João Pessoa mostrou na noite desta quarta-feira (1º) que já fez sua escolha. O que era para ser mais um evento político, acabou se transformando em carnaval fora de época, onde mais de 140 mil pessoas partiram da Praça das Muriçocas, em Miramar, e desceram à Avenida Epitácio Pessoa em direção ao Busto de Tamandaré, na praia de Tambaú, protagonizando a maior Girassoca da história das campanhas eleitorais do governador Ricardo Coutinho (PSB), que este ano disputa a reeleição pela coligação ‘A Força do Trabalho’.
A festa começou por volta das 18h, quando uma multidão vinda de todos os recantos do Estado começou a se aglomerar na Avenida Tito Silva. Já passavam das 21h, quando o govenador Ricardo Coutinho chegou à Praça das Muriçocas, acompanhado do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), do candidato a senador Lucélio Cartaxo (PT), da candidata à vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) e do ex-deputado Fabiano Lucena, sobrinho do senador Cícero Lucena (PSDB).
No percurso da Girassoca, milhares de pessoas ocuparam as calçadas, os muros das residências e as fachadas dos edifícios para externar apoio à reeleição de Ricardo. “Ricardo Coutinho foi o melhor prefeito que a nossa cidade já teve. É só ver como João Pessoa era antes e como ela é hoje. A cidade cresceu e está muito melhor. Com Ricardo no governo, o Estado vem melhorando cada vez mais, então, não podemos mexer numa gestão que vem dando certo”, enfatizou a médica Gilma de Pádua Duarte.
“Ricardo é um gestor sério, trabalhador, é gente da gente, que conhece todos os municípios e tem ainda muito o que fazer pela Paraíba. Não podemos mais arriscar nossas vidas e colocar João Pessoa e a Paraíba nas mãos de quem não tem nenhum compromisso com o povo, com a política e com a gestão pública”, alertou o professor universitário José Aniceto. “Quero o melhor para a minha cidade e para o meu Estado, por isso, na minha família todos votam 40”, completou.
Assessoria
Segundo a Lei Eleitoral, esta quinta-feira (2) é o último dia para a exibição da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. É também o prazo final para os candidatos fazerem reuniões públicas de campanha, comícios e para a utilização de aparelhagem de som fixa, entre as 8h e a meia-noite.
Hoje também é a data limite para a realização de debates políticos na televisão ou no rádio. Debates iniciados no dia 2 podem se estender, no máximo, até as 7h do dia 3 de outubro. Também até hoje, partidos políticos e coligações terão que indicar à Justiça Eleitoral o nome das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos fiscais e delegados de partido que estarão habilitados a acompanhar os trabalhos de votação.
Sexta-feira (3) será a data limite para que se faça a divulgação paga, na imprensa escrita, a reprodução na internet do jornal impresso, de propaganda eleitoral. Ainda nesta sexta-feira, os presidentes de mesa que não tiverem recebido o material destinado à votação deverão comunicar a falha ao juiz eleitoral.
No sábado (4), termina a propaganda eleitoral com uso de alto-falantes ou amplificadores de som, entre as 8h e as 22h. Carreatas, caminhadas, passeatas e a distribuição de material gráfico também só poderão ser feitos até as 22h deste sábado.
Desde terça-feira (30), até 48 horas depois do encerramento da votação, nenhum eleitor pode ser preso ou detido, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou ainda por desrespeito a salvo-conduto. A proibição de prisão de candidatos está em vigor desde o último dia 20. No entanto, quem concorre a cargo eletivo pode ser detido ou preso em caso de flagrante delito.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, a competência para proibir a venda de bebidas alcoólicas no dia da votação é da Secretaria de Segurança Pública de cada estado, município ou do Distrito Federal.
O candidato a Governador da Paraíba pela Coligação Renovação de Verdade (PMDB-PT), Vital do Rêgo tem aproveitado os debates e as entrevistas das quais tem participado para a apresentação de propostas e o detalhamento do seu Plano de Estado. Segundo Vital, esta opção foi definida logo no início da campanha e tem o objetivo de mostrar claramente à Paraíba a sua linha de atuação como candidato e como governador.
“Iniciamos esta campanha com a disposição de mostrar à Paraíba um projeto diferente, um Plano de Estado, que possa servir de bússola para o governante e que não seja apenas um mero Plano de Governo para o governante chamar de seu. Normalmente, temos governos que apresentam seus programas e que, ao final da gestão, as ações não tem continuidade, prejudicando a população. Com o nosso Plano de Estado é diferente”, afirmou Vital.
O candidato do PMDB lamentou que, em detrimento do que a população paraibana realmente quer ver, alguns candidatos tenham feito a opção de se utilizar de acusações, muitas delas até de cunho pessoal, enquanto que a apresentação de propostas e o debate das idéias tenha ficado em segundo plano. “O paraibano não quer ver isso, quem fez mais mal à Paraíba ou quem deixou de fazer. Ele quer mais comprometimento com os anseios do povo”, disse.
