Os professores da rede municipal de ensino em Princesa Isabel fizeram manifestação na manhã desta quinta-feira (15), Dia do Professor.
A categoria está em greve desde a segunda-feira (13), por causa do salário atrasado.
A mobilização começou às 9h, em frente ao sindicato da categoria, na avenida Marcolino Pereira.
Na praça Coronel José Pereira, os docentes leram mensagens alusivas ao dia da categoria e, sob forte sol, com cartazes, faixas e apitos, seguiram em passeata até à Câmara de Vereadores.
Na sede do Legislativo municipal, os docentes debateram propostas que fazem parte do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014.
De acordo com o professor Arimatéa Fidelis, “a greve é legal, justa e legítima, pois reivindica o pagamento dos salários em dia”.
Professor Arimatea Fidelis rebate teor de nota oficial sobre ‘natureza’ da greve
“A paralisação não tem cor partidária, como se alega em nota oficial, pois aqui estão professores de todas as cores partidárias. Eu, por exemplo, sempre acompanhei o grupo Diniz, votei no atual prefeito, mas uma coisa é a política, outra coisa é ter o salário em atraso”, completou.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Princesa Isabel (SINSEMUPI), Lourival Gambarra, os professores da rede pública municipal não tem o que comemorar. Ele acrescentou que as alegações da Prefeitura não convencem mais.
“O prefeito Dominguinhos repete à exaustão a ladainha de que falta recurso, desobedece seguidamente determinação judicial de pagar os salários até o dia 10 posterior ao mês trabalhado e, ainda, quer botar a culpa no governo federal”, afirmou.
“O prefeito não esclarece a destinação clara sobre recursos da ordem de R$ 549.912,10 que entraram na conta do Fundeb entre 1º de setembro e 14 de outubro, quando diz, na nota oficial, que o valor total da folha de professores efetivos implica o montante de R$ 533.095,77”, questionou.
Ainda de acordo com o presidente da entidade, “o prefeito sabe muito bem que a educação fundamental é atribuição dos municípios, e que o governo federal, através dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) praticamente subsidia a área, sendo que as prefeituras devem fazer o complemento, dar a contrapartida com recursos próprios”.
“Sobre as diversas acusações e declarações emitidas na nota oficial, o setor jurídico do sindicato vai tratar o assunto amparado na lei, que é a esfera competente e está acima da vontade pessoal de qualquer um que ouse atropelar o ordenamento jurídico, adiantou Lourival.
“Fizemos uma manifestação pacífica, ordeira, para marcar a passagem da data e conscientizar a população sobre o papel fundamental do professor na construção do futuro. Por onde passamos, somos apoiados com aplausos, buzinaço e outras formas de solidariedade”, finalizou.