“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

sex
25
out
2013

O valor da produção agrícola brasileira cresceu 4,3 % em 2012 e chegou a R$ 204 bilhões, segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) divulgada hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A área agrícola cultivada em 2012 chegou a 69,2 milhões de hectares, 1 milhão a mais do que em 2011. Segundo o estudo, o resultado maior deveu-se ao aumento das áreas cultivadas com soja e milho.

Milho, feijão e algodão deram as maiores contribuições para o aumento do valor da produção, com altas de 20,7%, 20,7% e 11,8%, respectivamente. Mas a soja continua com a maior participação no valor da produção agrícola do país (24,7%), seguida da cana-de-açúcar (19,8%) e do milho (13,2%).

São Desidério, na Bahia, foi o município com o maior valor de produção no ano passado (R$ 2,3 bilhões) e superou Sorriso, em Mato Grosso. Entre as 64 culturas investigadas, 41 tiveram queda na produção em relação a 2011, com destaque para o feijão (-18,6%), arroz (-14,3%), a soja (-12,1), mandioca (-9,1%), o algodão (-2%) e a cana (-1,8%).

São Paulo continua sendo o estado com a maior participação (17,8%) no valor da produção agrícola nacional, com aumento de R$ 1,7 bilhão. Mato Grosso passou a ser o segundo no ranking de maior valor de produção (R$ 26 bilhões), ao ultrapassar o Paraná e Minas Gerais. O motivo, de acordo com o IBGE, foi a maior produção de milho, soja e algodão.

O estudo mostrou também concentração de produtos e regiões na produção agrícola brasileira. A soja é o principal produto em nove estados e a cana-de-açúcar em seis. Além disso, mais da metade do valor da produção agrícola brasileira (55,4%) vêm de apenas quatro estados: São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná.

O IBGE demonstrou preocupação com o fato de que a agricultura está concentrada em poucos produtos em alguns estados, o que pode trazer “sérios prejuízos em caso de intempéries ou queda nos preços”. Os exemplos que a pesquisa destacou foram Alagoas, onde a cana-de-açúcar responde por 86% do valor de produção, e o Espírito Santo, que tem mais de dois terços (70,4%) do valor da produção agrícola provenientes do café.

A PAM investiga 64 produtos agrícolas em quase todos os 5.565 municípios do país e traz informações sobre as áreas plantada e colhida, a quantidade produzida e o valor da produção. O estudo possibilita o acompanhamento da evolução das principais culturas: soja, cana-de-açúcar, milho e demais grãos, algodão, arroz, feijão, entre outros, assim como 22 espécies de frutas. Em 2012, pela primeira vez, a PAM traz informações sobre a produção das espécies de café arábica e canephora, separadamente.

EBC


  Compartilhe por aí: Comente

sex
25
out
2013

Senador Cássio Cunha Lima

Em missão acertada com o presidenciável tucano Aécio Neves, o senador paraibano Cássio Cunha Lima, vice-presidente do PSDB federal, se reuniu nesta quinta-feira com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e, na sequência, fez uma visita ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O tema das conversas foi Eduardo Campos, o potencial candidato ao Planalto pelo PSB.

A exemplo do mineiro Aécio, o pernambucano Campos tenta estruturar-se em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Sem melindrar o correligionário Aécio, Alckmin revela em privado o desejo de ceder uma nesga do seu palanque reeleitoral a Campos, cujo partido já integra o seu governo, na Secretaria de Turismo.

Diante da evidência de que o palanque duplo é praticamente uma fatalidade, Aécio move-se em duas direções. Numa, tenta reduzir os danos, fixando regras que permitam estabelecer uma política de boa vizinhança com Campos sem avacalhar o ninho tucano. Noutra, busca amarrar a reciprocidade do PSB em outros Estados.

