“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

ter
28
out
2014

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247 – No day after das eleições mais acirradas da história do Brasil, prevaleceu o chamado à união feito tanto pelo candidato derrotado, Aécio Neves, como, especialmente, pela presidente reeleita Dilma Rousseff. Para quem temia incidentes políticos, provocados por setores descontentes com o resultado, as ocorrências foram iguais a zero. Nem mesmo no epicentro do nervosismo econômico, a Bolsa de Valores de São Paulo, o discurso fim do mundo assustou os investidores além da conta. Após chegar a cair mais de 6%, o índice Bovespa se recuperou parcialmente e fechou em -2,77%.

Não houve nada parecido, no entanto, com uma fuga de capitais ou pânico entre investidores. É certo que as ações da Petrobras caíram 12%, mas isso foi visto como apenas maios uma nova rodada da especulação que já vinha ocorrendo nos últimos dois meses.  O dólar, por outro lado, chegou a R$ 2,50, atingindo um pico em três anos. A alta se deu sem qualquer intervenção do Banco Central.

Na política, as reações foram de tranquilidade diante da reeleição de Dilma. Os chefes do PSDB, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra seguiram pela linha da discrição, sem pronunciamentos na segunda-feira 27. Na véspera, Aécio considerou que a missão "prioritária" é a de unir o País. Alckmin seguiu tocando a agenda de São Paulo, enquanto Serra declarou estar se preparando para ter "muito trabalho" no Senado, onde pretende elaborar e aprovar projeto como da Nota Fiscal Brasileira.

Até mesmo a ex-candidata Marina Silva, que tinha bons  motivos para manter suas críticas ao governo, manifestou que voltará aos seus tempos de militante política.

Da parte do PT, as manifestações ficaram restritas à própria Dilma. Em entrevistas ao Jornal da Record, da emissora do mesmo nome, e ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Dilma outra vez pregou a união entre os setores da sociedade:

– Minha palavra de ordem é diálogo. Quero dialogar com os empresários, com o setor financeiro, com o agronegócio e com os movimentos populares, de modo a fazer o que o povo brasileiro me demandou nas urnas: mudanças e reformas.

À tarde, a presidente chamou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao Palácio da Alvorada, de onde despachou ao longo do dia. Ele entrou para a conversa como o nome que deverá ser trocado por Dilma, conforme ela mesma prometeu ao longo da campanha. E saiu na mesmíssima condição. Ele segue como comandante da economia, mas Dilma, com um novo estilo mais pausado e calmo, adiantou que não arquivou a ideia de injetar sangue novo no coração da área econômica:

– Eu tenho medidas para o crescimento que serão apresentadas no tempo exato, disse Dilma ao Jornal da Record.

– Eu não vou trocar apenas um ministro, mas fazer uma mudança em todo o ministério, para fazer, como eu disse na campanha, um governo novo com ideias novas, completou a presidente.

MUDANÇAS EM NOVEMBRO –  Ao Jornal Nacional, Dilma foi mais precisa:

– Farei as mudanças antes do final do ano, no mês que começa na próxima semana, disse ela referindo-se a novembro.

Com isso, a presidente reeleita conseguiu ter um protagonismo positivo no primeiro dia como presidente reeleita. Os políticos deram um passo atrás para esperar pelos movimentos dela. Dilma, por sua vez, não se precipitou nem, tampouco, deixou de prestar contas aos eleitores que votaram e não votaram nela.

– Como eu disse na campanha, repetiu a presidente, doa a quem doer eu vou investigar todos os casos de corrupção. Não vai sobrar pedra sobre pedra.

Com coerência entre a prática do primeiro dia e o discurso dos palanques, a presidente deu um passo pela unidade nacional, obteve uma trégua não declarada dos principais adversários e ainda ganhou uma semana para iniciar, antes mesmo de janeiro, seu segundo mandato.

Pode parecer pouco, mas para quem saiu das urnas sob análises de que o País se dividiu no domingo 26, a presidente agiu como articuladora da união. Ponto para ela.

