queda de safra nos Estados Unidos.

De acordo com o chefe de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques, chama a atenção, porém, o fato de os preços internacionais privilegiarem produtos usados, em grande parte, como ração animal e na fabricação do etanol, em detrimento de produtos exclusivos para consumo humano como arroz, trigo e feijão, cujas culturas estão praticamente estagnadas.

Segundo Gasques, o consumo de soja e de milho aumentou muito no mercado internacional, por causa de outras destinações, além do consumo humano, o que explica os preços elevados, e isso estimula os produtores rurais a expandir as áreas de plantio, ante a perspectiva de obter maiores ganhos.

O mesmo não ocorre em relação ao arroz, feijão e trigo, que têm preços mais deprimidos no mercado mundial, embora haja carência de alimentos em algumas regiões como a África, Ásia e mesmo a América Latina. Para José Garcia Gasques, o Brasil, entretanto, se posiciona como um caso à parte, em virtude de ainda dispor de áreas agricultáveis a serem exploradas, além dos ganhos de produtividade nas lavouras em geral, embora exista limitação na questão climática do Nordeste.

Ele lembra, no entanto, que a produção nacional de arroz e feijão dá apenas para garantir o abastecimento doméstico, enquanto a colheita de trigo não atende à metade das necessidades de consumo interno, em torno de 10,5 milhões de toneladas/ano. Esse déficit causou prejuízo de US$ 1,832 bilhão ao país no ano passado, com importações de 5,740 milhões de toneladas do produto ao preço médio de US$ 319 por tonelada.

Gasques defende uma política “mais direcionada para o trigo”, com investimentos também no Cerrado, além da Região Sul, com o objetivo de equilibrar abastecimento interno e consumo. No seu entender, o abastecimento será mais difícil neste ano, pois a produção nacional deve cair para 4,48 milhões de toneladas, segundo cálculos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Será a safra mais baixa dos últimos cinco anos, devido à falta de chuvas na época do plantio, nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Problemas climáticos também afetaram a Argentina, o maior fornecedor de trigo, cuja produção deve cair de 13,2 milhões de toneladas, no ano passado, para 10 milhões de toneladas, de acordo com estimativa do Ministério da Agricultura argentino. Os países do Mercosul atendem a 99% das necessidades brasileiras de trigo e em caso de falta do produto na região, o Brasil terá que comprar nos Estados Unidos e Canadá, a preços bem mais altos, lembra Gasques, até porque haverá quebra de safra também na lavoura norte-americana.

Agência Brasil


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dom
27
jan
2013

O deputado federal Efraim Filho (DEM) descartou durante entrevista que tenha pretensões políticas de disputar a vaga de senador pela Paraíba em 2014. Contudo, ele ressaltou que vai se empenhar no seu projeto político de reeleição na Câmara Federal no próximo pleito.
“Essa teoria de disputar o Senado Federal está descartada, pois a minha candidatura será pela renovação do meu mandato na Câmara Federal. Para tanto, estou trabalhando com prefeitos em busca de recurso federais e eles nos darão a condição de pavimentar a minha reeleição em 2014”, contou ele.
Contudo, o deputado Efraim Filho enfatizou que ainda não tem pressa para aprofundar esse debate de sua reeleição, pois pretende é se dedicar ao trabalho em 2013 para colher bons frutos no processo eleitoral de 2014.
“Não temos tanta pressa nesse sentido, pois 2013 é um ano de trabalhar e de construir uma agenda positiva. Pois, acabamos de sair de eleições e tem gente que não desarmou o palanque e ainda mais quer mantê-lo armado em até 2014. Mas, daqui para lá o povo vai ver quem realmente fez mais pela Paraíba”, acrescentou ele.

PolíticaPB


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dom
27
jan
2013

A interligação do Brasil e do Chile a partir dos oceanos Atlântico e Pacífico deve se tornar realidade em pouco tempo. Os debates em torno do corredor interoceânico foram aprofundados ontem (26) em Santiago, capital chilena, entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Chile, Sebastián Piñera.

Durante reunião de trabalho no início da manhã, que antecedeu a abertura da 1ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) – União Europeia (UE), Piñera apresentou um mapa à presidenta brasileira ao retomar o debate sobre essa integração. Segundo Dilma Rousseff, depois de discutir “intensamente” o tema, os dois países vão começar a trabalhar pela integração dos principais portos marítimos.

Em declaração conjunta, Dilma e Piñera destacaram a relação de amizade mantida entre os dois países ao longo dos anos. A presidenta lembrou que o Chile foi o destino de muitos brasileiros que tiveram que deixar o país durante o período militar. “Muitos membros do meu governo viveram aqui [no Chile] no período da ditadura militar no Brasil e por isso sabemos que nossos laços estão muito além de simplesmente laços econômicos. São, sobretudo, laços humanos que construímos no correr do tempo”.

Segundo Dilma, é justamente porque não há fronteiras, mas dois oceanos, que a relação de infraestrutura é estratégica. "Essa amizade sem limites [entre o Brasil e o Chile} vira agora uma amizade sem fronteiras”, disse ela, destacando que também está sendo discutida a interligação entre as duas economias vizinhas por um corredor ferroviário.

