“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

sáb
13
set
2014

Polícia Federal encontrou cestas básicas e material de campanha de Fernando Borges e Arthur Cunha Lima Filho em casa no bairro São José.


A Justiça Eleitoral investiga o primeiro caso de compra de votos nas eleições de 2014 na Paraíba. Na manhã de ontem a Polícia Federal, juntamente com os fiscais da Justiça Eleitoral, apreendeu em uma residência no bairro São José, em João Pessoa, dez cestas básicas que supostamente seriam distribuídas com eleitores. Segundo o juiz Ricardo da Costa, da 64ª Zona Eleitoral, não houve prisão em flagrante, já que o material não chegou a ser entregue aos beneficiados.

A dona da casa, que foi conduzida para a Polícia Federal para prestar depoimento, informou que as cestas básicas eram de uma outra pessoa, que também mora no bairro São José. Na casa dessa pessoa a polícia encontrou material de propaganda eleitoral dos candidatos Fernando Borges e Arthur Cunha Lima Filho. A proprietária, que é dona de um salão de beleza, informou que trabalha para um dos candidatos, mas negou que o material apreendido fosse para ser distribuído com os eleitores. A versão que ela deu para a polícia é que faz um trabalho filantrópico com as famílias carentes.

A Polícia Federal não quis se pronunciar sobre a operação. Já o juiz Ricardo da Costa disse que vai aguardar o envio do material para a Justiça Eleitoral para adotar as medidas cabíveis. Segundo ele, o Ministério Público Eleitoral receberá todas as informações para a partir daí decidir quais as providências serão tomadas. “Nós recebemos uma denúncia anônima de uma possível compra de voto através da distribuição de cestas básicas que estaria acontecendo no bairro São José. Diante desta denúncia nós designamos a equipe de fiscalização da Justiça Eleitoral numa operação conjunta com a Polícia Federal para apurar a veracidade desse fato”, disse o juiz.

Ele explicou que a compra de voto pode dar até 4 anos de prisão, além de pagamento de multa, de acordo com o que dispõe o artigo 299 do Código Eleitoral. Segundo o dispositivo, é crime eleitoral “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”.

O material de propaganda que foi encontrado junto com as cestas básicas é de candidatos da coligação "A Vontade do Povo", formada por PSDB/PEN/PR/PTB/PSD/SD/PMN/PPS/PTdoB/PTN/PSC/PP. O advogado Harrison Targino, que representa a coligação, não quis falar sobre o material apreendido. “Eu não fui cientificado”, afirmou. Já os candidatos Fernando Borges e Arthur Cunha Lima Filho, que disputam a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa, respectivamente, não foram localizados pela reportagem.

Jornal da Paraíba


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sáb
13
set
2014

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Edição desta semana acusa o PT de promover baixarias e disseminar mentiras contra a candidata Marina Silva, do PSB; uma dessas mentiras, segundo Veja, é o fato de Marina ser sustentada por uma banqueira; o problema central da reportagem é que as mentiras são verdades (basta lembrar que Neca Setubal, herdeira do Itaú, bancou 83% dos gastos do instituto de Marina) e que o confronto de ideias e posições faz parte do processo democrático; capa de Veja é reação da Marginal Pinheiros às mais recentes pesquisas sobre a sucessão presidencial, que voltam a apontar o favoritismo de Dilma

247 – Na ausência de um novo escândalo, a revista Veja desta semana optou por dedicar sua capa a uma peça de propaganda em favor de Marina Silva, candidata do PSB à presidência da República.

Na capa "A fúria contra Marina", a revista acusa o Partido dos Trabalhadores de promover baixarias contra a candidata que, hoje, representa a esperança de vitória de setores mais conservadores da sociedade brasileira na disputa presidencial de outubro. "Nunca antes neste país se usou de tanta mentira e difamação para atacar um adversário como faz agora o PT", diz o subtítulo.

Veja não se referia às diversas tentativas frustradas comandadas por ela própria para tentar impedir vitórias do PT em 2002, 2006 e 2010, como as capas sobre os dólares de Cuba, o apoio financeiro das Farc ao PT ou os pacotes de dinheiro entregues na Casa Civil – teses que jamais se comprovaram.