Brasil 247


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ter
28
out
2014

O governador reeleito da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), informou hoje à noite que deverá fazer uma reforma administrativa ainda este ano. A declaração foi dada em entrevista ao programa Conexão Master, da TV Master. "Posso e devo fazer [a reforma]. Vou começar um diálogo com os partidos e buscar cada vez mais qualificar o governo. Quero fazer isso o quanto antes para que no dia 1º de janeiro não assuma um monte de pessoas e para que tenhamos uma transição tranquila", disse o socialista.

Com uma base estimada atualmente em 15 parlamentares, o governador concordou com a tese divulgada hoje por Estela Bezerra sobre a substituição de Ricardo Marcelo no comando do legislativo. Ele foi comedido em relação à quantidade de membros de seu bloco de apoio: "O que Estela disse foi coerente. O que se esperaria dela? Que pregasse a continuidade de uma política de confronto? De uma política que gerasse R$ 48 milhões de prejuízo para o contribuinte no caso do empréstimo da Cagepa? É normal que se pregue isso, mas quem deve responder é ela. Eu concordo com ela nos meus limites porque não interfiro nos destinos da Assembleia. Posso dizer que temos uma boa base, mas eu não faço essas contas. Não tive condições ainda de pensar no líder, mas posso dizer que respeito a autonomia dos poderes. As declarações que dei sobre a Assembleia foram em reação a uma série de confrontos", afirmou.

Outro tema abordado por Ricardo Coutinho foi o eventual terceiro turno, com o ajuizamento, pela Coligação "A Vontade do Povo", de ações contra sua reeleição, apontando abuso de poder. " Acho que eles têm é que ir atrás de voto. Eu nunca tive caminhonete cheia de dinheiro e ninguém deu essa notícia. Se alguém cometeu ilícito, bastar ir à polícia consultar de onde sairam todos os crimes eleitorais. Não tem um da nossa coligação. Deputado, cesta básica com adesivo de deputado… eu nunca vi isso na minha vida. Então, esperem quatro anos para disputar uma eleição de novo. E vir falar em Aije. Aije temos nós! A polícia foi autônoma e não submissa. O infrator foi se dizer afrontado pela polícia que não deixou ele cometer o crime. Eu parabenizo a polícia por ter dado uma demonstração de organização, respeito. As polícias merecem todo o reconhecimento da população".

ParlamentoPB


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seg
27
out
2014

Assim que o resultado das eleições presidenciais foi divulgado, às 20h de ontem (26), os comentários sobre a participação dos votos do Nordeste na vitória da candidata do PT, Dilma Rousseff, começaram a surgir nas redes sociais. Segundo o diretor-presidente da organização não governamental (ONG) SaferNet Brasil, Thiago Tavares, as páginas na internet e nas redes sociais que têm violações aos direitos humanos serão investigadas e seus autores poderão ser punidos. Tavares explica que, assim como quem cria, quem compartilha um conteúdo de ódio e preconceito também pode ser responsabilizado criminalmente.

Tavares, que é professor de direito da informática da Universidade Católica de Salvador, disse hoje (27) que, desde ontem, a ONG  recebeu 421 denúncias referentes a 305 novas páginas nas redes sociais, especialmente no Twitter e no Facebook, com o objetivo de promover o ódio e a discriminação contra a população de origem nordestina. “Lamentavelmente, tudo indica que hoje essas manifestações devem continuar crescendo e ao longo desta semana também”, disse o professor.

As denúncias feitas após a divulgação do resultado do segundo turno são 342,03% maiores em relação àquelas recebidas no dia 5 de outubro, do primeiro turno das eleições. E, segundo Tavares, 662,5% maiores em relação às no dia 26 de outubro de 2013, fora do contexto eleitoral. Tavares diz que as pessoas precisam valorizar a diversidade e respeitar os direitos humanos. “Mas, diante de uma campanha tão polarizada e tão radicalizada, é difícil muitas vezes conter o ímpeto de alguns usuários que resolvem descarregar nas redes sociais as suas frustrações e todo seu preconceito em relação à população nordestina”, disse.