A presidenta lembrou que, mesmo diante de todas as dificuldades impostas pela crise financeira internacional, o Brasil e o Chile conseguiram manter uma trajetória de crescimento e de distribuição de renda e mantiveram uma relação comercial estratégica, principalmente em relação aos investimentos. “Por isso, fica claro que podemos mais. Os grandes investimentos que as empresas chilenas fazem no Brasil são muito bem-vindos”, acrescentou.

No encontro bilateral, que Dilma definiu como uma reunião de trabalho, a presidenta brasileira e Piñera fecharam acordos de cooperação nas áreas de educação e intercâmbio cultural e iniciaram discussões sobre futuras parcerias, como na área energética. Piñera destacou o potencial da relação entre os dois países na área energética, como em energias renováveis, fontes hidrelétricas e a partir de biomassa.

Em relação à cooperação na área de ciência e tecnologia, Piñera assegurou à presidenta que os militares e pesquisadores brasileiros que atuam na Antártica vão poder usar a base chilena mantida no continente branco, até que seja concluída a reconstrução da Estação Comandante Ferraz, destruída no início de 2012 por um incêndio.

Agência Brasil


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sáb
26
jan
2013

boxing

A geografia eleitoral das eleições para deputado estadual, em 2014, vai mostrar sinuosidades, aclives e declives na política de Princesa Isabel.

É a velha história que se repete: vale quanto pesa.

No ringue dos embates internos, tem todos os pesos: pena, leve,  médio, pesado e – inclusive – morto…


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sáb
26
jan
2013

25.01.13 salao_artesanato_fotos_walter rafael (20)

O 17º Salão de Artesanato da Paraíba que, neste ano trouxe como tema “O Imaginário Infantil”, se encerra neste domingo (27), no Jangada Clube, praia do Cabo Branco, em João Pessoa. Nesta última semana de realização, o evento superou R$ 1 milhão em vendas sendo visitado por quase 70 mil pessoas.

Para a gestora do Programa de Artesanato da Paraíba, Ladjane Barbosa, os números mostram o sucesso do evento e os artesãos já se preparam para o próximo salão no mês de junho, em Campina Grande. “Muitos artesãos tiveram que voltar para casa antes da feira terminar porque simplesmente venderam todo o estoque. Mesmo assim, eles não param de trabalhar porque além das encomendas do pós-feira já se preparam para a participação em outros eventos”, disse.

Ladjane Barbosa destacou que já está sendo programado junto à coordenadora do PAP e primeira-dama Pâmela Bório, o tema do próximo salão, em Campina Grande, que será o couro. “Antes disso, no período de 4 a 7 de março, 32 artesãos vão representar a Paraíba na Craft Desgin, em São Paulo. Em seguida, de 15 a 24 no mesmo mês, no Shopping Boulevard, em Campina Grande, será realizada a Semana do Artesão”, destacou Ladjane.

Entre os artesãos que comemoram o sucesso do salão está Juliana Lins, 26 anos, que produz peças com tear manual. O ofício foi aprendido com mãe que há 40 anos fabrica as peças em casa. “Fazemos bolsas, conchas, mantas, casacos e roupas masculinas e femininas que agradam tanto os paraibanos que vão viajar e precisam se esquentar, quanto os turistas que fogem do frio, mas voltam agasalhados”, destacou a jovem que faz peças em lã, linha e seda.

Outro estande bastante visitando é o das famosas redes dos municípios de São Bento e Santa Luzia. Os turistas paulistas aprovaram a arte. “Elas são bem produzidas, acabadas com bicos de crochê e detalhes que não encontramos em nenhuma rede comprada no Sul”, relatou a turista Karina Magre, de São Paulo.

Artesanato Paraibano – Além do Museu de Brinquedos e da Casa de Bonecas montados nesta edição, também havia os brinquedos artesanais em madeira, renda renascença, artesanato com fibra da palha de coqueiro, fuxico, crochê, bambu, cabaça, metais, cerâmica, tecelagem, madeira, artesanato indígena, osso, couro, literatura de cordel, fios, algodão colorido e muita arte em habilidade manual.

Previdência Social – Com o objetivo de orientar os artesãos sobre os direitos e deveres perante a Previdência Social, uma equipe de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ficaram de plantão durante toda a quinta e sexta-feira (24 e 25) na praça Gastronômica do evento. Para a coordenadora do Programa de Educação Previdenciária (PEP), Célia Cristina, o espaço é importante para que os artesãos sejam assegurados. “Eles são contribuintes individuais e trabalham por conta própria. Por isso, precisam saber quanto tempo possuem de contribuição ou se não possuem vínculo com o INSS para que façam a inscrição o quanto antes”, orientou.

Gastronomia – Uma das novidades deste ano do Salão de Artesanato foi o espaço gastronômico que traz variedade de licores, cachaças, pimentas, castanhas, doces e rapaduras com sabores variados, além dos biscoitos caseiros típicos da culinária local.

O Programa de Artesanato da Paraíba (PAP), que promove o salão, integra a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba. O horário de visitação ao salão no domingo é de 15h às 23h.

SECOM-PB


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