“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

dom
20
jul
2014

O governo de Minas Gerais gastou quase R$ 14 milhões para construir um aeroporto dentro de uma fazenda de um parente do senador tucano Aécio Neves, no fim do seu segundo mandato como governador do Estado.

Construído no município de Cláudio, a 150 km de Belo Horizonte, o aeroporto ficou pronto em outubro de 2010 e é administrado por familiares de Aécio, candidato do PSDB à Presidência.

A família de Múcio Guimarães Tolentino, 88, tio-avô do senador e ex-prefeito de Cláudio, guarda as chaves do portão do aeroporto. Para pousar ali, é preciso pedir autorização aos filhos de Múcio.

Segundo um deles, Fernando Tolentino, a pista recebe pelo menos um voo por semana, e seu primo Aécio Neves usa o aeroporto sempre que visita a cidade. O senador, sua mãe e suas irmãs são donos da Fazenda da Mata, a 6 km do aeroporto.

Dono do terreno onde o aeroporto foi construído e da fazenda Santa Izabel, ao lado da pista, Múcio é irmão da avó de Aécio, Risoleta Tolentino Neves (1917-2003), que foi casada por 47 anos com Tancredo Neves (1910-1985).

A pista tem 1 km e condições de receber aeronaves de pequeno e médio porte, com até 50 passageiros. O local não tem funcionários e sua operação é considerada irregular pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

A agência federal informou à Folha que ainda não recebeu do governo estadual todos os documentos necessários para a homologação do aeroporto, procedimento exigido por lei para que ele seja aberto ao público.

Sem se identificar como jornalista, o repórter da Folha procurou a Prefeitura de Cláudio na última semana como uma pessoa interessada em usar o aeroporto da cidade.

O chefe de gabinete do prefeito, José Vicente de Barros, disse que Múcio Tolentino deveria ser procurado. "O aeroporto é do Estado, mas fica no terreno dele", afirmou. "É Múcio quem tem a chave."

Indicado por Barros, Fernando Tolentino logo se prontificou a abrir o portão do local. "Ele fica dentro da nossa fazenda", disse. "O aeroporto está no final do processo, mas, para todos os efeitos, ainda é nosso."

Indagado se seria necessário pagar pelo uso do espaço, Fernando respondeu: "Não, o trem é público, vai cobrar como?" Segundo ele, Aécio visita a fazenda da família em Cláudio "seis ou sete vezes" por ano e vai sempre de avião.

Procurado posteriormente pela Folha, ele negou administrar o aeroporto: "Não tenho nada a ver com isso". Indagado sobre a frequência das visitas à cidade e o uso do aeroporto, Aécio não respondeu.

Com 30 mil habitantes, Cláudio é rodeada por fazendas. Economicamente, sua importância é modesta. A vizinha Divinópolis, a 50 km, já tinha aeroporto quando o de Cláudio foi construído. A obra foi executada pelo Deop (Departamento de Obras Públicas do Estado) e fez parte de um programa lançado por Aécio para aumentar o número de aeroportos de pequeno e médio porte em Minas.

O governo do Estado desapropriou a área de Múcio Tolentino antes da licitação do aeroporto e até hoje eles discutem na Justiça a indenização. O Estado fez um depósito judicial de mais de R$ 1 milhão pelo terreno, mas o tio de Aécio contesta o valor. Seu advogado, Leandro Gonçalves, não quis falar sobre o caso.

Antes de o aeroporto ser construído, havia no local uma pista de pouso mais simples, de terra. Ela foi construída em 1983, quando Tancredo era governador de Minas e Múcio era prefeito de Cláudio, terra natal de Risoleta.

Orçado em R$ 13,5 milhões, o aeroporto foi feito pela construtora Vilasa, responsável por outros aeroportos incluídos no programa mineiro. O custo final da obra, somados aditivos feitos ao contrato original, foi de R$ 13,9 milhões.

Editoria de Arte/Folhapress

Folha de São Paulo


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dom
20
jul
2014

 

 Cássio  garante que tem projetos para melhorar Educação e gestão de recursos hídricos da PB

Candidato a governador pela coligação A Vontade do Povo (PSDB, PEN, PSC, PP, PTB, PR, PPS, PSDC, PSD, SDD, PMN, PT do B, PRB e PTN), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), fez duras críticas ao modelo de Educação implantado na Paraíba pelo governo atual. Cássio disse que está propondo um novo plano de Educação para o Estado. Segundo ele, é preciso construir um Estado Educador e democratizar o acesso às escolas, prezando-se pela qualidade pedagógica.