Para Tavares, o mais preocupante é que existem usuários que não são tipicamente criminosos, mas compartilham mensagens de ódio que muitas vezes são postadas “por grupos de extrema direita, de orientação neonazista, inclusive, que se sentem legitimados, fortalecidos e encorajados em momentos como este e encontram nesses eleitores inconformados uma espécie de instrumento para propagar esse tipo de mensagem de ódio e desestabilizar o país”.

A ONG foi criada em 2005 com foco na defesa dos direitos humanos na internet e é operada em parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. As denúncias podem ser feitas de forma anônima na página da SaferNet, apenas copiando o link da página que tem a violação. A Lei 7.716, de 1989, pune, com pena que pode chegar a cinco anos de reclusão, aquele que utiliza os meios de comunicação social, como a internet, para promover o ódio e a discriminação em razão da raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Para o professor do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília, Sadi Dal Rosso, algumas pessoas acusam os nordestinos de votar apenas por causa de algum benefício financeiro que recebam do governo, sem se preocupar com o projeto social como um todo. “O governo agora tem esse papel de dialogar, há um laço comum no país, até porque a Dilma [Rousseff] teve votos de Norte a Sul. Não há desunião no país, mas questões ideológicas que debatemos quando o ‘sangue sobe à cabeça’; ações concretas para elevar as condições de vida da população são importantes, políticas reais e afirmativas para diluir essas questões”, disse o sociólogo.

Para Dal Rosso seria problemático se surgissem movimentos de rua truculentos, como alguns que atuaram nas manifestações de junho de 2013, mas ele diz que já viu um usuário pedindo desculpas nas redes sociais por ter usado “expressões muito duras”, reconhecendo os exageros, o que, para ele, indica que o clima pode estar esfriando.

Segundo Thiago Tavares, da SaferNet, há dois exemplos emblemáticos de crime de ódio na internet. “Nas eleições de 2010, a estudante de direito da Universidade Mackenzie, Mayara Petruso, de 21 anos, declarou no Twitter, logo que saiu o resultado, que os usuários da rede deveriam fazer um favor a São Paulo e matar um nordestino afogado. Em razão dessa mensagem, ela foi condenada pela Justiça Federal, perdeu o estágio, teve que prestar serviço comunitário, pagar multa, o que gerou um transtorno para a vida dela”, contou.

O outro caso aconteceu nas eleições deste ano. Segundo Tavares, uma auditora do Trabalho da Bahia foi indiciada por usar as redes sociais para pregar a violência física e o ódio contra nordestinos. “Os casos estão começando a chegar ao Judiciário e ele tem se pronunciado no sentido de condenar as pessoas que tem usado a internet para essa finalidade”, completou.

Agência Brasil


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seg
27
out
2014

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Eleitores do governador reeleito Ricardo Coutinho (PSB),comemoram, na noite desta segunda-feira (27), a vitória do socialista também em Princesa Isabel.

A festa acontece na chácara Jatobá, residência do presidente municipal do PSB,  médico Aledson Moura, às 19h, animada pela Bandas Caninanas do Forró, Gildeon do Forró e Meu Swing é Massa.

O local foi escolhido tendo em vista que os responsáveis pelo evento não encontraram nenhum servidor da Prefeitura para autorizar a realização da festa na cidade.

Um ônibus será utilizado para fazer o transporte de ida e volta das pessoas.

O convite para a comemoração foi feito em nome de Aledosn Moura, Aloysio Pereira e Ricardo Pereira.


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seg
27
out
2014

cassio coletiva

Durante a coletiva de imprensa em que comentou sobre o resultado do pleito estadual em que foi derrotado, o candidato Cássio Cunha Lima (PSDB), parabenizou publicamente ao governador reeleito e adversário, Ricardo Coutinho (PSB), pela vitória, mas saiu criticando a postura adotada pelo PMDB. Segundo o tucano, o PMDB foi oportunista e nunca fez uma verdadeira oposição.

