“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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06
nov
2014

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Ex-ministro Ciro Gomes (Pros) se diz surpreso como a presidente Dilma Rousseff conseguiu se reeleger com a equipe que montou no governo: ‘E o problema não é a conciliação com picaretas bem-recomendados pela “base”, enquanto a presidenta faz, repleta de sinceridade, um discurso moralista. O pecado do pecador é desculpável, o do pregador, nunca. Ou bem se reproduz a moralidade FHC/lulista de que “é assim ou não se governa”, ou conheçamos o exemplo recente de Itamar Franco, que governou sem conciliar com a ladroagem’; no início da semana, seu irmão, o governador do Ceará Cid Gomes, apresentou a Dilma a proposta de criação de uma frente de esquerda ou até um novo partido de apoio a seu governo para garantir a governabilidade no segundo mandato

247 – Em artigo publicado na Carta Capital, o ex-ministro Ciro Gomes (Pros) diz que a presidente Dilma Rousseff precisa governar com “melhores companhias”. Esta semana, seu irmão, o governador do Ceará Cid Gomes, também apresentou a Dilma a proposta de criação de uma frente de esquerda ou até um novo partido de apoio a seu governo para garantir a governabilidade no segundo mandato.

Leia aqui o artigo de Ciro:

Dilma precisa de melhores companhias

É incrível que ela tenha escapado da derrota com a equipe que montou no governo

O submundo do mercado e da política não deram à reeleita Dilma Rousseff nem 24 horas de trégua. E não haverá paz. Isso significa duas coisas neste momento: há muito pouco tempo para o novo governo se iniciar (o calendário gregoriano pouco importa aqui) e tudo o que ela não deve nem pode fazer, sob pena de se desconstituir muito rapidamente, é tomar iniciativas atabalhoadas que simbolizem uma rendição deslegitimadora a uns ou a outros. A alta dos juros básicos da economia, estabelecidos pelo Banco Central, na quarta-feira 29 foi péssimo sinal.

Aumentar a gasolina neste contexto, fatal. Negociar com a escória que vota contra o governo na Câmara dos Deputados, e, logo, logo, no Senado, em seus termos e por meio da pedagogia da chantagem, será mortal.

Não creio exagerar em nenhum desses argumentos. Dilma Rousseff só venceu as eleições pelo fato de a maioria precária de nós, brasileiros, perdoarmos as graves contradições de sua governança e, especialmente, de sua condução da economia. E o fizemos por argumentos de duas ordens: confiamos em sua boa-fé e decência pessoal, vis-à-vis a crônica de desmandos e escândalos magnificados pelos sócios majoritários da imoralidade pátria, especialmente na grande mídia. E, acima de tudo, penso eu, por percebermos que, por trás de tudo, é possível enxergar que a “turma” que Dilma de fato representa, apesar de sua mania de andar mal-acompanhada, os valores mais importantes para o povo: o compromisso nacional, o trabalho como bem central em uma nação civicamente sadia, o compromisso moral com a superação da vergonhosa desigualdade que nos aparta (de um lado, uma elite minúscula, mas aferrada a uma cultura escravocrata, de outro, imensas maiorias excitadas com informação globalizada de um padrão de consumo ao qual não conseguem ascender com o pouco que evoluíram).

Não é o suficiente para sustentar um novo governo com os problemas graves e urgentes no horizonte, mas é suficiente para recomendar: nesses valores, e não naqueles dos reacionários, Dilma precisa escorar-se para enfrentar a difícil tarefa que lhe espera.

Algumas obviedades, outras nem tanto: equipe, agenda, foco, amor ao resultado, urgências. Nada disso caracterizou o governo que se “encerrou”. Na verdade é incrível que Dilma tenha escapado da derrota com a equipe (salvemos as raríssimas exceções) inacreditável com que governou. E o problema não é a conciliação com picaretas bem-recomendados pela “base”, enquanto a presidenta faz, repleta de sinceridade, um discurso moralista. O pecado do pecador é desculpável, o do pregador, nunca. Ou bem se reproduz a moralidade FHC/lulista de que “é assim ou não se governa”, ou conheçamos o exemplo recente de Itamar Franco, que governou sem conciliar com a ladroagem. Dando ao intermédio a condição de se entender aqui, em outra linguagem, na nossa: 36 anos de experiência me autorizam a afirmar, assim se obtém a maioria. O oposto levaria a uma crise de legitimidade e sinceramente não sei se Dilma teria condições de administrá-la.

Crise mesmo não é, porém, aquela essencialmente política, embora possa ser igualmente complexa. A crise potencialmente explosiva é a econômica. O País tem sido administrado da mão para a boca e nossas margens se estreitam de forma muito grave. Também aqui não creio exagerar. O ano de 2015 já será difícil se for feito tudo o que é preciso. E será pior se nada for feito.

Alguns números para embasar as minhas preocupações: o desequilíbrio nas contas correntes do Brasil com o exterior é o maior da história e tende a aumentar (86 bilhões de dólares). A balança comercial de produtos manufaturados (diferença entre o que compramos e vendemos no mercado internacional no setor industrial) alcança 106 bilhões de dólares. As contas fiscais se deterioraram aceleradamente nos últimos meses e a reversão pela via conservadora e não seletiva levará inevitavelmente à recessão.