O candidato do PSDB afirmou que a Paraíba vive uma expressiva redução na oferta do ensino público. “A população assistiu ao fechamento de mais de 200 escolas da rede estadual nos últimos três anos, num profundo desrespeito ao princípio constitucional do direito de todos à educação”, lamentou.

O senador lembrou que, durante sua primeira gestão (2003-2006) a estratégia adotada foi a da abertura de novas matrículas. “Levamos o Ensino Médio para mais de 50 municípios nos quais não existia uma sala sequer desta etapa da educação básica”, comentou.

De acordo com Cássio, a qualidade no setor é o maior desafio. “Não basta apenas garantir o acesso à escola, é preciso assegurar uma educação com qualidade, como preceitua a Constituição Federal. O estudo dos dados de rendimento escolar demonstra graves problemas de ineficiência na gestão educacional, por parte do governo”.

Entre as propostas do candidato tucano, estão a concentração de esforços para a universalização do Ensino Fundamental e Médio; a expansão da EJA, da Educação Especial e da Educação do Campo; o apoio técnico aos municípios para expansão da Educação Infantil; a Educação voltada para o mundo do trabalho, por meio do fortalecimento de cursos técnicos; a instalação de novas escolas de segundo idioma; e a expansão contínua da escola integral.

Cássio defende, ainda, a instituição de programas de iniciação científica; a promoção de cursos de educação profissional integrados à elevação de escolaridade; a diminuição significativa do analfabetismo; fortalecimento da EJA profissional e EJA prisional; a promoção da inclusão na escola de pessoas com deficiência, e de ações de inclusão para ajudar alunos em situação de risco social.
“É essencial o investimento na formação continuada dos gestores escolares para o exercício inovador, competente e comprometido das suas funções, e a realização de uma gestão democrática, transparente e participativa, com ênfase no diálogo e na valorização do magistério e demais profissionais da educação”, disse o postulante.

Por fim, Cássio defende o fortalecimento da gestão democrática da UEPB, com a garantia de que o reitor eleito pela comunidade acadêmica será empossado pelo Governo do Estado; a retomada do respeito à autonomia financeira da Universidade, e a criação de condições para a melhoria da articulação entre a UEPB e a educação básica pública. Em entrevista à Rádio Campina FM, Cássio Cunha Lima também criticou a política de recursos hídricos implantados pelo governo no Estado em favor da Paraíba. Ele disse que é obrigação do governo do Estado garantir a segurança hídrica do Segurança hídrica de Campina Grande. De acordo com ele, o Estado tem que fazer um plano de contingência.

– Tenho solicitado há um ano e meio da ANA, através de ofício e audiência pública, um diagnostico atualizado e um plano de contingência ao governo federal e estadual, e até agora não recebi respostas – disse o candidato pelo PSDB ao governo do Estado.

PBAgora


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dom
20
jul
2014

Pesquisa encomendada pela revista IstoÉ ao Instituto Sensus mostra ligeira queda na intenção de voto dos três principais candidatos à Presidência da República. O levantamento, feito entre os dias 12 e 15, em 136 cidades de 14 estados, mostra que, na consulta estimulada, a intenção de voto em Dilma Rousseff (PT) caiu para 31,6% dos votos. Na pesquisa anterior, a presidenta tinha 32,2%.

Aécio Neves (PSDB) caiu de 21,5% para 21,1% e Eduardo Campos (PSB) passou de 7,5% para 7,2% nas intenções de voto. A margem de erro da pesquisa é 2,2%. A vantagem de Dilma aparece nas respostas espontâneas. Quando perguntado em quem votaria, sem que nenhum nome seja apresentado, a petista aparece com 21% contra 9,8% do tucano. Campos aparece com 3,2%.