Vital também lamentou que, além das acusações – muitas delas de cunho pessoal, o que é absolutamente reprovável, na sua opinião – os candidatos tenham baixado o nível da campanha, ao ponto de se acusarem com termos impublicáveis e gestos grosseiros. “O pior é que eles acabam incentivando a militância a entrar numa briga que preocupa, pois pode gerar conseqüências inimagináveis. Fico muito preocupado com isso”, disse.
O peemedebista finalizou fazendo um apelo para que, nesta reta final, os candidatos procurem deixar as acusações e as baixarias de lado e adotem como meta uma linha propositiva. “Vamos fazer uma campanha limpa, sem baixarias, propositiva. Esta opção de brigar e esquecer que campanha é o debate de idéias é muito perigosa. Temos que defender uma cultura de paz na Paraíba”.
Assessoria
O tornado danificou parte da cobertura do aeroporto de Brasília, bem como parte do toldo do estacionamento
Uma forte chuva veio acompanhada de um tornado na tarde de ontem (1º), em Brasília. É a primeira vez que há um registro do fenômeno metereológico na capital federal. O tornado formou-se na região próxima ao aeroporto de Brasília e provocou danos no local. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou a formação do tornado e registrou ventos de 95 quilômetros por hora.
Parte da cobertura do aeroporto, bem como parte do toldo do estacionamento, foram atingidos. A Inframerica, concessionária do aeroporto, informou que está avaliando quantos automóveis foram danificados com a queda da estrutura e adiantou que os proprietários dos carros atingidos serão ressarcidos. O aeroporto ainda ficou fechado para pousos e decolagens entre as 14h26 e as 15h53.
De acordo com a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o tornado é considerado de escala 0, entre 0 e 5, ou seja, de baixo poder de destruição. Ela ainda explicou que o tornado estruturou-se após a formação de uma nuvem de tempestade.
“Estava um tempo bem instável, com condição de pancada de chuva, mas tivemos muito mais umidade e a temperatura subiu um pouco mais, formando uma nuvem de tempestade muito severa. Essa nuvem favoreceu a formação do tornado”, disse Márcia em entrevista à Rádio Nacional. Ela ainda explicou que é difícil prever uma nova ocorrência de tornados na região. “O que podemos dizer é que, para hoje, há condições de pancadas de chuva, descargas elétricas, rajadas de vento, mas não podemos afirmar nada sobre tornados ainda”.
Apesar do registro de queda de árvores e danos no aeroporto, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal não atendeu a nenhuma ocorrência em virtude dos fortes ventos. A corporação, no entanto, divulgou um vídeo mostrando a formação do tornado. Assista ao vídeo acessando o link.
Agência Brasil
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato da Coligação “A Vontade do Povo” ao governo do Estado, fez campanha na noite desta quarta-feira no Valentina Figueiredo, em João Pessoa, e participou de um comício na cidade de Bayeux, região metropolitana da capital paraibana.
No Valentina, ao lado do candidato a vice, Ruy Carneiro (PSDB), e do candidato ao Senado, Wilson Santiago (PTB), Cássio visitou casas de populares e ouviu reclamações sobre a segurança pública e o atendimento nos postos de saúde.
“Nossa maior dificuldade, nesse momento, é com relação à saúde, uma vez que nos postos falta de tudo: não tem médico, falta remédio e ninguém dá uma satisfação à população”, reclamou ao senador Miguel Avelino, morador do bairro há mais de 20 anos.
Bayeux
Já na cidade de Bayeux, Cássio participou de um comício organizado pelo deputado Domiciano Cabral, a ex-prefeita Sara Cabral, a vereadora Célia Domiciano e o candidato a deputado estadual Arnon Domiciano.
“Estamos encerrando nossa campanha aqui na cidade de Bayeux, mas podem ter certeza que nós vamos ganhar a eleição do próximo domingo para melhorar a vida da população desta cidade e de toda a Paraíba”, afirmou o senador.
Assessoria
“Lembro-me de uma ticaca que o cachorro farejou e acuou na toca. Ele cavou até quando ela mijou na cara dele”
Otávio Sitônio
Deu no jornal virtual Ambiente Brasil, de 30/09/14, que o planeta Terra perdeu mais da metade da sua fauna nos últimos 40 anos. Daí pra lá. Sou testemunha dessa hecatombe. Quando eu era menino, há pouco mais de meio século, a nossa propriedade no Semiárido era povoada abundantemente por várias espécies de animais silvestres e selvagens.
O curral ficava lastreado de cabeças-vermelhas que vinham ciscar o esterco. Era uma festa, muito bem descrita por Ascenso Ferreira: “Chove, chuva / pra nascer capim / pra boi comer / pra boi cagar / pra passarinho ciscar…” Os cabeças-vermelhas eram os mais populosos. Mas havia as rolinhas caldo-de-feijão e cascavéis, e os anuns pretos e brancos, e os periquitos pacus e jandaias.
Hoje, esses seres alados são raros. O veneno para as pragas matou também as aves que comem os besouros envenenados. Os urubus comem a carniça dos passarinhos e morrem. A vaca come o capim envenenado e as pessoas bebem o leite, também envenenado, e comem a carne envenenada do boi que comeu o capim de Ascenso Ferreira. No final, todos morrem envenenados.