O tema da reportagem desta semana é a crítica que começou a ser feita, pelo PT, a algumas contradições de Marina. O texto de Veja lista o que chama de "as 6 mentiras de Dilma". Seriam as seguintes: Marina vai abandonar o pré-sal, será um novo Collor, Banco Central independente significa miséria para os brasileiros, Marina é sustentada por banqueiros, vai acabar com o Bolsa-Família e vai tirar R$ 1,3 trilhão de reais da educação e da saúde.

O problema é que muitas dessas "mentiras" estão mais próximas da realidade do que da fantasia. Foi a própria Marina quem, em seu programa de governo, negligenciou o pré-sal, dedicando algumas poucas linhas ao grande vetor da economia brasileira nos dias de hoje.

Sobre o fato de ser sustentada por banqueiros, é uma verdade absoluta. Afinal, Neca Setubal, herdeira do Itaú doou 83% dos recursos que bancam seu instituto. E graças a essa generosidade passou a falar em nome da candidata, defendendo uma agenda que atende ao interesse de bancos privados, com propostas como a independência do Banco Central.

Sobre ser um novo Collor, a crítica do PT não é dirigida à personalidade de Marina, mas sim à sua falta de sustentatação política e ao fato de se colocar acima dos partidos, com sua promessa de uma "nova política".

Ao vitimizar Marina, Veja sinaliza que, hoje, acredita mais na candidata do PSB do que em Aécio Neves, do PSDB, como alternativa mais viável para derrotar o PT. Hoje, faltam pouco mais de vinte dias para as eleições presidenciais, período que comporta mais três capas de Veja.

Ao que tudo indica, o arsenal de denúncias da revista se esgotou e resta à editora da Marginal Pinheiros apelar a novas peças de propaganda política.

Brasil 247


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sáb
13
set
2014

O candidato ao governo do Estado pela Coligação A Vontade do Povo, Cássio Cunha Lima (PSDB), disse que vai trazer de volta o Programa do Cheque Moradia para viabilizar casas para as famílias de baixa renda. No Guia eleitoral desta sexta-feira (12), Cássio disse que vai possibilitar a troca das casas de taipa pelas de alvenaria na Paraíba.

O Cheque Moradia tinha como finalidade fazer a melhoria, ampliação ou a reconstrução de casas. Através dele foi possível fazer a reforma das unidades habitacionais em 82 municípios e construção em mais 109. Com este programa foi possível ainda reformar e construir 4.500 casas no município de Boqueirão e adjacências.

Segundo Cássio, é preciso facilitar o aceso da casa própria às famílias de baixa renda. “É por isso que vamos trazer de volta o Cheque Moradia, que foi um programa muito bem sucedido que fizemos no nosso governo e que, infelizmente, o atual governo acabou. Vamos trazer de volta, principalmente, para gradativamente erradicar as casas de taipas e atender com prioridade as famílias que vivem em área de risco”, respondeu.

O candidato a governador do PSDB lembrou ainda que, durante o seus dois mandatos consecutivos, foram quitados mais de 55 mil contratos de casas financiadas pela Cehap, beneficiando 300 mil paraibanos, bem como, a construção e reforma de mais de 21 mil casas em 191 municípios.

Em seu governo Cássio construiu os conjuntos residenciais Colinas do Sul, com 1.100 unidades habitacionais, em João Pessoa e o Bairro da Glória, em Campina Grande, com 784 casas para dar mais dignidade aos moradores da antiga comunidade da Cachoeira. Esta construção recebeu premiação como um dos dez melhores projetos do Brasil.

Cássio vai oferecer as prefeituras obras de infraestrutura que viabilizem a construção de casas do Programa Minha Casa Minha Vida.  Ele explicou que muitas cidades pequenas não recebem o programa porque as prefeituras não podem oferecer a contrapartida que o governo federal exige.

Ele vai levar aos municípios saneamento, drenagem e pavimentação que são como condições de contrapartida para o Programa Minha Casa Minha Vida para que as prefeituras possam fazer mais casas para quem precisa.

Assessoria


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sáb
13
set
2014

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer o primeiro medicamento para tratar os sintomas do autismo. O remédio, conhecido como Risperidona, será incorporado na rede pública e vai auxiliar na diminuição das crises de irritação, agressividade e agitação, sintomas comuns em pacientes com a doença.