Os números apontam empate técnico entre Dilma e Aécio em um provável segundo turno. Os candidatos teriam 36,3% e 36,2% de intenção de votos, respectivamente. Se o embate fosse com Eduardo Campos, Dilma teria 38,7% e o ex-governador de Pernambuco 30,9%. No levantamento anterior, a petista obteve 37,5% e o pernambucano 26,9%. A diferença entre eles diminuiu: de 10,6 para 7,8 pontos percentuais. Indecisos, nulos, em branco ou que não responderam totalizam 30,4%, ante 35,6% do levantamento do mês passado.

A avaliação do governo apresentou queda em relação à pesquisa anterior, quando 34,2% dos entrevistados responderam que era positiva. Agora, 32,4% avaliaram positivamente o governo. Em contrapartida, cresceu o percentual dos que consideram o governo regular, passando para 36,4% ante 29,1% da pesquisa anterior. O número de entrevistados que considerou o governo ruim também caiu. Antes, 36,4% avaliaram como negativo. Agora, o percentual baixou para 28,5%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR – 00214/2014.

Agência Brasil


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sáb
19
jul
2014

Os integrantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Princesa Isabel Neto Caçula (presidente), Ademir Cordeiro (vice-presidente) e Iram Pinto (associado) serão os entrevistados do programa “Microfone Aberto” deste domingo (20), na Rádio Princesa Isabel AM.

Na pauta, a luta da entidade para fortalecer o setor, as perspectivas para este semestre e as atividades desenvolvidas através de parcerias, entre outros assuntos.

O programa semanal de entrevistas é transmitido ao vivo, das 12 às 13h, e pode ser acompanhado também pela internet, no site da emissora (www.radioprincesa970.com)


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sáb
19
jul
2014


Para
Cartaxo, o PMDB paraibano está desesperado

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT) afirmou, nesta sexta-feira (18), que não existe nenhum partido que tenha intenção de compor aliança com o PMDB paraibano. Para o petista, todas as legendas perderam a confiança desde o último episódio das eleições passada envolvendo

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT) afirmou, nesta sexta-feira (18), que não existe nenhum partido que tenha intenção de compor aliança com o PMDB paraibano. Para o petista, todas as legendas perderam a confiança desde o último episódio das eleições passada envolvendo PT e PP, em Campina Grande.

“O PMDB está em desespero e usa de chantagem. O PMDB não tem com quem se aliar e quer forçar o PT a uma coisa que não queremos. O PMDB tem suas decisões e respeitamos todas. Ninguém confia mais no partido, depois do que aconteceu em Campina Grande nas eleições passadas, agora estão fazendo a mesma coisa com o PT. Quem planta vento, colhe tempestade”, avaliou.

O prefeito destacou que o partido está desesperado procurando aliança e quer forçar a junção com o PT, afirmando que não é uma atitude democrática. Também confirmou que haverá uma reunião para que exista uma conversa com os membros do PSB, que ainda vai ser marcada.

“Não tem data definida para a reunião, Benilton está fazendo a articulação e assim que finalizar teremos uma conversa envolvendo toda a articulação para definir a data da conversa com cada um que compõe a bancada”, destacou.

Paraíba Já


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sáb
19
jul
2014

Zélia Duncan, Patrícia Marques, Roberta Sá, Vanessa da Mata e Elba Ramalho são algumas das intérpretes presentes nesta edição


Vanessa da Mata é uma das intérpretes desta edição

O Ouvindo Música deste domingo (20) traz um esclarecimento, e também dá exemplos musicais, a respeito do termo "citação".

A edição aborda também a influência da música eletrônica na MPB, feitas com bom gosto e que trazem ótimos resultados.

No segundo bloco, o programa traz uma explicação do instrumento "zabumba", incluindo exemplos musicais onde este instrumento tem destaque.

Artistas como Zélia Duncan, Patrícia Marques, Roberta Sá, Vanessa da Mata e Elba Ramalho são algumas das intérpretes presentes nesta edição.

Ouvindo Música é transmitido aos sábados e domingos, às 20h, pela Rádio MEC AM do Rio de Janeiro. Você também pode ouvir o programa no mesmo horário, ao vivo, aqui no site das Rádios EBC.

