Por falta de quórum, o governo do prefeito Dominguinhos (PSDB) não conseguiu concluir, na manhã desta segunda-feira (30), em sessão extraordinária na Câmara de Vereadores de Princesa Isabel, a votação do projeto de lei que cria a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP), a famigerada taxa de iluminação pública.
A ausência em plenário dos seis vereadores da base aliada (Alaelson Henriques, Pacelli Mandú, Zé Matias Filho, Neguinho da Lagoa, Arnaldo de Zé da Laje e Yannara Henriques) invibializou a votação da proposta.
O presidente da Casa, vereador Rialtoam Araújo (PT) chegou a anunciar que aguardaria a presença dos vereadores governistas dentro do prazo regimental. Ele admitiu que o quórum mínimo de seis vereadores não seria alcançado e, assim, encerrou a ordem do dia.
Apenas a bancada do PC do B (Irismar Mangueira, Givaldo Morais e Robson Matuto) e o peemedebista Célio de Zé Biró compareceram à Câmara, cujo espaço ficou lotado por moradores.
A presidência da Casa solicitou a presença de dois homens da PM. No auditório, estudantes, empresários, gestores de órgãos públicos, líderes comunitários e políticos aguardavam, tensos, o início da sessão que não chegou a acontecer.
Dentro e fora da Casa, o cenário era de mobilização popular e pressão política. Após o presidente declarar encerrada a reunião, a população saiu às ruas para comemorar a decisão com carro de som e fogos de artifício.
A manifestação chegou a dificultar a circulação de carros nas imediações da Prefeitura, e foi preciso um policial do trânsito para disciplinar o fluxo de veículos.
De acordo com o presidente da CDL local, Neto Caçula, a entidade “acompanhou com preocupação a tramitação do projeto que, uma vez aprovado, prejudicaria o setor e a população em geral”.
Para a empresária Ceição Casusa, a não votação do imposto da iluminação pública “foi uma vitória do povo, uma conquista da cidadania que se queria usurpar com um projeto que onerava ainda mais a população consumidora”.
Na avaliação de padre Washington, a derrota da proposta foi também “uma vitória do povo, que exige respeito e quer seus direitos básicos preservados”.
Segundo a gerente da 11ª Gerência Regional de Saúde de Princesa Isabel (11ª GRS), Joelma Muniz, “a força popular prevaleceu para impedir a votação do projeto.”
“Mas eu queria ver os vereadores governistas em plenário, votando a matéria, para conferir se o meu voto valeu a pena”, completou Joelma.
Já o candidato a prefeito de Princesa Isabel em 2012 e presidente do PC do B municipal, Ricardo Pereira, considera que a derrota do governo tucano “reflete a força do povo diante de um quadro de insatisfação generalizada com o desaprumo administrativo, que atinge até a base aliada”.
O Blog cobriu a reunião, Veja na sequência de fotos abaixo: