“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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24
jul
2014

O corpo do escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna está sendo velado desde a noite de ontem (23) no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Ele será enterrado hoje (24) às 16h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife. Suassuna morreu ontem, às 17h15, de parada cardíaca, provocada pela hipertensão intracraniana. Ele estava internado desde segunda-feira (21) no Real Hospital Português, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.

Suassuna tinha 87 anos e era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1994, ocupando a Cadeira 32. Ele foi autor de dezenas de peças de teatro e de livros, sendo o Auto da Compadecida a de maior alcance popular.

Diversas autoridades lamentaram a morte do escritor. A presidenta Dilma Rousseff destacou que a literatura brasileira perdeu uma grande referência cultural, com a morte do escritor e dramaturgo. Em nota, a presidenta disse que "Suassuna foi capaz de traduzir a alma, a tradição e as contradições nordestinas em livros como Auto da Compadecida, Romance d’A Pedra do Reino e O Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta."

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a morte do escritor é “uma perda irreparável para a cultura nacional”. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), lamentou a morte de Suassuna e ressaltou a genialidade da obra e a grande falta que o escritor fará à cultura nacional.

O presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, e o acadêmico Evanildo Bechara representam a academia no funeral de Suassuna. A ABL determinou luto oficial de três dias. Em nota, Cavalcanti lembrou o fato de que Suassuna é o “terceiro grande acadêmico” que a academia perde no espaço de um mês – ele se refere a Ivan Junqueira, morto no dia 3 de julho, e a João Ubaldo Ribeiro, no dia 18.

Agência Brasil


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24
jul
2014

A Coordenação da Campanha de Dilma na Paraíba, também chamada de Comitê “Somos Dilma Paraíba”, liderada pelo Partido dos Trabalhadores, promoveu a primeira atividade externa na noite desta quarta-feira, 23, na entrada principal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

A ação de adesivagem dos automóveis que entravam e saiam da instituição de ensino contou com a presença de diversos militantes, e durou cerca de duas horas. Aos motoristas eram oferecidos adesivos para serem colocados nos carros, e muitos deixaram o local externando em quem irão votar nas Eleições de 2014.

O professor da UFPB Edson Franco, que estava presente na atividade, ressaltou que esse tipo de ação mostra a força do PT, da presidenta Dilma e da própria universidade: “É importantes estarmos nas ruas para demonstrar, discutir e dialogar com a sociedade que o PT, e Dilma, estão fazendo muito pela universidade e pelo crescimento da nossa sociedade. Nestes últimos anos a UFPB ampliou o número de alunos, ampliou o número de recurso, e esses estão sendo investidos na ciência, como é o caso do projeto Ciência sem Fronteiras. Também podemos citar o aumento na quantidade das bolsas da pós-graduação para os professores que queiram se capacitar, e a própria reformulação da carreira”.

Para o presidente estadual do PT Charliton Machado, “a panfletagem é uma demonstração que o Comitê ‘Somos Dilma Paraíba’está nas ruas pedindo voto, mostrando para o eleitorado paraibano a importância que teve o Governo Dilma no avanço das políticas sociais do nosso país, no avanço das políticas para as universidades, para as escolas técnicas, e para a educação como um todo”.

Ele ainda acrescentou: “Temos outras bandeiras, como a diminuição do desemprego do Brasil, com taxas menores se comparado com países da Europa e da América Latina, e um governo preocupado com o social. Com tudo isso estamos nas ruas pedindo voto e fazendo campanha para reeleger Dilma presidente”.

A Coordenação da Campanha de Dilma na Paraíba está com outras atividades agendadas, e nos próximos dias serão divulgadas ações na Capital paraibana e em outras cidades da Paraíba.

ParlamentoPB


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24
jul
2014

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A Prefeitura de Princesa Isabel divulgou nesta quinta-feira (24) o resultado oficial final do Processo Seletivo Simplificado (PSS) das Secretarias da Saúde e de Assistência Social e Juventude, para contratação temporária de profissionais nos dois órgãos da administração municipal.

O resultado está disponivel no Jornal Oficial do município. A publicação, com data de ontem (23), saiu em edição extra.

Segundo informou o secretário-adjunto de Administração e Planejamento, Alex Souza, nenhum candidato entrou com recurso contra o processo seletivo.

Confira abaixo reprodução do Jornal com a relação dos classificados:

 

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24
jul
2014

O presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer (SP) chega nesta quinta-feira (24) à Paraíba, onde participa de programação da campanha a Governador do Estado do candidato da Coligação Renovação de Verdade (PMDB-PT), Vital do Rêgo.

Temer passa o dia inteiro em João Pessoa, onde concede entrevista coletiva e se reúne com lideranças

O presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer (SP) chega nesta quinta-feira (24) à Paraíba, onde participa de programação da campanha a Governador do Estado do candidato da Coligação Renovação de Verdade (PMDB-PT), Vital do Rêgo.

Temer passa o dia inteiro em João Pessoa, onde concede entrevista coletiva e se reúne com lideranças do partido de toda a Paraíba.

Michel, que novamente vai disputar o cargo de vice-presidente da República na chapa encabeçada pela Presidente Dilma Rousseff (PT), que disputa a reeleição na coligação PT-PMDB, chega a João Pessoa por volta das 10h.

No mesmo voo virá o senador e candidato a governador Vital do Rêgo, que passa esta quarta-feira (23) em Brasília, em atividades do seu mandato de senador.

Após o desembarque, Michel Temer, Vital e outros membros da comitiva seguirão direto para a sede do Diretório Regional do PMDB, na Avenida Duarte da Silveira, nº 751, no centro de João Pessoa, onde, a partir das 10h, Temer concederá uma entrevista coletiva à imprensa paraibana.

Após a entrevista, na própria sede do diretório regional do PMDB, Michel Temer participa de um encontro com deputados estaduais, deputados federais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, presidentes de diretórios municipais do partido e lideranças diversas.

Na oportunidade, eles debaterão sobre estratégias nos municípios visando o fortalecimento da campanha e formas de levar a mensagem e as propostas de Vital para o Governo do Estado a toda a Paraíba.

“Será um momento importante da nossa campanha, uma espécie de largada dos guerreiros espartanos, para a grande campanha que temos pela frente”, afirmou Vital.

Às 13h, Michel Temer deixa a Paraíba, retornando a Brasília. Michel Temer reassumiu na última quarta-feira (16) a presidência nacional do PMDB, posto do qual estava licenciado desde o último mês de março de 2013, quando foi reeleito para o comando da legenda.

“Poderei ter um protagonismo maior de natureza exclusivamente política, não apenas administrativa. Esse protagonismo significa que vamos percorrer o país exatamente para tentar em todos os Estados fazer prevalecer o nosso PMDB”, afirmou Temer, na oportunidade.

Paraíba Confidencial


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24
jul
2014

“O hospital só atendia quem estivesse com o carnê em dia”

Sitônio PintoOtávio Sitônio Pinto*

Porta de hospital é um dos lugares mais perigosos do Brasil. São frequentes as notícias sobre gente que morre sem atendimento na porta do hospital. A pessoa bate à porta, mas ela não se abre. É inútil implorar, gritar por socorro: a porra não se abre. Ou, se abrir, o funcionário diz que aquele não é um hospital público, que só atende clientes particulares ou que tenham plano de saúde conveniado com o hospital, em dia. E o paciente morre na soleira da porta, sem atendimento.

Recentemente, foi a vez do vigilante Nelson França, 48. O fato se deu no dia 18 deste mês de julho, na porta do Hospital Santo Expedito, na zona leste de São Paulo, capital econômica da América do Sul. Nelson passou mal na lotação e desceu do veículo em frente ao hospital. Mas não foi socorrido, pois não tinha dinheiro para pagar a consulta, nem era filiado a um plano de saúde conveniado com o hospital. Ele ficou deitado no chão, na porta, onde agonizou por mais de uma hora, até morrer.

O enfermeiro plantonista, Leonardo Brambila, impediu que a vítima fosse socorrida por dois funcionários do Santo Expedito, e que outros pacientes conduzissem Nelson para dentro do hospital. Alguém chamou os bombeiros. Quando os soldados do fogo chegaram, o médico plantonista do Santo Expedito apareceu e disse que Nelson estava em óbito. Os bombeiros reanimaram o vigilante e levaram-no para o pronto socorro, distante apenas 150 metros. Foi inútil, pois Nelson morreu mesmo, a caminho do socorro.

A direção do Santo Expedito disse que o hospital tem uma rubrica para cobrir despesas de atendimento com pessoas carentes, e que nunca havia acontecido isso antes, mas Nelson morreu depois de pedir socorro por mais de uma hora. É o que documenta o vídeo de um popular que filmou a cena, mostrada pela televisão em rede nacional. Socorro, socorro – gritava Nelson para o Brasil, no filme do aparelho celular. A democratização da eletrônica permite o milagre do povo ser repórter de suas tragédias.

Eu já procurei um hospital – o extinto Pronto Socorro de Fraturas –, após um acidente de moto. Você tem fratura? – Perguntou a moça da portaria. É o que venho saber – respondi. Isto aqui é um hospital de fraturas – definiu a moça. Eu sei, por isso mesmo vim pra cá, – retruquei. E saí sem atendimento, em busca de outro hospital. Faz quanto tempo que você foi acidentado? – perguntou o médico que me atendeu no outro hospital. Não faz meia hora – disse eu. E por que o ferimento já necrosou? – Isto não é necrose, é asfalto – explicou um segundo doutor que me examinava. E rasparam o asfalto.

Eu tinha três fraturas no pulso, mas ninguém percebeu, pois não eram expostas. Só foram descobertas meses depois, por conta de uma dor permanente. Vai doer o resto da vida – afirmou o terceiro médico ao me examinar no terceiro hospital. As fraturas consolidaram fora do eixo e não convém mexer, pois esses ossinhos do pulso são complicados – explicou o bom doutor. Agora mesmo, neste momento em que escrevo, estão doendo. Mas só dói quando me lembro – digo eu ao prestimoso leitor.

