Após um período de acirramento político após o resultado do segundo turno das eleições que consagrou o governador Ricardo Coutinho (PSB), as especulações envolvendo o futuro dos principais agentes políticos da Paraíba aumentam a cada dia. Observando o novo mapa eleitoral, o PB Agora fez uma análise da situação de alguns políticos locais, onde alguns saíram do céu e mergulharam no inferno e outros passaram de vilões a heróis.
Aumentaram a cotação após o pleito 2014:
Ricardo Coutinho (PSB): reeleito no Palácio da Redenção, o ‘mago’ desbancou dois coronéis paraibanos: José Maranhão (PMDB) e Cássio Cunha Lima (PSDB). Natural candidato ao Senado em 2018, desponta como favorito nas duas cadeiras em disputa.
Luciano Cartaxo (PT): o prefeito de João Pessoa apostou no projeto socialista ainda no primeiro turno quando ninguém acreditava, principal responsável pelo aumento no numero de votos de RC no segundo turno, após assumir a campanha girassol, Cartaxo pode formar uma chapa tida como imbatível caso consiga emplacar o PSB ou PMDB na sua vice. Saiu fortalecido do pleito após lançar o seu irmão Lucélio Cartaxo (PT) na disputa pelo Senado, obtendo a segunda colocação com mais de quinhentos mil votos saindo vitorioso em todas as urnas da Capital.
Lucélio Cartaxo (PT): nome forte para qualquer disputa, é cotado para figurar no primeiro escalão na próxima reforma administrativa promovida pelo governador Ricardo Coutinho (PSB). Estadualizou seu nome e tornou-se uma liderança conhecida em todas as regiões da Paraíba.
Efraim Morais: eleito como um dos principais articuladores políticos na vitoriosa campanha socialista, mesmo sem mandato, é presidente de partido e seguirá com prestigio junto ao governador Ricardo Coutinho. Reelegeu seu primogênito Efraim Filho (DEM) para mais um mandato na Câmara Federal.
Zé Maranhão (PMDB): tido como o fiel da balança no segundo turno das eleições estaduais,conquistou um mandato de oito anos no Senado além de se credenciar a cargos elevados em âmbito federal com a reeleição de Dilma Rousseff (PT).
Veneziano Vital: nome natural do PMDB para disputa da Prefeitura de Campina Grande em 2016, segundo deputado federal mais votado, conta agora com um padrinho de peso nas eleições municipais: o governador Ricardo Coutinho.
Vital do Rêgo Filho: mesmo derrotado na disputa, sai fortalecido pois alem de eleger o irmão deputado federal, conseguiu emplacar a mãe Nilda Gondim (PMDB) como primeira suplente do senador Zé Maranhão.
Luis Tôrres: assumiu a Secom, herdando uma gestão arranhada perante a opinião publica, pois não conseguia transmitir a sociedade as ações governamentais, agiu com habilidade, dinamizou a pasta e hoje é cotado para assumir missões políticas no segundo governo RC.
Célio Alves: foi um verdadeiro infante no embate da campanha, demonstrou lealdade ao permanecer no projeto socialista e tornou-se uma espécie de porta-voz da gestão.
Família Feliciano: tornou-se o casal forte da política paraibana: Damião Feliciano (PDT) reelegeu-se na Câmara Federal e sua esposa Lígia é a futura vice-governadora.
Em baixa na política local:
Cássio Cunha Lima (PSDB): Saiu com um potencial eleitoral menor após ser derrotado para Ricardo Coutinho, agora vê a ameaça de perder a sua principal base eleitoral (Campina Grande) após o desempenho de Veneziano Vital na Rainha da Borborema ter superado os sessenta mil votos.
Ruy Carneiro (PSDB): deputado federal com uma reeleição certa, decidiu apostar no incerto e a partir de 2015 não terá mais mandato parlamentar. Também pesa contra Ruy, a animosidade causada com a família Lucena, leia-se Cícero e Lauremília.
Nonato Bandeira: vice-prefeito de João Pessoa e presidente do PPS naufragou com o projeto tucano na Paraíba, também pesa contra a Bandeira a tentativa de conquistar uma cadeira na Assembleia obtendo minguados dez mil votos.
Luciano Agra (PEN): rompeu politicamente com o prefeito Luciano Cartaxo, afundou ao lado de Wilson Santiago (PTB) pois foi seu primeiro suplente, com a derrota de Cássio tem poucas chances de disputar um mandato em 2016 ou 2018.
Cícero Lucena (PSDB): foi escanteado da disputa, deve se aposentarpoliticamente, porém assumiu a candidatura de Cássio faltando apenas uma semana para o término do segundo turno. Assumiu a candidatura de Cássio e consequentemente o ônus da derrota tucana em João Pessoa.
Wilson Santiago (PTB): novamente derrotado na disputa pelo Senado, mostrou mais uma vez que não tem perfil para disputas majoritárias, sai enfraquecido do processo e em face do alinhamento com o tucanato fechou todas as portas de diálogos com o staff socialista.
PB Agora