Cunha Lima foi a São Paulo ciente de que lida com um paradoxo. O melhor dos mundos para um candidato ao Planalto seria o apoio exclusivo do governador do seu partido, diz ele. O ideal para um candidato a governador é ter do seu lado o maior número possível de candidatos à Presidência, ele admite. Assim, conforma-se o senador, não resta senão harmonizar em São Paulo o interesse de Aécio com a conveniência de Alckmin.

A parceria entre PSDB e PSB sempre esteve no horizonte. Isso ficara bem entendido no mês passado, num jantar que Campos servira em sua casa ao próprio Aécio. Os entendimentos prévios foram, porém, sacudidos por uma novidade chamada Marina Silva.

Sem o apoio da criadora da Rede, Campos era, por assim dizer, um candeeiro no qual o PSDB se dispunha a injetar querosene para reduzir o risco de Dilma Rousseff prevalecer no primeiro turno por falta de concorrência. A energia provida pela ligação com Marina deu ao governador de Pernambuco algo que o deputado federal Márcio França, presidente do PSB em São Paulo, chama de PAC —Plano de Aceleração do Campos.

No intervalo de duas semanas, atestou o Datafolha, Campos saltou do patamar de um dígito para luminosos 15%. De lamparina, converteu-se em abajur. Dono de 21% das intenções de voto, Aécio não ignora que o segundo turno depende da combinação do seu desempenho com a pontuação de Campos. Seu dilema consiste em não se deixar ultrapassar pelo ex-candeeiro. Daí a preocupação em regular a parceria.

Se Marina Silva e sua “nova política” não criarem caso, o PSB de Campos gostaria de trocar o seu tempo de propaganda no rádio e na tevê pela presença na chapa de Alckmin, na posição de vice, do deputado Márcio França. De resto, o PSB apreciaria imprimir as fotos de Alckmin e de Campos, lado a lado, nos milhões de santinhos que os seus cerca de 250 candidatos a deputado federal e estadual distribuirão em todo o Estado de São Paulo.

Se Alckmin der ouvidos a Aécio e seu grupo, a presença de Campos na vitrine do PSDB será menos vistosa. Santinhos bipartidários, nem pensar. Alega-se que são proibidos. Algo que uma resolução do TSE deixa em dúvida. Palanque duplo? Só como metáfora. Na prática, cada partido cuidaria do seu presidenciável. Nas passagens por São Paulo, Campos poderia visitar Alckmin. E ficaria nisso.

Do sucesso dos entendimentos que serão costurados em São Paulo depende a reprodução do modelo em outros Estados governados pelo PSDB e pelo PSB.

Marcos Alfredo, com o Blog de Josias de Souza


  Compartilhe por aí: Comente

sex
25
out
2013

Esta sexta-feira (25) é de sol entre poucas nuvens e apresenta probabilidade (5%) mínima de chuva em Princesa Isabel, Água Branca, Juru, Tavares, São José de Princesa e Manaíra, segundo aponta o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

A temperatura se eleva na maioria dos municípios, com máxima de 33°C e mínima de 22°C.

Abaixo, a previsão do CPTEC para a região Nordeste:

No norte do MA: possibilidade de pancadas de chuva pela tarde. No interior da região: predomínio de sol. Nas demais áreas da região: sol entre poucas nuvens. Temperatura estável. Temperatura máxima: 37ºC no norte do PI. Temperatura mínima: 17ºC no interior da BA.


  Compartilhe por aí: Comente

sex
25
out
2013

DSC05113

A Câmara do Patrimônio Imaterial, instância do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, ligado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), concedeu parecer favorável à solicitação de Registro das Matrizes do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil. O pedido de registro foi aberto no dia 16 de junho de 2011, pela Associação Cultural Balaio Nordeste, que protocolou oficialmente a documentação na Superintendência do Iphan no estado da Paraíba. Na ocasião, subscreveram o pedido de registro a Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba (Secult-PB) e a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), junto a um abaixo-assinado composto por 423 assinaturas advindas da sociedade civil.