O colega Marcone Lucena, revisor do jornal Correio, morreu no hospital sem atendimento, após um desastre no seu bug. Marcone tinha plano de saúde, mas estava sem o carnê do último mês. O hospital só atendia quem estivesse com o carnê em dia. O bravo Marcone, lutador de judô, deu uma surra no gerente do jornal, mas morreu no hospital sem socorro médico.

Outro foi o colega Carbureto. Tinha fama de doido. Carbureto vendia joias, conduzidas numa pasta zero-zero-sete. Não sei como nunca foi roubado. Um dia, foi acidentado. Levaram Carbureto para o hospital. Mas Carbureto não tinha plano de saúde. Telefonem para o Doutor Gaudêncio – pedia Carbureto. Ele era afilhado dos Gaudêncios, naquele tempo com mandatos eletivos. Morava na casa de um deles. Não atenderam nem telefonaram. Carbureto foi a óbito, como se diz no hospital, onde morreu.

Os brasileiros são danados para morrer em porta de hospital. Que lugar perigoso! Deviam procurar outro, discreto, como fazem os elefantes quando querem morrer.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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23
jul
2014

A prefeita de Diamante, Marcília Mangueira (PMDB), teve o seu mandato cassado pela justiça eleitoral nesta quarta-feira, 23. Segundo informações, a prefeita respondia a um processo sobre compra de votos durante o período eleitoral.

Um dos advogados da chefe do poder executivo de Diamante preferiu não falar sobre o assunto, alegando desconhecer as acusações sobre a cassação e só vai falar sobre o assunto depois. Mas o advogado disse que tão logo seja oficializada a cassação no fórum eleitoral de Itaporanga a prefeita deverá recorrer da decisão através de uma liminar ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.

O advogado espera que após o TRE apreciar o recurso,  a prefeita retorne ao cargo. Para ele não existe nenhuma acusação evidente que Marcília Mangueira prefeita de Diamante descumpriu qualquer ato que desabone a justiça eleitoral durante as eleições de 2012.

ParlamentoPB com Vale News PB


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23
jul
2014

Expressão Literária fala de Ariano Suassuna

Morreu nesta quarta-feira (23), aos 87 anos, o escritor e dramaturgo Ariano Suassuna. Ele deu entrada no Real Hospital Português na noite de segunda-feira (21), quando recebeu diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico e foi submetido a uma cirurgia. Estava internado em coma, e respirava com a ajuda de aparelhos.

De acordo com o boletim médico, Suassuna morreu às 17h15, depois de uma parada cardíaca. Sua obra mais conhecida, O Auto da Compadecida, falava poeticamente a definição da morte: "Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre".

Em 2013, Suassuna havia sofrido um infarto agudo do miocárdio, no dia 21 de agosto. Foi internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Português, no Recife, e recebeu alta no dia 27, mas dois dias depois teve um mal estar e voltou à unidade médica, onde ficou internado por mais uma semana. O tratamento do escritor continuou em casa, nos 30 dias que se seguiram.

Vida e obra

Ariano Suassuna ocupava a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras desde 3 de agosto de 1989 e exercia o cargo de secretário da Assessoria Especial do Governo de Pernambuco. Nascido na cidade de Paraína, atual João Pessoa (PB), ele passou os primeiros anos de sua vida no sertão nordestino, na Fazenda Acauhan, e se mudou com a Família para Taperoá em 1933, após perder o pai, João Suassuna, morto por motivos políticos.

Foi nesta cidade que Suassuna começou a estudar e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e um desafio de viola. A improvisação daquelas apresentações se tornaria, mais tarde, uma das marcas registradas em suas obras teatrais.

Na década de 1940, Ariano Suassuna passou a viver no Recife, cursou Direito e conheceu Hermílio Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Sua primeira peça foi Uma Mulher Vestida de Sol, de 1947. Se formou em 1950 e chegou a exercer a advocacia, mas nunca deixou de escrever teatro. Em 1955 fez o Auto da Compadecida, que o projetou para todo o país e ganhou versões para a televisão e o cinema.

Em 1956, Suassuna passou a ser professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco – atividade que exerceu até 1994, quando se aposentou. Três anos depois, fundou, também ao lado de Hermílio Borba Filho, o Teatro Popular do Nordeste.

Uma de suas maiores contribuições para a cultura brasileira foi a idealização do Movimento Armorial, que visa e desenvolver o conhecimento das formas de expressão populares tradicionais e, a partir delas, criar uma arte erudita. A Literatura de Cordel é tida como a bandeira do movimento. Para o dramaturgo, os versos tradicionais nordestinos eram a manifestação artística mais completa da cultura popular brasileira. "No folheto (de cordel) se condensam três artes: a literatura, através da poesia narrativa que tem lá, uma arte plástica, porque a gravura da capa pode apontar um caminho pras artes plásticas do Brasil, e a música porque aquilo é cantado, e acompanhado normalmente por viola e rabeca", afirmava.

Além da obra teatral, Ariano Suassuna dedicou uma parte de sua vida à poesia e à prosa de ficção. Publicou o Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), classificados por ele de “romance armorial-popular brasileiro”. Foi também secretário de Cultura do Estado de Pernambuco entre 1994 e 1998.

EBC


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