“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

qui
24
jul
2014

“O hospital só atendia quem estivesse com o carnê em dia”

Sitônio PintoOtávio Sitônio Pinto*

Porta de hospital é um dos lugares mais perigosos do Brasil. São frequentes as notícias sobre gente que morre sem atendimento na porta do hospital. A pessoa bate à porta, mas ela não se abre. É inútil implorar, gritar por socorro: a porra não se abre. Ou, se abrir, o funcionário diz que aquele não é um hospital público, que só atende clientes particulares ou que tenham plano de saúde conveniado com o hospital, em dia. E o paciente morre na soleira da porta, sem atendimento.

Recentemente, foi a vez do vigilante Nelson França, 48. O fato se deu no dia 18 deste mês de julho, na porta do Hospital Santo Expedito, na zona leste de São Paulo, capital econômica da América do Sul. Nelson passou mal na lotação e desceu do veículo em frente ao hospital. Mas não foi socorrido, pois não tinha dinheiro para pagar a consulta, nem era filiado a um plano de saúde conveniado com o hospital. Ele ficou deitado no chão, na porta, onde agonizou por mais de uma hora, até morrer.

O enfermeiro plantonista, Leonardo Brambila, impediu que a vítima fosse socorrida por dois funcionários do Santo Expedito, e que outros pacientes conduzissem Nelson para dentro do hospital. Alguém chamou os bombeiros. Quando os soldados do fogo chegaram, o médico plantonista do Santo Expedito apareceu e disse que Nelson estava em óbito. Os bombeiros reanimaram o vigilante e levaram-no para o pronto socorro, distante apenas 150 metros. Foi inútil, pois Nelson morreu mesmo, a caminho do socorro.

A direção do Santo Expedito disse que o hospital tem uma rubrica para cobrir despesas de atendimento com pessoas carentes, e que nunca havia acontecido isso antes, mas Nelson morreu depois de pedir socorro por mais de uma hora. É o que documenta o vídeo de um popular que filmou a cena, mostrada pela televisão em rede nacional. Socorro, socorro – gritava Nelson para o Brasil, no filme do aparelho celular. A democratização da eletrônica permite o milagre do povo ser repórter de suas tragédias.

Eu já procurei um hospital – o extinto Pronto Socorro de Fraturas –, após um acidente de moto. Você tem fratura? – Perguntou a moça da portaria. É o que venho saber – respondi. Isto aqui é um hospital de fraturas – definiu a moça. Eu sei, por isso mesmo vim pra cá, – retruquei. E saí sem atendimento, em busca de outro hospital. Faz quanto tempo que você foi acidentado? – perguntou o médico que me atendeu no outro hospital. Não faz meia hora – disse eu. E por que o ferimento já necrosou? – Isto não é necrose, é asfalto – explicou um segundo doutor que me examinava. E rasparam o asfalto.

Eu tinha três fraturas no pulso, mas ninguém percebeu, pois não eram expostas. Só foram descobertas meses depois, por conta de uma dor permanente. Vai doer o resto da vida – afirmou o terceiro médico ao me examinar no terceiro hospital. As fraturas consolidaram fora do eixo e não convém mexer, pois esses ossinhos do pulso são complicados – explicou o bom doutor. Agora mesmo, neste momento em que escrevo, estão doendo. Mas só dói quando me lembro – digo eu ao prestimoso leitor.

O colega Marcone Lucena, revisor do jornal Correio, morreu no hospital sem atendimento, após um desastre no seu bug. Marcone tinha plano de saúde, mas estava sem o carnê do último mês. O hospital só atendia quem estivesse com o carnê em dia. O bravo Marcone, lutador de judô, deu uma surra no gerente do jornal, mas morreu no hospital sem socorro médico.

Outro foi o colega Carbureto. Tinha fama de doido. Carbureto vendia joias, conduzidas numa pasta zero-zero-sete. Não sei como nunca foi roubado. Um dia, foi acidentado. Levaram Carbureto para o hospital. Mas Carbureto não tinha plano de saúde. Telefonem para o Doutor Gaudêncio – pedia Carbureto. Ele era afilhado dos Gaudêncios, naquele tempo com mandatos eletivos. Morava na casa de um deles. Não atenderam nem telefonaram. Carbureto foi a óbito, como se diz no hospital, onde morreu.

Os brasileiros são danados para morrer em porta de hospital. Que lugar perigoso! Deviam procurar outro, discreto, como fazem os elefantes quando querem morrer.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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qua
23
jul
2014

A prefeita de Diamante, Marcília Mangueira (PMDB), teve o seu mandato cassado pela justiça eleitoral nesta quarta-feira, 23. Segundo informações, a prefeita respondia a um processo sobre compra de votos durante o período eleitoral.

Um dos advogados da chefe do poder executivo de Diamante preferiu não falar sobre o assunto, alegando desconhecer as acusações sobre a cassação e só vai falar sobre o assunto depois. Mas o advogado disse que tão logo seja oficializada a cassação no fórum eleitoral de Itaporanga a prefeita deverá recorrer da decisão através de uma liminar ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.

O advogado espera que após o TRE apreciar o recurso,  a prefeita retorne ao cargo. Para ele não existe nenhuma acusação evidente que Marcília Mangueira prefeita de Diamante descumpriu qualquer ato que desabone a justiça eleitoral durante as eleições de 2012.

ParlamentoPB com Vale News PB


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23
jul
2014

Expressão Literária fala de Ariano Suassuna

Morreu nesta quarta-feira (23), aos 87 anos, o escritor e dramaturgo Ariano Suassuna. Ele deu entrada no Real Hospital Português na noite de segunda-feira (21), quando recebeu diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico e foi submetido a uma cirurgia. Estava internado em coma, e respirava com a ajuda de aparelhos.

De acordo com o boletim médico, Suassuna morreu às 17h15, depois de uma parada cardíaca. Sua obra mais conhecida, O Auto da Compadecida, falava poeticamente a definição da morte: "Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre".

Em 2013, Suassuna havia sofrido um infarto agudo do miocárdio, no dia 21 de agosto. Foi internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Português, no Recife, e recebeu alta no dia 27, mas dois dias depois teve um mal estar e voltou à unidade médica, onde ficou internado por mais uma semana. O tratamento do escritor continuou em casa, nos 30 dias que se seguiram.

Vida e obra

Ariano Suassuna ocupava a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras desde 3 de agosto de 1989 e exercia o cargo de secretário da Assessoria Especial do Governo de Pernambuco. Nascido na cidade de Paraína, atual João Pessoa (PB), ele passou os primeiros anos de sua vida no sertão nordestino, na Fazenda Acauhan, e se mudou com a Família para Taperoá em 1933, após perder o pai, João Suassuna, morto por motivos políticos.

Foi nesta cidade que Suassuna começou a estudar e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e um desafio de viola. A improvisação daquelas apresentações se tornaria, mais tarde, uma das marcas registradas em suas obras teatrais.

Na década de 1940, Ariano Suassuna passou a viver no Recife, cursou Direito e conheceu Hermílio Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Sua primeira peça foi Uma Mulher Vestida de Sol, de 1947. Se formou em 1950 e chegou a exercer a advocacia, mas nunca deixou de escrever teatro. Em 1955 fez o Auto da Compadecida, que o projetou para todo o país e ganhou versões para a televisão e o cinema.

Em 1956, Suassuna passou a ser professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco – atividade que exerceu até 1994, quando se aposentou. Três anos depois, fundou, também ao lado de Hermílio Borba Filho, o Teatro Popular do Nordeste.

Uma de suas maiores contribuições para a cultura brasileira foi a idealização do Movimento Armorial, que visa e desenvolver o conhecimento das formas de expressão populares tradicionais e, a partir delas, criar uma arte erudita. A Literatura de Cordel é tida como a bandeira do movimento. Para o dramaturgo, os versos tradicionais nordestinos eram a manifestação artística mais completa da cultura popular brasileira. "No folheto (de cordel) se condensam três artes: a literatura, através da poesia narrativa que tem lá, uma arte plástica, porque a gravura da capa pode apontar um caminho pras artes plásticas do Brasil, e a música porque aquilo é cantado, e acompanhado normalmente por viola e rabeca", afirmava.

Além da obra teatral, Ariano Suassuna dedicou uma parte de sua vida à poesia e à prosa de ficção. Publicou o Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), classificados por ele de “romance armorial-popular brasileiro”. Foi também secretário de Cultura do Estado de Pernambuco entre 1994 e 1998.

EBC


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23
jul
2014

O deputado Pastor Jutay Meneses, presidente estadual do PRB, declarou apoio nesta quarta-feira, 23, à candidatura de Lucélio Cartaxo (PT) ao Senado Federal. De acordo com o parlamentar, o alinhamento de seu partido com o projeto político petista segue a lógica de uma aliança nascida e mantida no Estado desde 2010, quando ambos caminharam juntos na eleição daquele ano. O apoio representa mais uma baixa na candidtura do petebista, Wilson Santiago, já que o PRB faz parte da coligação do senador Cássio Cunha Lima, que tem Santiago, como candidato a senador

Jutay não é o primeiro a abandonar a candidatura a senador da sua coligação. O deputado federal, Wellington Roberto, foi o primeiro que declarou conversa e apoio ao ex-governador José Maranhão.

“Nossa ideia segue a coerência de uma aliança feita em 2010, quando estivemos coligados na disputa pelas vagas na Assembleia. Essa parceria se manteve em 2012, quando apoiamos o projeto de Luciano Cartaxo a prefeito de João Pessoa. Em 2014 o PRB continua aliado ao PT, inclusive nacionalmente, e, por essa razão, vamos dar nosso apoio a Lucélio Cartaxo a senador da República”, explicou o parlamentar.

Para Lucélio, a confirmação do engajamento do pastor Jutay e seu partido à sua candidatura agrega um valor que transcende apenas o trato político, já que o deputado, além de liderar um partido importante no Estado, representa uma igreja de valor espiritual marcante na Paraíba.

“A presença do pastor Jutay em nosso grupo engrandece nosso projeto de forma significativa em muitos aspectos. Trata-se de um homem inteligente, dedicado às causas sociais e um líder espiritual respeitado em nossa sociedade. Seu empenho e de seu partido à nossa candidatura engrandece o conceito de desenvolvimento e integração das ideias que queremos pôr em prática no Senado”, afirmou Lucélio.

Quem também confirmou seu empenho à candidatura petista ao Senado durante encontro das lideranças do PRB foi o Bispo José Luiz, secretário-geral do partido.

WSCOM Online


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23
jul
2014

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Deputado João Henrique propõe “avaliação crítica” das propostas dos candidatos

O deputado estadual João Henrique (Democratas), candidato à reeleição, propôs nesta quarta-feira (23) uma ‘avaliação crítica’ sobre as diretrizes dos planos de governo dos candidatos a governador da Paraíba.

Segundo o parlamentar, as propostas elaboradas pelos candidatos devem apresentar, no mínimo, “ações que priorizem o desenvolvimento regional sustentável, políticas sociais, educação, cultura, turismo, tecnologia e inovação, saúde, segurança, moradia e qualidade de vida, entre outras áreas igualmente importantes”.

O parlamentar defende também a inserção de “mecanismos que assegurem mais transparência à administração pública estadual, além de ampliar a participação popular na fiscalização e controle da máquina governamental”.

“Meu intenção é mais ampla, pois prevê ações e programas que elevem a eficiência e transparência administrativa, promovam o desenvolvimento em geral e estabeleçam um novo perfil para a Paraíba, com ênfase nos instrumentos da democracia direta”, afirmou.

“Afora as propostas em geral dos candidatos ao governo da Paraíba, queremos estabelecer um fórum permanente de debates, capaz de superar os limites de uma política ainda paroquial, em nome dos interesses legítimos e superiores dos paraibanos”, finalizou.


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23
jul
2014


O governador Ricardo Coutinho (PSB), candidato à reeleição, e o candidato ao Senado Federal, Lucélio Cartaxo (PT), se reuniram na tarde desta terça-feira (22) com 12 vereadores de João Pessoa. Os vereadores declararam apoio a Ricardo para o Governo e Lucélio Cartaxo para o Senado fortalecendo as candidaturas majoritárias da coligação A Força do Trabalho na Capital paraibana.

Os parlamentares que participaram do encontro e declararam apoio aos candidatos da coligação A Força do Trabalho foram Pedro Coutinho (PTB), Chico do Sindicato (PP), Mangueira (PMDB), Renato Martins (PSB), Felipe Leitão (PP), Eduardo Carneiro (Solidariedade), Marmute Cavalcante (Solidariedade), Edson Cruz, Dinho (PR), Sérgio da SAC (PSL), Benilton Lucena (PT) e Zezinho do Botafogo (PSB).  Os vereadores João Almeida, Helton Rene e Santino justificaram suas ausências por estarem em compromissos profissionais.

O governador Ricardo Coutinho agradeceu o apoio dos vereadores e destacou que pela primeira vez nos últimos anos o governo do Estado e a prefeitura de João Pessoa estão juntos no mesmo palanque, o que será muito positivo para o desenvolvimento de João Pessoa e para toda a Paraíba. "Estarei junto com Lucélio rodando os municípios e os vereadores exercerão um papel importante junto as suas bases políticas".

O candidato a Senador Lucélio Cartaxo avaliou que a aliança com os vereadores de João Pessoa representa a oportunidade de construir uma força de esquerda na Paraíba que é positiva para João Pessoa e para todo o Estado . "Estamos juntos com esses vereadores atuantes de João Pessoa que vão levar meu nome e o de Ricardo para as suas bases e fortalecer as ações nas comunidades e mostrar que representamos o melhor projeto para o povo".

O vereador Benilton Lucena, do PT, destacou que essa decisão representa a vontade da população de ter um governo e uma prefeitura trabalhando em favor de um projeto bem sucedido na Paraíba e na Capital. "Foi uma reunião importante para que os vereadores pudessem sugerir alguns pontos para a melhoria dos serviços da saúde oferecidos à população, no abastecimento de água, na infraestrutura e segurança. Vamos somar esforços e ir de casa em casa mostrar que essa é a melhor proposta para a Paraíba".

O vereador Dinho (PR) disse que já fez oposição a Ricardo como também já participou da base de apoio e não tem problema nenhum problema em apoiar um projeto que fez muito bem para João Pessoa e para a Paraíba. "A população de João Pessoa vai ver os resultados dessa parceria governo, prefeitura e Câmara nas ruas e obras".

Sérgio da SAC, vereador pelo PSL, afirmou que João Pessoa já esperava pela aliança entre o PSB e o PT há muito tempo e quem ganha com isso é a população. "Com esses dois governos caminhando juntos, João Pessoa vai crescer e irradiar para a Paraíba. Nosso trabalho é trabalhar em benefício das comunidades que mais precisam dos serviços públicos", completou o parlamentar.

ParlamentoPB


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23
jul
2014

Apesar das críticas feitas pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), na semana passada em relação ao PMDB, taxando inclusive o partido de chantagista, o deputado peemdebista Raniery Paulino comentou que está aberto ao diálogo e ainda acredita em aliança entre os partidos.

O imbróglio entre PT e PMDB que tramita na justiça não impediu o peemedebista de acreditar em manter uma aliança com o partido na Paraíba. Para Paulino, o PMDB firmou parcerias exitosas com o PT até ‘mudar de conceito tão rapidamente em relação a Ricardo’ e acrescentou: ‘pode mudar o conceito também com a mesma rapidez em relação ao PMDB’.

O PT decidiu fazer aliança com o PSB na Paraíba, enquanto nacionalmente está coligado com o PMDB, enquanto isso o PMDB acionou o PT Nacional para impedir essa coligação. A tramitação está no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e enquanto isso a campanha de Lucélio Cartaxo (PT) como senador na chapa de Coutinho já está nas ruas. Assim como a chapa ‘puro sangue’ do PMDB com o senador Vital do Rego Filho na cabeça, o ex-governador Roberto Paulino na vice e o também ex-governador José Maranhão na senatória.

Paraiba.com.br


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