EBC


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sáb
19
jul
2014

O Brasil entrou na Copa pisando com a chuteira esquerda”

Sitônio PintoOtávio Sitônio Pinto*

A presidenta Dilma é fotogênica. Era assim que se dizia com as mulheres bonitas, mas nunca mais ouvi nem li essa palavra. Gosto de ver a presidenta no seu conjunto de calça comprida e casaco. Presumo que essa calça comprida seja para evitar lances inconvenientes, e nisso a presidenta faz muito bem. A primeira mandatária do povo brasileiro não deve dar vacilos diante dos paparazzi na hora de tirar fotos, às vezes inesperadas.

Desconfio que o casaco da presidenta, de mangas compridas e gola alta, seja de inspiração maoísta. Inda mais aqueles vermelhos-bombeiro. Preste atenção e verá que a maior parte dos casacos da presidenta são vermelhos. Parecidos com o casaco de Mao Tsé-tung, que era o mesmo para todos os chineses nos tempos da Revolução Cultural. Às vezes ela muda a cor do casaco, mas bonitos mesmo são os encarnados. Desde menino que sou do cordão encarnado, embora fosse fascinado pela mestra da lapinha. A mestra da lapinha é do azul, a contramestra é que é do encarnado.

Meio século depois daquele natal reencontrei a mestra numa reunião política. Não a reconheci, ela foi quem disse que estava me reconhecendo, não sabia de onde. Seu semblante não me chegava à memória. Aí ouvi o seu nome, dito por alguém do grupo. E o filme se desenrolou diante dos olhos da infância. Era a mestra, por quem eu era apaixonado. Ela se lembrava de mim! Vai ver que eu era correspondido e não sabia. Nunca havíamos nos falado.

O casaco maoísta da camarada Dilma me traz essas lembranças. Quanto mais o tempo passa, mais sou do encarnado. Nem a beleza da mestra me fez mudar de opinião. Mas bem que a grande camarada podia mudar de visual vez por outra. No lugar daquele conjunto da Guarda Vermelha, vestir um sari indiano, por exemplo. Um sari amarelo-índia, outro dia um sari vermelho-bombeiro. É uma peça muito bem composta que desce do gogó ao mocotó, cobrindo todas as partes.

Se eu fosse da equipe da presidenta, era o primeiro palpite que dava: vesti-la num sari vermelho mao, outra dia num amarelo índia. Pense como ela ficará bonita! Aumentaria seu índice nas pesquisas, que andam meio derribadas depois do escândalo da Petrobrás e do desastre da Copa. Essa Copa do Mundo foi um gol contra que Dilma fez, como aquele de Marcelo, logo nos primeiros minutos do primeiro jogo. O Brasil entrou na Copa pisando com a chuteira esquerda.

Não há jeito de se fugir desse assunto, não é? Como a Copa de 50, a Copa de 14 vai ficar na memória do povo brasileiro para sempre. Daqui a nove dias, 28 de julho, será o centenário da inauguração da I Guerra Mundial. A imprensa tem falado pouco no assunto, mas ainda é tempo. Parece que a Guerra ficou meio empanada pelo evento da Copa. O Brasil ainda participou, mandou uma equipe médica, um contingente do Exército e alguns aviadores.

No contingente do Exército havia um certo Capitão Teódulo, que foi nomeado adido militar na embaixada brasileira em Paris e por lá ficou, onde morreu e está sepultado. Nunca mais voltou à Itaporanga, antiga Misericórdia. Mas a Guerra acabou logo. O capitão Teódulo e a tropa de que fazia parte não chegaram a entrar em ação, pois quando desembarcaram em Portugal a Guerra terminou. Foi só os brasileiros chegarem, reforçados com um grupo de paraibanos, estes com um guerreiro do Sertão de Misericórdia, e terminou a Guerra.

Voltando à grande camarada Dilma: já usei aqueles casacos, quando fui da Guarda Vermelha. Combatíamos a camarilha imperialista de Washington mancomunada com a camarilha revisionista de Moscou. Além do sari, há outro palpite que eu gostaria de dar à presidenta: o asilo político para Edward Snowden, o jovem que revelou ao mundo os segredos da espionagem da CIA. Todos ficaram sabendo que a CIA espiona os países inimigos e aliados de Tio Sam, não respeitando nem a intimidade dos chefes de estado de países como Brasil e Alemanha. Ainda bem que Dilma usa aquele conjunto maoísta. Mas eu insisto no sari amarelo índia, vermelho mao, vez por outra.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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