“Não há como não deixar de dizer que faltando 20 dias para a eleição, o reforço do PMDB na campanha de Ricardo foi imprescindível agora no segundo turno. Isso também ocorreu no primeiro turno com o apoio do PT… O PMDB passou quatro anos fazendo uma oposição dura, contundente com Ricardo; e agora , vem de uma forma oportunista se aliar a quem sempre fez oposição. Cadê a verdadeira oposição. Eles nunca foram a verdadeira oposição”, disparou o senador.

Cássio destacou também o trabalho que o prefeito de João Pessoa, Lucianto Cartaxo (PT) e seu irmão, Lucélio Cartaxo (foi candidato a senador, ficando no segundo lugar), além de outras lideranças políticas como Efraim Morais, Efraim Filho, Damião Feliciano entre outros.

“Nós brigamos com três máquinas. Afora essas máquinas, teve o bom trabalho feito pelo prefeito Luciano Cartaxo e seu irmão, o candidato a senador, Lucélio, que trabalharam muito. No interior Efraim Morais e Efraim Filho, fizeram o mesmo com a ajuda de Damião Feliciano e Lígia”, ressaltou o senador Cássio Cunha Lima.

Paraíba Já


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seg
27
out
2014

Eleitores, lideranças políticas e militantes de Ricardo Coutinho foram às ruas de Princesa Isabel, na noite desse domingo (26), comemorar a reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB).

As comemorações tomaram o Centro da cidade. Com carros de som, faixas, cartazes e bandeiras, milhares de pessoas fizeram passeata e carreata.

Ricardo Coutinho venceu em Princesa Isabel no primeiro turno, com 360 votos de maioria. No segundo turno, o socialista ampliou a margem de vitória para 560 votos.

As comemorações prosseguem na manhã dessa segunda-feira (27).

 

 


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seg
27
out
2014

Em seu segundo mandato, que começa a partir do dia 1º de janeiro de 2015, o governador reeleito Ricardo Coutinho (PSB), terá maioria na Assembleia Legislativa. 

Para conduzir o seu segundo mandato, a bancada que deve dar sustentação à gestão do socialista contará com 15 dos 36 deputados eleitos para a próxima legislatura. Outros deputados no entanto, deverão aderir ao socialista e integrar a bancada govenista na Casa de Epitácio Pessoa.

Ricardo deve contar com o apoio de Doda de Tião (PTB), Tião Gomes (PSL), Zé Paulo (PC do B), João Bosco Carneiro Júnior (PSL), Adriano Galdino (PSB), Estela Bezerra (PSB), Lindolfo Pires (DEM), Ricardo Barbosa (PSB), Buba Germano (PSB) e Jeová Campos (PSB).

Além desses, Ricardo deverá receber apoio dos deputados que aderiram no segundo turno do pleito: Anísio Maia (PT), Frei Anastácio (PT), Nabor Wanderley (PMDB), Inácio Falcão (PT do B), Gervásio Maia (PMDB) e Galego de Sousa (PP). No entanto, a bancada de Ricardo ainda pode ser reforçada pelo deputado Raniery Paulino (PMDB) que adotou postura de neutralidade no 2º turno das eleições estaduais.

Entre os deputados que irão integrar a bancada oposicionista ao seu governo, o governador reeleito vai enfrentar os quatro deputados que receberam o maior quantitativo de votos: Manoel Ludgério (PSD), Daniella Ribeiro (PP), João Henrique (DEM) e Ricardo Marcelo (PEN).

Devem permanecer na oposição os deputados: Edmilson Soares (PEN), José Aldemir (PEN), Dinaldinho (PSDB), Bruno Cunha Lima (PSDB), Branco Mendes (PEN), Camila Toscano (PSDB), Tovar (PSDB), Caio Roberto (PR), Jutay Meneses (PRB), Janduhy Carneiro (PTN), Genival Matias (PT do B), João Henrique (DEM), Arnaldo Monteiro (PSC), João Gonçalves (PSD) e Renato Gadelha (PSC). Na condição de independente está o deputado estadual Raniery Paulino (PMDB).

PB Agora


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