“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

seg
21
abr
2014

O portal Paraíba.com.br, integrante do Sistema Arapuan de Comunicação, vai divulgar  nesta terça-feira (22) a sua primeira pesquisa sobre a disputa eleitoral deste ano no Estado.

Contratado pelo portal, o Instituto Múltipla Pesquisa e Consultoria Ltda, fundado em 2009 e inscrito no Conselho Regional de Estatística sob o número 45/2014, registrou pesquisa no Tribunal Regional Eleitoral no dia 10.

O instituto trará dados sobre a disputa para presidente da República, governador da Paraíba e a corrida para a vaga ao Senado, além da avaliação do governo Ricardo Coutinho e da presidente Dilma Rousseff. Ao todo, serão feitas mil entrevistas, entre eleitores divididos nas quatro grandes regiões da Paraíba.

O Instituto Múltipla está no mercado desde 2009, atuando em Pernambuco, Alagoas, Bahia e Paraíba. Além de pesquisas, o portal Paraíba vai acompanhar passo a passo as eleições de 2014, realizando entrevistas com os candidatos e cobrindo os debates a serem realizados pela Arapuan FM e pela TV Arapuan.

Paraiba.com.br


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seg
21
abr
2014

No apogeu do século passado, o major Floro era o manda chuva da região de Irerê, então povoado pertencente ao município de Princesa. Morava nesse casarão enorme, belíssimo. Daí administrava uma vastidão de terras, com seus bois, seus canaviais e até uma usina de beneficiamento de algodão existia, sob suas ordens. Irerê tinha de tudo e mais alguma coisa, graças ao major famoso, cuja filha deu em casamento ao não menos famoso coronel Zé Pereira. Major Floro era também pai de Xanduzinha, aquela que amoleceu o coração do valente Marcolino, e que virou mote de música cantada por Luiz Gonzaga: “Caboclo Marcolino, tinha oito boi zebu/ uma casa de morada, dando pru norte e pru sul/ seu paiol tava cheinho, de feijão e de andu/ sem contar com mais uns cobres, lá no fundo do baú/ Marcolino dava tudo, por um cheiro de Xandu…”

Pois bem, meus amigos leitores. Desse encantamento todo, desse amor de Xandu e Marcolino, das boiadas, dos canaviais e da fábrica, sobrou somente o casarão, que está abandonado. Estive aí faz uns anos e a primeira coisa que me recomendaram foi a de olhar sem entrar porque a casa está tomada pelos maribondos.
Por que não aproveitar o casarão para fazer o Museu de 30?

Taí um desafio que faço ao bom prefeito Luiz Matuto e a minha amiga Rúbia, vice-prefeita de São José de Princesa: desapropriem o casarão, façam o museu que deixou de ser feito pelo prefeito de Princesa e recebam desde já os aplausos deste blogueiro e de todos os paraibanos preocupados com a preservação do seu patrimônio histórico.

Blog do Tião Lucena


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seg
21
abr
2014

O deputado federal Efraim Filho (Democratas-PB), defendeu durante audiência pública na Câmara dos Deputados a jornada de 30 horas semanais para os profissionais da enfermagem. Segundo o deputado enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem de todo país devem pressionar o Palácio do Planalto que tem travado a pauta da Câmara dos Deputados e matérias de interesse da população não é levada a plenário como o Piso dos Agentes de Saúde, a PEC 300 e a jornal de 30hs para profissionais de enfermagem.

Na semana passada, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e demais entidades representativas da profissão foram convocados pelo governo para uma reunião a fim de discutir estratégias de colocação do PL 2295/2000, que regulamenta a jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem em 30h semanais, em votação.

Segundo Efraim Filho as entidades esperavam a apresentação de proposta efetiva de implantação pelo ministro da saúde. Ao invés disso, o governo sugeriu a realização de eventos científicos para discutir a formação acadêmica da enfermagem, a segurança do paciente, entre outros temas, frustrando o movimento do Fórum 30h Já.