A Risperidona deverá estar disponível no início de 2015. De acordo com o Ministério da Saúde, o órgão investirá R$ 669 mil para a compra do remédio. A estimativa do governo é de que o tratamento esteja disponível para a população a partir do início de 2015 e que beneficie cerca de 19 mil pacientes por ano.

A doença

O autismo aparece nos primeiros anos de vida. Apesar de não ter cura, técnicas, terapias e medicamentos, como o Risperidona, podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes e suas famílias. Entre os sintomas comuns, o autista olha pouco para as pessoas, não reconhece nome e tem dificuldade de comunicação e interação com a sociedade. Com variação do grau da doença, pacientes apresentam comportamento agressivo, agitado e isso exige cuidado e dedicação permanentes.

De acordo com a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 70 milhões de pessoas no mundo tenham a doença. No Brasil, a estimativa é que este número alcance duas milhões de pessoas.

O medicamento

O remédio é usado para tratar as chamadas psicoses. Isto significa que ele tem um efeito favorável sobre um certo número de transtornos relacionados ao pensamento e às emoções. De acordo com o fabricante do remédio, a Risperidona é indicada para o tratamento de transtornos do comportamento, para pacientes com demência nos quais os sintomas como agressividade, transtornos psicomotores ou sintomas psicóticos são comuns. Além do uso em pessoas com autismo, o medicamento é usado para os tratamentos de esquizofrenia e transtorno bipolar.

EBC


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sáb
13
set
2014

“Foi um navio que se suicidou, metralhando as bombas de profundidade na popa, quando testava as novas metralhadoras de 20 mm”

Sitônio PintoOtávio Sitônio

Uma vez ele marcou um encontro comigo na Praça da Independência, onde costumava fazer caminhadas. Não sei mais qual era a pauta do encontro; sei que nos sentamos num banco a oeste da praça, na frente do colégio Pio X. Ainda posso localizar o banco. Muitas vezes atravessei o espaço da praça, indo e vindo para o colégio de onde fui expulso porque reagi a uma provocação do irmão diretor. Estirei o dedo para o irmão, e ele achou que isso era motivo de expulsão.

Por que não foi ele o expulso? O pau se quebra no lugar mais fraco, e naquele tempo eu era o mais fraco: um adolescente de 15 anos com fama de indisciplinado. Mas valeu a expulsão, pois fui parar no Liceu onde tive por mestres dois professores egressos do movimento poético Geração 59: Vanildo Brito e Geraldo Medeiros. O primeiro ensinava Filosofia, e o segundo Português. De quebra, o maestro Pedro Santos ensinava educação artística. Valeu a pena, ó eu aqui.

Quando estava chovendo, eu e Cláudio Caçapa atravessávamos a praça e vínhamos para casa a pé, chapinhando os pés nas poças de lama. Morávamos na mesma rua, a Expedicionários, homenagem aos brasileiros que foram para a Segunda Guerra Mundial. Uns não voltaram, mas a homenagem é para os dois grupos, os que ficaram em Pistoia e os que voltaram para casa. No caminho da missa morava um marinheiro solitário. Só os burros falavam com ele, a quem iam pedir pão doce.

Dizia-se que era neurótico de guerra. Será que o marinheiro era sobrevivente do Bahia, o cruzador que afundou depois que a guerra se acabou, no meio do Atlântico? Foi um navio que se suicidou, metralhando as bombas de profundidade na popa, quando testava as novas metralhadoras de 20 mm. Foram brincar de guerra, guerra não é brincadeira. Como se chamava o herói de macacão azul? O bairro era em sua homenagem, e seu nome não devia ter desaparecido.

Não me lembro mais o que Gonzaga queria. Parece que falar comigo sobre o planejamento de um de seus livros. Sei que sugeri a ele fazer um livro temático, focado em assuntos determinados. É o tipo de livro que rende muito, principalmente livro de crônicas e artigos. Gonga gostou da ideia, mas ainda não fez um livro assim. Agora, ele está organizando outro, com a ajuda de

Paulo seu filho. É um rapaz capaz, e o livro deve sair bom, claro que vai ser bom.

Esta semana o vigilante Gonzaga escreveu uma crônica sobre a Praça da Independência, que está para ser reformada pela Prefeitura. Não gosto de reformas, prefiro revoluções. Principalmente reformas em prédios velhos, em logradouros antigos. As paisagens urbanas da Europa são intocáveis; depois da guerra, aquelas casas velhas foram restauradas uma a uma, tijolo por tijolo, telha por telha. E as pessoas vão de longe ver os velhos prédios reerguidos, como se nunca tivessem sido bombardeados.