Do câmbio vem uma pressão inflacionária, da área fiscal, uma pressão recessiva. Primeiro efeito: estagflação. Resultados mais graves: o estreitamento da margem para os ganhos salariais e, no médio prazo, para a manutenção do nível de emprego. Se acontecer, os fundamentos centrais do novo e precário contrato político de Dilma Rousseff com a maioria será atingido.

Para tudo há solução. Nenhuma delas mágica, acredito. Mas nenhuma produzida a partir da prostração ideológica que caracterizou a campanha eleitoral. Fora do trivial cardápio moralista, discutiram-se apenas as nuances de conservadorismo.

A presidenta precisa desinterditar o debate, chamar a inteligência brasileira e pedir que todos deixem suas certezas na porta de entrada e, livres de preconceitos, produzam uma ideia comovente ao País. Uma economia política inteligente guiada pelo pragmatismo na superação de nossos desequilíbrios. Um projeto de nação que coloque todo e qualquer sacrifício na perspectiva de uma construção de futuro.

Não duvide: se Dilma temer os riscos e preferir as acomodações que se planejam para ela e seu tempo precário… Bem, Deus proteja o Brasil.

Brasil 247


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06
nov
2014

13-11-13_AM-GRANDE-EXPEDIENTE-Trocolli-1

O deputado estadual Trócolli Júnior (PMDB), disse em entrevista na Assembléia Legislativa que, apesar da Executiva Nacional do partido ter decidido que o senador Maranhão e  o deputado federal Manoel ficarão nos diretórios até o final de 2015, ele e outros peemedebistas defendem que a direção do partido seja renovada.

Porém, o deputado afirma que o mais importante agora é a unificação do PMDB que continua forte no Estado e uma reunião acontecerá ainda este mês para tratar das questões internas do partido.

Trócolli não acredita que a decisão da Executiva Nacional afetará o relacionamento de José Maranhão com os irmãos Vital do Rego e Veneziano. “Nós queremos o entendimento entre eles, a discórdia não interessa”.

Adiantou que acompanhará a posição do PMDB  com relação ao governo estadual na próxima legislatura.

Paraíba Já


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06
nov
2014

carteira de trabalho

A taxa de desemprego brasileira ficou em 6,8% no segundo trimestre de 2014, 0,3 ponto percentual a menos que a dos três meses imediatamente anteriores, divulgou hoje (6) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. No primeiro trimestre, a taxa havia subido 0,8 ponto percentual em relação ao fim de 2013, ficando em 7,1%.

Se comparada ao segundo trimestre do ano passado, a taxa caiu 0,6 ponto percentual, pois o indicador estava em 7,4%. A pesquisa também mostra o nível de ocupação da população, que se refere à porcentagem de pessoas que estavam trabalhando no período. Segundo o IBGE, a taxa estava em 56,9%, contra 56,7% do primeiro trimestre de 2014 e 56,9% do segundo trimestre de 2013.

Segundo o IBGE, no segundo trimestre deste ano, 92,1 milhões de pessoas estavam ocupadas e 6,8 milhões, desocupadas. No primeiro trimestre deste ano, o número total de desocupados era 7 milhões e o de ocupados, 91,2 milhões. Já no segundo trimestre de 2013, essas parcelas da população somavam 7,3 milhões e 90,6 milhões.

A Pnad Contínua referente ao segundo trimestre tinha divulgação prevista para agosto deste ano, mas foi adiada por conta da paralisação parcial de servidores, entre maio e agosto. O resultado do terceiro trimestre será divulgado no final de dezembro.

A pesquisa produz informações contínuas sobre a inserção da população no mercado de trabalho e suas características, tais como idade, sexo e nível de instrução, permitindo, o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país. A cada trimestre, a Pnad Contínua investiga 211.344 domicílios particulares permanentes em aproximadamente 16 mil setores censitários, distribuídos em aproximadamente 3,5 mil municípios.

Agência Brasil


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qua
05
nov
2014

O vereador Célio de Zé Biró (PMDB) cobrou nesta quarta-feira (5) uma definição do prefeito de Princesa Isabel, Dominguinhos (PSDB), sobre a realização ou não da festa dos 93 anos de emancipação da cidade, comemorada no dia 18 de novembro.

Segundo Célio, “ a festa comemorativa do aniversário promovida pela Prefeitura é aguardada com muita expectativa pela população e comércio em geral, pois é uma tradição de décadas que se prolonga nas diversas gestões, sem interrupção”.

De acordo com o vereador peemedebista, “o prefeito deve se pronunciar, pois todos os municípios comemoram a data, que é muito importante sob vários aspectos”.

“É preciso fazer as coisas com planejamento e responsabilidade, dentro dos limites legais e orçamentários, mas ficar sem promover uma única atração musical capaz de agradar a todos, pelo menos num só noite, é uma grande falta de compromisso com a cultura, com a História, o lazer e com o entretenimento”, afirmou Célio.


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05
nov
2014

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"De recuo em recuo, Barack Obama abriu a porta e estendeu um tapete para o adversário, preparando-se para um patético final de governo", analisa Paulo Moreira Leite, após a oposição republicana ter assumido o Congresso dos EUA; "Com uma mensagem renovadora que lhe permitiu vencer o racismo da cultura norte-americana, e um prestígio externo que lhe permitiu ganhar o primeiro Prêmio Nobel preventivo da história, Obama dedicou-se a um exercício permanente de concessões exageradas, auto-enfraquecimento e perda de identidade", completa o ex-correspondente no país

247 – Em nova coluna em seu blog no 247, o jornalista Paulo Moreira Leite, que já trabalhou como correspondente nos Estados Unidos, analisa as lições da derrota do presidente Barack Obama nas eleições dessa semana, que acabaram com a oposição republicana assumindo o Congresso norte-americano.

"De recuo em recuo, Barack Obama abriu a porta e estendeu um tapete para o adversário, preparando-se para um patético final de governo", diz PML, lembrando que "a vitória republicana nas eleições legislativas superou as piores previsões de Barack Obama". Segundo ele, "o saldo, na partilha de cadeiras para o Senado, é a pior derrota democrata desde 1953". Leia abaixo um trecho de seu artigo:

Com uma mensagem renovadora que lhe permitiu vencer o racismo da cultura norte-americana, e um prestígio externo que lhe permitiu ganhar o primeiro Prêmio Nobel preventivo da história, Obama dedicou-se a um exercício permanente de concessões exageradas, auto-enfraquecimento e perda de identidade. Renunciou a gerar estímulos mais rápidos e maiores para a economia porque não queria confrontar-se com as preferências do capital financeiro, ainda que, em situação de miséria, este passasse o chapéu para receber ajuda. Afastou-se sem muito pudor dos movimentos populares que sustentaram sua candidatura a ponto de derrotar estruturas consolidadas do Partido Democrata aglutinadas em torno de Hillary Clinton. Evitou oxigenar a diplomacia dos Estados Unidos com novas alianças. Cultivou gestos e opções pequenas, típicas de grandes potências.

E aqui a íntegra.

Brasil 247


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05
nov
2014

O PMDB e ‘todos os partidos que participam do processo de construção é claro que vão governar junto conosco’, garantiu o governador Ricardo Coutinho (PSB), em entrevista exclusiva ao Sistema Arapuan.

O socialista ainda destacou que a maior parte (dos outros partidos) já está no governo e os que não, no caso, o PMDB, também vai governar. O socialista frisou a força do PMDB com a eleição de três deputados federais e quatro estaduais garantindo que o partido terá seu espaço, assim como o PT na administração estadual.

“Evidentemente. Com planos futuros que temos de continuar pisando os mesmos espaços, os mesmos sonhos, isso não é problema’.

Paraiba.com.br


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qua
05
nov
2014

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, em sessão realizada na tarde desta terça-feira (04), negou, à unanimidade e em harmonia com o parecer ministerial, habeas corpus preventivo com pedido de liminar, em favor de Manoel Felisberto Gomes Barbosa. Ele foi denunciado sob a acusação de ter, na qualidade de prefeito do Município de Curral Velho, dispensado licitação fora das hipóteses previstas em lei, fato esse ocorrido durante o ano de 2000.

O relator do processo de nº 2012033- 09.2014.815.0000, oriundo da 2ª Vara da Comarca de Itaporanga, foi o desembargador Arnóbio Alves Teodósio.

O recebimento da denúncia contra o ex-gestor se deu no dia 17 de abril de 2012. O acusado, ora paciente, não foi encontrado para tomar ciência da acusação, sendo determinada a sua citação através de edital. Decorrido o prazo legal sem a apresentação de defesa escrita e rol de testemunhas, fora decretada a suspensão do processo e decretada a prisão preventiva do réu.

Segundo consta nos autos, Manoel Felisberto Gomes Barbosa se ocultava, na tentativa de impedir o trâmite da presente ação penal, com intuito de se eximir de eventual aplicação da lei, sendo muitas as tentativas de citações nos vários endereços fornecidos, o que indicava que o paciente desprezava os chamados do Poder Judiciário para se defender.

Os impetrantes, ao requererem a revogação liminar da prisão preventiva, decretada sem que houvesse justa causa para a mesma e que a decisão não possui fundamentação idônea. Segundo afirmam, não há justa causa para a manutenção da custódia cautelar do paciente, decretada através de decisão carente de fundamentação.

Alegam ainda que a mudança de domicílio do acusado não se deu com o fim de esquivar-se da justiça, mas para preservar a sua vida, em razão de suposto medo de ser assassinado por motivação política.

Para o relator do processo, a decisão atacada baseou-se na presença dos pressupostos processuais autorizadores da medida cautelar. Para ele, a decretação da prisão preventiva do réu se faz necessária por haver indícios de autoria e prova da materialidade e se fundamenta na garantia da aplicação da lei penal, já que o réu encontra-se em local incerto e não sabido, “sendo pouco provável que, espontaneamente, compareça para responder aos termos da ação penal”., ressalta.

TJPB


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