Para Efraim Filho a jornada de 30 horas para profissionais de enfermagem vai melhorar a qualidade da prestação dos serviços porque elimina a sobrecarga de trabalho e também vai dar mais oportunidade de emprego para os profissionais que estão entrando no mercado de agora.  “Se o Governo diz que está tentando acabar com o desemprego não vejo motivo para impedir a votação desta matéria, democracia se decide no voto, e nada melhor para população do que a oportunidade de avaliar cada parlamentar pelo seu posicionamento no plenário, o que vem sendo costumeiramente impedido pelo Governo Federal” afirmou o deputado.

Efraim também explicou que a luta dos profissionais da área de enfermagem é histórica e vem desde 1955, quando já existiam projetos de lei que pensavam numa jornada especial, justamente pela peculiaridade do setor.

ParlamentoPB


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seg
21
abr
2014

Pesquisadores do Instituto Butantan identificaram os genes reguladores da intensidade de doenças inflamatórias, como a artrite reumatoide, o que poderá levar a uma prevenção mais eficaz à doença e ao desenvolvimento de novos medicamentos.

Marcelo de Franco, vice-diretor do Instituto Butantan e coordenador do estudo, explica que a artrite reumatoide é mais comum em pessoas idosas, porém os fatores que a causam não são plenamente conhecidos pela ciência. “A artrite é uma doença complexa, pois há vários fatores interagindo. Fatores ambientais, mas fatores genéticos também. A complexidade se dá pelo somatório dos dois”, disse ele.

A artrite começa como um processo inflamatório nas articulações, que pode chegar a um quadro sistêmico de febre, lúpus ou problemas renais. “É uma síndrome que evolui para vários órgãos”, explicou o pesquisador. Segundo ele, a doença pode ser desencadeada por razões diferentes como uma infecção viral, bacteriana ou até mesmo estresse.

Por ser uma doença autoimune, o corpo começa a produzir anticorpos e células contra alguns antígenos das articulações, principalmente colágeno e estruturas do tecido. Os tratamentos atuais utilizam anticorpos monoclonais para bloquear a ação de algumas proteínas. “Por exemplo, tem anticorpos que são terapêuticos e bloqueiam a ação de proteínas como a que causa a inflamação”, disse ele.

O que o estudo do Butantan fez foi identificar como um gene interage com o outro para desencadear um menor ou maior grau de artrite. Com os avanços, os pacientes poderão receber prognósticos mais precisos. “A identificação deles pode gerar um sistema de biomarcadores. Se a pessoa tem aquele gene exacerbado é um péssimo sinal”, exemplificou.

A pesquisa, que está na fase de testes em camundongos, quer, no futuro, produzir medicamentos capazes de atuar especificamente no mecanismo em que cada gene atua. “Há vias gênicas que podem ser reguladas por medicamentos. Então, se sabe qual a via que você pode usar e qual o melhor medicamento vai atuar naquela via”, explicou o pesquisador.

Agência Brasil


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dom
20
abr
2014

DSC05463

As vendas do comércio varejista registraram queda de 20% na Semana Santa deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado em Princesa Isabel.

IMG_0849Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Princesa Isabel, Neto Caçula, o comércio de Manaíra também registrou recuo na mesma proporção.

Já em Tavares, de acordo com o dirigente lojista, “as vendas registraram crescimento surpreendente de 25% no setor supermercadista”.

Neto explicou ainda que os dados foram fornecidos pelos donos de estabelecimentos comerciais.


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dom
20
abr
2014

Com sol entre poucas nuvens, este Domingo de Ramos (20) apresenta possibilidade (5%) mínima de chuva em Princesa Isabel, Manaíra, Água Branca, São José de Princesa, Juru e Tavares, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

Na maioria dos municípios, a temperatura máxima prevista é de 29°C, e a mínima, de 20°C.

Abaixo, a previsão do CPTEC para a região Nordeste:

No leste da BA: tempo instável. No centro-sul e sudoeste da BA: possibilidade de pancadas de chuva. Entre AL e o noroeste da BA: sol entre nebulosidade variável. Entre o leste de PE e o sul do PI: nebulosidade variável e pancadas de chuva isoladas. Nas demais áreas da região: nublado com pancadas de chuva. Temperatura estável. Temperatura máxima: 34ºC no oeste do RN. Temperatura mínima: 17ºC no noroeste da BA.