Agora o vigilante reclama contra o projeto de se reformar a praça. Não vi o projeto, apenas li a crônica. Diz que vão mexer no traçado da praça, que é uma projeção da bandeira da Inglaterra. E arrancar o obelisco. E o coreto? O vigilante não diz o que vão fazer com o coreto. Como já disse, não gosto de reformas. Mas concordo que se delete o traçado da bandeira da Inglaterra. A ilha foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil, daí a homenagem. Por que deletar a bandeira inglesa?

O governo inglês fez uma sacanagem: capou, do empréstimo que o Brasil lhe tomou logo após a Independência, o valor dos investimentos que Portugal fez no Brasil. Portugal não fez mais que a obrigação de investir na colônia. A Inglaterra agiu como a Companhia das Índias Ocidentais, quando esta cobrou de Portugal despesas que os holandeses tiveram no Brasil.

A Prefeitura não deve homenagem à Inglaterra. Mas deve considerar a crônica de Gonzaga, no sentido de preservar o espírito da praça, plantada no começo ou nos confins de Tambiá.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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sex
12
set
2014

LOURIVAL SINSEMUPI
Lourival Gambarra, presidente do SINSEMUPI

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Princesa Isabel (SINSEMUPI), Lourival Gambarra, afirmou nesta sexta-feira (12) que vai requerer a aplicação de multa diária de R$ 10 mil fixada em decisão judicial contra o prefeito Dominguinhos (PSDB), como também abertura de processo criminal e o bloqueio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), em decorrência de descumprimento de decisão judicial.

Segundo o dirigente da entidade, o gestor tucano já desobedeceu quatro vezes a determinação da Justiça de garantir o pagamento de salários do funcionalismo municipal até dia 10  subsequente ao mês trabalhado.

Lourival acrescentou ainda que, “apesar das quatro reuniões de negociação entre o sindicato e a prefeitura, mediadas pelo Ministério Público (MP), o prefeito continua sem pagar na integralidade  os salários dos servidores”.

“Ontem (11), apenas algumas folhas da Educação foram pagas e ficou uma boa parte da categoria sem receber agosto, uma prática que se tornou frequente nos últimos meses, a despeito da decisão judicial,” informou.

Ele afirmou que a postura do prefeito é de “desrespeito, omissão e descumprimento da decisão judicial e de desprezo total à categoria dos servidores”.

“Como o impasse continua sem solução por aqui, vamos agora pedir socorro ao Tribunal de Contas do Estado, Procuradoria Geral de Justiça e ao próprio Tribunal de Justiça”, anunciou.

“O atraso é intencional, injustificável, pois, no caso da Educação, nós fizemos um levantamento e constatamos que, no período de 1º de agosto a 10 de setembro, entrou mais de meio milhão de reais para o Fundeb, precisamente R$ 579.188,27”, assegurou.

“Como explicar esse atraso se em julho, por exemplo, a folha da Educação somou algo em torno  R$ 518 mil?”, questionou.

Veja abaixo os repasses do Fundeb enumerados pelo sindacalista Lourival Gambarra.

FUNDEB 1

FUNDEB 2

FUNDEB 3

FUNDEB 4


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sex
12
set
2014

O governador Ricardo Coutinho (PSB), candidato à reeleição pela coligação ‘A Força do Trabalho’, lamentou, no debate desta quinta-feira (11) promovido TV Clube, que o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), não tenha comprado nenhum armamento e munição nos sete anos que passou administrando a Paraíba.

Segundo Ricardo, enquanto seu governo investiu R$ 4,2 milhões na compra de munições para a área de segurança do Estado, a gestão de Cássio só investiu R$ 198 mil. Isso tá no Sagres (do Tribunal de Contas do Estado), pode conferir”, ressaltou o socialista, acrescentou: “Já o investimento do governo de Cássio em armamento foi zero”.

Ricardo afirmou, ainda, que a gestão de Cássio foi improdutiva, já que o tucano não soube governar o Estado, apesar de ter passado quase sete anos no cargo. “Ao contrário da gestão do PSDB, a nossa não só adquiriu armamento, como também investiu na contratação de novos policiais e na qualificação profissional”, salientou.

Assessoria


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