“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

ter
05
ago
2014

“Ao entrevistado não é dado tempo para pensar e ele termina respondendo besteiras à pergunta cretina do repórter”

Sitônio PintoOtávio Sitônio Pinto*

O bolero tocava em todos os cabarés, em todas as difusoras, em todas as festas de bairro, principalmente na interpretação de Ângela Maria: “nunca jamais pensei em querer-te tanto / nunca jamais pensei em querer-te assim / nunca jamais pensei derramar meu pranto …” A versão era de Nelson Ferreira, do original de Lalo Guerrero, o popular compositor mexicano-americano. Haja tequila, haja cuba libre – a mistura de rum e coca-cola que inundou as noites daquele tempo. Depois “Nunca jamais” foi gravado por Nana Caymmi, Zezé Gonzaga e outras cantoras de sucesso.

Lembrei-me do bolerão quando li, numa reportagem apressada, que eu dissera que “jamais o homem pisou na Lua”. Aqui a letra do bolero se encaixa como o amante na sua amada: “mente-me, beija-me, / mata-me se queres / porém não me deixes, não, / não me deixes, / nunca jamais…” Pois eu nunca, jamais disse isso, Douto Leitor. Na minha crônica de sexta-feira, 1º de agosto de 2014, “A face oculta”, eu me referi só ao voo da Apollo 11 e sua propalada descida na Lua, fato que teria acontecido em 20 de julho de 1969. Não me referi a outros eventos anteriores ou posteriores.

Mas a reportagem apressadamente colocou na minha boca que eu dissera que “jamais o homem pisou na Lua”. Aí entra a letra do bolero: “mente-me […] mata-me se queres […]”. A reportagem mentiu. E tentou reforçar sua mentira com uma enquete feita na rua, catando opiniões onde o achismo de populares corroborava o que a reportagem queria dizer, isto é, que o homem chegara mesmo à Lua e que eu estava redondamente enganado quando disse que “jamais o homem pisou na Lua”. Eu disse que se os ianques tivessem chegado à Lua naquela viagem, haveria um filme documentando o evento – como dizem os gringos que há, mas não mostram a ninguém.

Eu nunca disse aquilo, Douto Leitor, nunca jamais. Nem na minha cronicartigo, nem nos cabarés onde o bolero tocava. Como a reportagem ouviu, ou leu essa invenção? O procedimento é típico de jornalismo de faculdade, onde as pessoas pensam que aprendem a escrever. Para escrever é preciso, primeiro, aprender a ler. Saudades dos tempos do jornalismo autodidata. Do jornalismo de Chateaubriand, de David Nasser, de Joel Silveira e do repórter maior Euclides da Cunha. Eles fizeram o melhor texto do jornalismo brasileiro sem nunca, jamais botar os pés numa faculdade de jornalismo.

Ou será possível alguém ensinar a outrem a escrever uma reportagem como “Os Sertões”? Ou como “Falta alguém em Nuremberg”? Ambas ganharam forma de livro, mas a última está esgotada. “Falta alguém em Nuremberg” relata os crimes de guerra de Getúlio Vargas e do seu carrasco Filinto Müller – o chefão do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) da ditadura de 1930/1945.

Você já deve ter visto na televisão a reportagem abordar os passantes na rua e agredi-los com um microfone, enquanto perguntam qual sua opinião sobre isso e aquilo. A pergunta foi pautada e pensada adrede, mas a resposta deve sair na hora, mais depressa que tapioca. Não deixam nem o jogador de futebol recuperar o fôlego ao fim do jogo: “o que é que você acha da chegada do homem à Lua?” E o crack responde, ofegante, dizendo que os lunáticos vão jogar em casa e podem levar vantagem, como levava Gerson.

Jamais gostei de entrevistas. Ao entrevistado não é dado tempo para pensar e ele termina respondendo besteiras à pergunta cretina do repórter, mais ainda se for abordado no meio da lua (sic) para dizer o que acha da chegada do homem à rua (sic). Pois foi o que a reportagem fez. Perguntou ao passante o que ele achava do voo da Apollo 11, como quem pergunta o palpite sobre o jogo de fútilbola, e ainda disse que eu disse que jamais o homem pisou na rua, ou na lua. Eu nunca disse isso, nem nos velhos cabarés dos bons tempos; nunca, jamais.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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ter
05
ago
2014

Com variação de nebulosidade, esta terça-feira (5) apresenta probabilidade (5%) mínima de chuva em Princesa Isabel, Água Branca, Juru, São José de Princesa, Tavares e Manaíra, de acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

Na maioria dos municípios, a temperatura máxima prevista é de 27°C, e a mínima, de 17°C.

Abaixo, a previsão do CPTEC para a região Nordeste:

No litoral do MA e do PI: variação de nuvens e possibilidade de pancadas de chuva pela tarde. No centro-norte do MA, PI e CE: sol e poucas nuvens. No leste da região: variação de nuvens. No litoral norte da BA e no litoral nordeste da região: possibilidade de chuva a qualquer hora. Nas demais áreas da região: predomínio de sol. Temperatura estável. Temperatura máxima: 36°C no PI.


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seg
04
ago
2014

Cássio Cunha Lima poderá concorrer as eleições deste ano, e disputar o governo do Estado. A tese da elegibilidade de sua candidatura prevaleceu. Por 5 x 1 os desembargadores rejeitaram o pedido de impugnação e deferiram  registro de candidatura de Cássio.  O relator da matéria, juiz Rudival Gama, votou pela elegibilidade e deferimento do registro do tucano, mas o desembargador João Alves, abriu divergência empatando o julgamento em 1 a 1.

Os demais juizes não seguiram a divergência e o registro de Cássio foi deferido pela maioria do pleno. No final o placar foi de 5 a 1, votando pela elegiblidade de Cássio o relator Rudival Gama e o juizes Tércio Chaves, Silvio Porto, Breno Wanderley e José Eduardo Carvalho.

O advogado Fábio Brito proferiu a sua sustentação oral pela coligação "A Força do Trabalho". Ele relembrou em sua fala, as cassações obtidas por Cássio que culminaram na perca do mandato, após as eleições de 2006. "A inelegibilidade, que consta nas folhas 1.775 do acordão do caso FAC, afirmam que a data da inelegibilidade começa a contar a partir do segundo turno", alegou.

Relator das seis impugnações protocoladas no Tribunal Regional Eleitoral contra o pedido de registro do candidato a governador Cássio Cunha Lima, da Coligação A Vontade do Povo, o juiz Rudivan Gama do Nascimento votou pelo indeferimento dos pedidos.

Quanto à questão da contagem do tempo em que o ´tucano´ se encontra inelegível, o magistrado disse que o parâmetro é a data de realização do 1º turno do pleito que gerou a condenação.

As ações contra o registro de Cássio foram movidas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE); pela coligação “A Força do Trabalho”, encabeçada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), que disputa a reeleição; pelos candidatos a deputado estadual Maria da Luz (PRP) e Rafael Lima (PSB). Além das notícias de inelegibilidade movidas pelos cidadãos Demócrito Medeiros de Oliveira, mais conhecido como Moca Medeiros, e Sérgio Augusto Gomes da Silva.

Os impugnantes alegam que,como foi cassado em 2007 do cargo de governador, Cássio deve ser enquadro nos dispositivos da lei do “Ficha Limpa”, com a aplicaçãode pena de inelegibilidade de oito anos.

Em seu voto, o relator ratificou que no casoem tela o prazo de inelegibilidade é mesmo de oitoanos, mas afastou a tese defendida pelo MPE de que o segundo turno não é "uma nova eleição", portanto, Cássio estaria inelegível no dia da eleição deste ano ( 05 de outubro), já que em 2010 o segundo turno foi disputado em 31 de outubro. Para Rudival, o segundo turno é uma eleição complementar.

Em seguida, o desembargador João Alves da Silva divergiu do entendimento do relator e indeferiu o pedido de registro da chapa encabeçada pelo candidato Cássio Cunha Lima. Segundo ele, a validade do pleito deve ser considerada, no caso, no segundo turno das eleições de 2006. “Após o primeiro turno, a eleição continua, com a mesma legislação eleitoral e gastos de campanha”, disse.

O juiz Tércio Chaves de Moura divergiu do desembargador João Alves e acompanhou o voto do relator. Ele argumentou que a elegibilidade é contada dia a dia e que o legislador, no caso da cassação da Fac, não deixa claro que o segundo turno de notabiliza como uma “nova eleição” ou “nova votação”. “Portanto, entende que é uma nova votação”. Logo após, o juiz Sylvio Porto apresentou um voto curto. Ele se baseou em jurisprudência do Superior Tribunal Federal (STF). "Se o Supremo decidiu, quem sou eu para discordar. Eleição é uma só", disse sobre o prazo da elegibilidade.

PB Agora


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seg
04
ago
2014

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE) considerou como legítima a aliança firmada entre o PT e o PSB na Paraíba para as eleições 2014. Com a decisão tomada pela Corte Eleitoral na tarde desta segunda-feira (4), validando o Demonstrativo de Regularidade dos Atos Partidários (DRAP), da coligação, fica mantida a aliança firmada pelo PT e PSB em torno da chapa formada por Lucélio Cartaxo (PT), como candidato a senador, e pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), candidato à reeleição.

O desembargador João Alves, relator do processo envolvendo a aliança formada entre PT e PSB na Paraíba, votou favorável a manutenção da coligação. Acompanharam o voto do relator, votando pela regularidade do Drap da coligação Força do Trabalho, o juiz corregedor Tércio Chaves, e o juiz Eduardo Carvalho Soares.

Não acompanharam o voto do relator o juiz Sílvio Porto, Breno Wanderley e Rudival Gama.

Diante do empate, o presidente da Corte, Saulo Benevides, teve que emitir o voto de minerva. Ele se pronunciou a favor da manutenção da aliança levando em conta que o documento protocolado pelo presidente do PT Nacional, Rui Falcão, deveria ter sido submetido à apreciação de um colegiado petista, o que não aconteceu. "Não houve o devido processo legal", enfatizou Saulo Benevides.

O processo – A legitimidade da composição entre petistas e socialistas foi questionada pelo PMDB, partido do candidato ao Governo do Estado, senador Vital do Rêgo, e de José Maranhão, candidato ao Senado Federal, que disputam as eleições pela coligação Renovação da Verdade.

Um parecer favorável à aliança entre PT e PSB já havia sido emitido pelo procurador regional eleitoral da Paraíba, Rodolfo Alves Silva, no último dia 30. No parecer, o procurador reconheceu como legítima a convenção que homologou à candidatura de Lucélio Cartaxo (PT) como candidato a senador na chapa do governador Ricardo Coutinho (PSB).

A assessoria jurídica da coligação Força do Trabalho, em sua defesa contra a impugnação, disse que foram cumpridos todos os ritos legais para formação da chapa. Segundo a assessoria, a anulação da convenção do PT paraibano foi um ato “monocrático” praticado pelo presidente nacional do partido.

“O PT não se limita ao seu presidente nacional. O ato dele não encontra apoio em qualquer norma que discipline essa matéria”, disse a assessoria Jurídica da coligação Força do Trabalho.

ParlamentoPB


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seg
04
ago
2014

AGUINALDO & THIAGO

O presidente do PMDB de Princesa Isabel, ex-prefeito Thiago Pereira, vai apoiar a campanha do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) à reeleição.

Segundo uma fonte do PMDB, a decisão foi definida na sexta-feira (1º), “durante reunião entre Thiago, Dominguinhos e Veneziano Vital do Rego, em Campina Grande”.

Ainda de acordo com a fonte, a opção do PMDB local por Aguinaldo Ribeiro “foi um pedido feito pelo prefeito Dominguinhos [PSDB], aliado do parlamentar do PP”.

“O PMDB local, no entanto, continua firme com as candidaturas de Vital [governador], Zé Maranhão [senador] e Trócolli Júnior [deputado estadual]”, assegurou a fonte.


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seg
04
ago
2014

Socialista inaugurou comitê e fez caminhada na Rainha da Borborema

O clima da campanha vem esquentando consideravelmente e os dois principais candidatos  vem aumentando o tom das criticas um ao outro nos últimos dias. Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho tem trocado farpas através dos discursos. Neste domingo, o governador Ricardo Coutinho não se fez de rogado por está na terra natal de seu adversário, no conjunto que leva o nome de seu pai, e mais uma vez fez severas críticas ao tucano. Ricardo disse que Cássio não respeita Campina Grande. Ricardo garantiu que fez mais por Campina do que o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), que nasceu na cidade.

“Aqui em Campina Grande, nós fizemos 1.465 casas populares, de qualidade e com estrutura. Concluímos, por exemplo, obras que foram abandonas pelo governo do PSDB no Colinas do Sol e no Novo Cruzeiro. Meu adversário não teve o menor respeito com a população campinense, nem com o dinheiro público, que na época em que ele governou a Paraíba não dava para nada, a não ser para atender a um pequeno grupo”, afirmou Ricardo.

Acompanhado de lideranças políticas da região de Campina Grande, Ricardo caminhou pelas ruas do conjunto Ronaldo Cunha Lima, outra obra entregue pela sua gestão. “Só aqui neste conjunto, nosso governo investiu R$ 8 milhões para concluir as 649 casas que haviam sido abandonadas pelo meu adversário. Ao contrário dele, eu não quero o poder pelo poder; eu não quero poder como ambição”, observou o candidato do PSB, que durante o percurso foi bastante cumprimentando pela população.

Após a caminhada, acompanhado da candidata à vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) e do candidato a senador Lucélio Cartaxo, Ricardo seguiu para a Avenida Brasília, no Centro da cidade, onde participou da inauguração do comitê central de sua campanha em Campina Grande. Prestigiaram o evento, a prefeita de Salgadinho, Débora Cristiane (PSDB); o ex-prefeito de Esperança, Nobinho Almeida (PSB); o empresário Renato Cunha Lima e o presidente municipal do PSB, Fábio Maia

Também acompanharam a agenda de Ricardo em Campina Grande, os candidatos a deputado federal Álvaro Gaudêncio Neto (PHS) e Damião Feliciano (PDT) e os candidatos a deputado estadual Napoleão Maracajá (PC do B), Maria da Luz (PRP) e Adriano Galdino (PSB), todos com atuação política na cidade.

WSCOM Online


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seg
04
ago
2014

Duas lideranças tucanas  abandonam Cássio e oficializam apoio ao projeto do PMDB

O projeto político do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), sofreu duas defecções sentidas no Cariri paraibano: o primeiro a abandonar o barco tucano foi o vereador de Sumé Juan Pereira (PSDB) ,que anunciou esta semana o apoio do seu grupo político à candidatura de Vital Filho  (PMDB) à Governador da Paraíba e a de José Maranhão (PMDB) ao Senado da República, respectivamente. O anúncio foi feito durante visita ao ex-prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rego (PMDB), com quem também fecharam compromisso para apoiarem sua candidatura a deputado federal.

Segundo o Vitrine do Cariri, além de Juan Pereira, o presidente municipal do PSDB de Sumé e ex-candidato a prefeito do município nas eleições de 2012, João Pereira, também rompeu com o partido e passa a apoiar a chapa do PMDB.
visita que fez ao ex-prefeito de Campina Grande, Juan Pereira esteve acompanhado do ex-vereador Alberto Limonta e do radialista Lindemberg, que também oficializaram apoio ao grupo do PMDB.

O apoio do grupo sumeense ao PMDB foi festejado por Veneziano Vital nas redes sociais: “Recebendo o apoio dos amigos de Sumé sob a condução do Vereador Ruan Pereira. Companheiros que abraçam as candidaturas de Vitalzinho e Zé Maranhao pela Verdadeira Renovação”, comemorou o Cabeludo.

PB Agora


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