Havia tantos saguins que as árvores balançavam suas galhas quando recebiam uma família daqueles pequenos macacos. Cada família não tinha menos que cinquenta saguins. Pulavam para a árvore vizinha e eram seguidos por outro grupo de parentes alegres e barulhentos. De que morreram os saguins? Também comeram veneno?
Havia até onças vermelhas e grandes serpentes, como as jiboias. E guarás, que atacavam as jiboias. Os guarás eram onívoros: chupavam canas e cobras. Para onde foram os guarás, as jiboias, as onças-de-bode? Lá em nós a população humana diminuiu mais que a da fauna: onde havia dez famílias só tem uma, e as famílias diminuíram de dez para quatro pessoas, por obra da pílula.
Algumas dessas famílias tomaram o veneno difuso nos roçados e nos pastos. Outras foram embora para o Sul devorador, quando o bicudo acabou com o algodão de fibra longa. O pior do veneno é que demora cem anos para perder seu efeito, entranhado na terra. Depois chegou mais um, o veneno para as ervas ditas daninhas, as que concorrem com o roçado.
Esse veneno do Vietnam ataca as plantas de folha redonda: substitui a capina e o fogo. O quinto estado da matéria também é venenoso: esteriliza a terra com suas chamas. A capina é peçonhenta quando a enxada puxa uma cobra para os pés do peão. As cobras peçonhentas não sentiram o efeito do veneno. Peçonha e veneno e são diferentes: este é inorgânico, aquela é orgânica.
As cobras ainda abundam nos roçados, atraídas pelos ratos das plantações de feijão e de milho. A população de ofídios aumentou nas Américas depois que o europeu chegou com o rato. Este faz parte da base da pirâmide alimentar das cascavéis, jararacas, surucucus, corais, haja cobras. Ainda não inventaram um veneno para elas. Talvez seja mais nocivo que o delas.
As ticacas ainda há. Lembro-me de uma ticaca que o cachorro farejou e acuou na toca. Ele cavou até quando ela mijou na cara dele: o canídeo enfiou o focinho na areia do riacho e saiu feito um arado, esfregando a venta na terra. Só sabe o que é isso quem já sentiu a inhaca do mijo da ticaca: incomoda à distância. E o cachorro tem um faro 200 vezes mais apurado que o dos humanos.
Mais da metade da fauna do mundo acabou-se nos últimos 40 anos. Lá em nós foi muito mais que a metade. São raros os cabeças-vermelhas, mais raros os anuns. As rolinhas, além do veneno, ainda sofrem a perseguição das espingardas. O sertanejo não aprendeu a comer cobra, feito os guarás. Dispensa-se um palmo abaixo da cabeça, para evitar a peçonha. É boa caça.
*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.
Em franco declínio de sua audiência, a TV Globo amargou em setembro a pior audiência de sua história; segundo dados do Ibope divulgados nesta quarta-feira, 1º, a emissora dos irmãos Marinho obteve apenas 12,2 pontos de audiência na Grande São Paulo; em agosto, o patamar era de 12,5 pontos; comparado com setembro de 2013, a audiência caiu 16%; cada ponto corresponde a 65.201 domicílios na Grande São Paulo; emissora atribui ao horário de propaganda eleitoral fiasco na audiência; Jornal Nacional, apresentado por William Bonner, registrou a pior audiência em 2013; com mais acesso, brasileiro tem recorrido cada vez mais à internet para buscar informação e entretenimento
247 – A TV Globo caminha a passos largos na redução de sua audiência. Segundo dados do Ibope divulgados nesta quarta-feira, 1º, a emissora dos irmãos Marinho fechou setembro como pior mês da sua história na Grande São Paulo. Globo obteve apenas 12,2 pontos de audiência. Em agosto, o patamar era de 12,5 pontos.
Se comparado com o mesmo mês do ano passado, a queda é ainda maior. A emissora marcou 14,4 pontos – ou seja, a audiência caiu 16%. Segundo a fórmula do Ibope para calcular a audiência, cada ponto medido corresponde a 65.201 domicílios na Grande São Paulo. Emissora atribui ao horário de propaganda eleitoral o fiasco na audiência.
As rivais oscilaram muito pouco de agosto para setembro. A Record subiu de 5,9 para 6 pontos; o SBT, manteve-se em 5,5; Band caiu de 2,3 para 2,2; a Rede TV! de 0,9 para 0,8. A informação é do jornalista Lauro Jardim.
A Globo enfrenta há alguns anos uma grave crise de audiência. O Jornal Nacional, seu programa mais importante, registrou em 2013 seu pior ano da história em audiência. Apenas nos últimos dois anos, 2012 e 2013, a queda foi de 18,4%, e na última década, despencou 30%.
Outra razão é que, assim como jornais e revistas, as emissoras de televisão também têm perdido público para a internet. No caso da emissora da família Marinho, mesmo no horário nobre (das 18h à meia-noite), em que estão concentradas as principais atrações, a queda da audiência foi maior, caindo de 24,6 pontos (2012) para 23,2 pontos (2013).
Brasil 247