Como encaminhamento, a Câmara do Patrimônio Imaterial indicou que o Iphan dê início ao processo de Registro do bem cultural, ressaltando a importância de um aprofundamento teórico sobre a questão. O foco para o desenvolvimento das instruções para o Registro vai ser orientado sobre a expressão “Matrizes do Forró”, que recorta o objeto e o diferencia das manifestações mais atuais do gênero musical.

Outro ponto destacado pelo parecer do Iphan é um estudo sobre os saberes associados ao forró como elemento estruturante de suas matrizes, características estas que agregam maior valor patrimonial ao registro, se adequando a prática preservacionista aplicada pelo Instituto.

Para o secretário de Estado da Cultura, Chico César, “as matrizes do forró inserem-se na definição identitária do homem nordestino que, historicamente, com o forró deixa de ser ‘nortista’, em oposição ao ‘sulista’, e assume aí um lugar simbólico especial, dele, nosso. A própria autoestima do homem nordestino e sua autoimagem, a partir dos cocos, os baiões de viola, o aboio, os brinquedos juninos e natalinos, condensados na figura de Luiz Gonzaga, foram aí redescobertas e reinventadas”.

Neste sentido, Chico César ressaltou ainda a política de registro do patrimônio imaterial como um instrumento fundamental para o fortalecimento simbólico do Estado e da região, e refletiu sobre as possíveis consequências após o registro. “As cadeias produtivas e informais criadas em torno do forró e seus afazeres, como a música, a indumentária, a rica gastronomia e a cachaça, o artesanato, serão potencializados com este reconhecimento”, analisou o secretário.

O processo de registro será realizado em parceria com a Superintendência do Iphan na Paraíba, podendo os demais Estados do Nordeste aderirem ao processo à medida que aconteçam reuniões preliminares do fórum criado para debater o tema e com os entes públicos e privados interessados na preservação do forró tradicional.

Secom-PB


  Compartilhe por aí: Comente

sex
25
out
2013

Faltando um dia para o início das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os mais de 7,1 milhões de candidatos devem separar o material que precisam levar e garantir que estão com o endereço do local de prova.

O horário merece atenção especial. Os portões serão abertos às 12h e fechados às 13h, no horário de Brasília. Em 18 estados, o horário está diferente do da capital federal e os estudantes precisam acertar o relógio. É bom lembrar que nos finais de semana é menor o número de ônibus, trem e metrô circulando.

Para fazer a prova, é preciso apresentar documento de identidade com foto e ter em mãos uma caneta preta, revestida com material transparente, para preencher o cartão de respostas.

Amanhã (26), serão aplicadas as provas de ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia) e de ciências da natureza (química, física e biologia). No total, serão 90 questões e o estudante terá quatro horas e 30 minutos para fazer a prova e preencher o cartão de respostas.

Não é permitido ficar com aparelhos eletrônicos ligados durante a prova. Quem levar qualquer eletrônico, como celular e tablet, terá que guardar em um porta-objetos lacrado que ficará embaixo da carteira. O mesmo vale para materiais como lápis, livros e apostilas. Também não é permitido usar óculos escuros, boné, chapéus, gorros ou viseiras.

O estudante só pode deixar o local de prova duas horas após o início do exame e 30 minutos antes do término do horário poderá sair com o caderno de provas. Quem descumprir essas regras, será eliminado.

Nas últimas semanas, a Agência Brasil publicou uma série de matérias em que professores recomendam que os estudantes monitorem o tempo para não correr o risco de deixar questões em branco. Eles sugerem que se gaste em média três minutos para responder a cada questão.

Na redação, é preciso seguir a norma culta da língua portuguesa e ter atenção à concordância e a coesão do texto. A sugestão para a véspera da maratona de provas é que os candidatos relaxem para fazer o exame descansados.

O prazo final para receber o cartão de confirmação pelo correio, com o endereço do local de prova, terminou na sexta-feira (18). Quem não recebeu o cartão, deve acessar a página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e conferir as informações.