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dom
20
abr
2014

“Sancho não entendia a fala do Quixote quando a Triste Figura falava a linguagem dos cavaleiros”

Otávio Sitônio Pinto*

Rejane Sobreira era muito jovem em 1958, ano em que foi escrita a antologia Geração 59. O livro só saiu em 59 porque o grupo de poetas não tinha dinheiro para pagar a edição. A grana só apareceu no ano seguinte, com o livro todo pronto esperando no leito da gaveta. Assim, a Geração 59 foi mesmo Geração 58. Um movimento de jovens poetas que serviu de referência não só à poesia que se fazia na Paraíba, mas também ao teatro, cinema, pintura, música, e aos novos costumes que os jovens praticavam no Clube do Silêncio pela sociedade dos Párias. Essa atividade artística ficou registrada no suplemento cultural “A União nas Letras e nas Artes”, como era denominado o “Correio das Artes” naquele período, para que não fosse tido como uma peça do jornal Correio da Paraíba, recém-lançado.

Em 1958 Rejane só tinha 14 anos, pois nasceu em 1944, em plena Segunda Guerra Mundial. Portanto, quando se alistou como voluntária nos Párias, era uma pré-adolescente que ainda não tinha debutado. Eu mesmo só cheguei aos Párias no primeiro semestre de 1962, aos 16/17 anos. Portanto, muito jovem para ser ativista de um grupo que pretendia revolucionar as artes na Paraíba. Assim, eu era figurante da pariagem – que era o grupo maior, que congregava os artistas de todas as áreas. Assim era Rejane, a bela ninfeta que emprestava sua beleza ao universo dos párias. Nem eu nem ela fizemos parte da G-59, pois não temos poemas no livro. Éramos estrelas novíssimas na constelação de jovens poetas, pintores, atores, dramaturgos e outros demiurgos das artes paraibanas.

Ao depois surgiu a produção poética de Rejane, com sua ida para o Rio de Janeiro em 1962, produção que já vai em quatro livros: “Estação Hai-kai”, “Aranha de breu”, “Relembranças à deriva” e continuada agora com seu “Recortes e dobraduras”. Se não me engano, “Aranha de breu” teve problemas de paginação, e Rejane não gostou também da escolha do papel, que foi reciclado. Mas considero o papel reciclado uma boa escolha, que vem poupar as árvores que não são sacrificadas para a confecção de livros. Tomara que os próximos sejam assim.

Rejane mandou-me os originais de seu livro inédito. Não sou crítico literário; sequer domino a linguagem em que os críticos falam das obras literárias. Ignoro seu julgamento, não sei o que dizem. Nem quero saber, pois seria acumular muita informação na minha pobre cabeça. Crítica é um gênero que me falta entender, no qual não me expresso. Por isso, não vou escrever sobre a poesia de Rejane, o que Hildeberto já fez, confira o Douto Leitor:

“Em Recortes e dobraduras, quarto livro de poemas de Rejane Sobreira, parece acentuar-se o veio minimalista de sua dicção lírica, exemplarmente explorado no exercício dos haicais reunidos em sua coletânea anterior. Aqui, no entanto, o primado da forma fixa se distende em movimentos vérsicos mais elásticos e mais flexíveis, captando a matéria poética através de um persistente jogo entre humor e imaginação, ludicidade e surpresa, som e sentido, que faz de cada peça verbal um compacto tenso e denso de possibilidades significativas.”

Eu não entendo esse discurso, como Sancho não entendia a fala do Quixote quando a Triste Figura falava a linguagem dos cavaleiros. Talvez, por isso, eu achasse a missa antiga mais bonita, rezada em latim, a língua da cruz. Embora a língua da cruz romana fosse latim vulgar, de soldados, a língua da missa era cantada no latim vernacular, como o texto de Rejane e de seus críticos.

Vejam como diz Rejane no seu “Recortes e dobraduras”:

“Mediu o tamanho / da cicatriz arguida./ Cravou no alvo / o alívio calvo / e a flecha que estagnou / o êxtase.”

Estávamos falando da cruz.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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