As provas serão aplicadas em 1.161 municípios, em mais de 15 mil locais de prova. Para o Enem, foram impressas 442 provas em braile para os candidatos cegos, 1.647 pessoas terão prova com letra ampliada e 5.849 vão receber a prova super ampliada. Os autistas e os que têm dislexia vão contar com o auxílio de leitores e transcritores. Haverá ainda intérprete de Libras e auxílio para transcrição.

Agência Brasil


  Compartilhe por aí: Comente

qui
24
out
2013

Segundo uma fonte com acesso ao Palácio da Redenção, o governador Ricardo Coutinho (PSB) já dispõe de uma ‘avaliação’ (?) sobre o quadro político local.

A visita administrativa que o socialista candidato à reeleição fará a Princesa Isabel nesta sexta-feira (25), tem, obviamente, alguma relação (in) direta com o cenário.


  Compartilhe por aí: 1 Comentário

qui
24
out
2013

Mais da metade dos domicílios brasileiros (54%) contam com pelo menos um automóvel ou uma motocicleta para o deslocamento dos seus moradores. Essa proporção, relativa a 2012, representa um aumento de 9 pontos percentuais na comparação com 2008, quando 45% dos lares tinham um veículo particular. A tendência, segundo comunicado divulgado hoje (24) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é que o número aumente ainda mais nos próximos anos.

O cenário, segundo o Ipea, aponta, de um lado, para o maior acesso da população, inclusive os segmentos de menor renda, aos automóveis. De outro, indica intensificação dos desafios para os gestores dos sistemas de mobilidade, uma vez que a maior taxa de motorização dos brasileiros contribui para elevação no número de acidentes, de congestionamentos e dos índices de poluição.

Problemas relativos à mobilidade urbana, especialmente em regiões metropolitanas, foram apontados como estopim das mobilizações que levaram às ruas, em diversas cidades do país, milhares de brasileiros, em junho.

De acordo com o documento, o fato de grande parte da população ainda não ter a propriedade de veículos pode contribuir para uma piora ainda mais intensa nesse quadro nos grandes centros urbanos, sobretudo nas regiões com menor percentual de motorização (Norte e Nordeste).

"Cada vez mais, os domicílios de baixa renda terão acesso ao veículo privado, já que metade deles ainda não tem automóvel ou motocicleta, e as políticas de incentivo à sua compra são muito fortes", diz o texto. "Resta ao poder público estabelecer políticas para mitigar as externalidades geradas pelo aumento do transporte individual, já que as tendências apresentadas corroboram a tese de piora das condições de trânsito nas cidades brasileiras", acrescentam os técnicos do Ipea, no comunicado.

Considerando a posse de veículos privados por estado, o levantamento revela que os maiores índices são verificados em Santa Catarina (onde 75% dos domicílios têm carro ou moto), no Paraná (68%) e no Distrito Federal (64%). Por outro lado, Alagoas (32%) tem o menor índice de motorização por domicílio.

O levantamento também traz dados sobre o tempo de deslocamento entre casa e trabalho. Dois terços (66%) da população gastam até 30 minutos diariamente nesse trajeto, "mas há uma clara tendência de piora, em função do crescente aumento da taxa de motorização da população conjugado com a falta de investimentos públicos nos sistemas de transporte público ao longo das últimas décadas". Ainda segundo o documento, 10% gastam mais de uma hora nesse deslocamento.

O estudo do Ipea mostra ainda que as políticas de auxílio ao transporte, como o vale-transporte, atingem pouco as classes sociais mais baixas. Aproximadamente 40% dos trabalhadores brasileiros recebem esse tipo de auxílio, mas os menores percentuais de cobertura estão nas famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo. Segundo o estudo, apenas 11% das famílias nessa condição recebem auxílio-transporte, enquanto entre as famílias com renda superior a cinco salários mínimos o percentual é 36%.

De acordo com o comunicado, esse cenário "levanta questões sobre a eficácia desse tipo de medida, especificamente para os trabalhadores informais e os desempregados".

Agência Brasil


  Compartilhe por aí: Comente