“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

sáb
15
nov
2014

 

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Prisão de empreiteiros, em mais um escândalo ligado ao financiamento de campanhas eleitorais, recoloca como prioridade número um do País a reforma política; tema foi anunciado no discurso de vitória da presidente Dilma Rousseff e passa pelo fim de contribuições de empresas privadas, como as grandes construtoras; no Supremo Tribunal Federal, tese que defende o fim das doações teve seis votos favoráveis, mas votação foi suspensa após pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes; prisões desta sexta-feira devem abrir essa discusssão, mas líderes oposicionistas não pretendem dar trégua e lutarão para inviabilizar o segundo governo Dilma

247 – Embora a oposição derrotada nas urnas já esteja se mobilizando para levar às últimas consequências as investigações da Operação Lava-Jato, que registrou, nesta sexta-feira, um de seus principais capítulos, com as prisões de executivos de grandes empreiteiras, o "big bang" promovido pelo juiz Sergio Moro, pelo Ministério Público e pela Polícia Federal fortalece a agenda de reformas defendida pela presidente Dilma Rousseff.

Mais uma vez, o Brasil se vê diante de um escândalo ligado ao financiamento privado de campanhas eleitorais. Um tema que a presidente Dilma pretende enfrentar já no início do seu segundo mandato. "A minha disposição mais profunda é liderar da forma mais pacífica e democrática esse momento transformador. Estou disposta a abrir um grande espaço de diálogo com todos os setores da sociedade para encontrarmos as soluções mais rápidas para os nossos problemas", disse ela, em seu discurso de vitória. "Entre as reformas, a primeira e mais importante deve ser a reforma política."

A prioridade do segundo governo Dilma é lutar pelo fim das doações privadas, que vêm de grandes empresas, como as empreiteiras. Esse tema, já discutido no Supremo Tribunal Federal, teve seis votos favoráveis ao fim das contribuições empresariais, mas só não foi sacramentado em razão de um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes – favorável às doações, ele diz não ter prazo para devolver o caso ao plenário.

No discurso de vitória, Dilma explicitou sua posição. "Meu compromisso, como ficou claro durante toda a campanha, é deflagrar essa reforma, que é responsabilidade constitucional do Congresso, e que deve mobilizar a sociedade por um plebiscito, por meio de uma consulta popular. Como instrumento desta consulta, nós vamos encontrar a força e a legitimidade exigida neste momento de transformação para levarmos à frente a reforma política", disse. "Quero discutir esse tema profundamente com o novo Congresso Nacional e com toda a população brasileira, e tenho convicção de que haverá interesse dos setores do Congresso, dos setores da sociedade, de todas as forças ativas na nossa sociedade para abrir uma discussão e encaminhar as medidas concretas. Quero discutir igualmente com todos os movimentos sociais e as forças da sociedade civil."

A agenda da oposição, no entanto, será outra. Como o escândalo da vez atinge partidos da base aliada, como PT, PMDB e PP, muito embora as empreiterias doem para todas as legendas, a estratégia foi anunciada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), que pretende recolher assinaturas para uma nova CPI no início de 2015. Além disso, como Gilmar Mendes será o relator das contas da campanha da presidente Dilma em 2014, o PT já dá como certo que ele votará por sua reprovação.

Isso significa que haverá, nos próximos meses, o embate entre duas forças. De um lado, os que defendem a reforma política e o fim das doações de empresas. De outro, os que usarão o escândalo atual para criar instabilidade política e, eventualmente, inviabilizar o segundo governo Dilma.

Brasil 247


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sáb
15
nov
2014

bruno cunha lima

A reunião das oposições no Estado que estava prevista para acontecer na próxima segunda-feira (17), não deverá mais ocorrer. Pelo menos foi o que revelou o deputado estadual eleito Bruno Cunha Lima (PSDB), ao dizer que o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), não conseguiu reunir todos os deputados estaduais e federais, que deverão ser oposição ao governador Ricardo Coutinho

“A reunião estava marcada para segunda, mas devemos aguardar os deputados federais e estaduais para acomodarmos todos”, informou o parlamentar.

Bruno Cunha Lima defendeu a eleição de uma nova mesa diretora eclética para a Assembleia Legislativa, mas não adiantou qual nome deverá apoiar para a presidência da Casa de Epitácio Pessoa. “Estou procurando discutir muito. E não vou tomar decisão isolada, mas sim uma  decisão em grupo”, garantiu o deputado eleito.

Paraíba Já


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sáb
15
nov
2014

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu ontem (14) a distribuição, comercialização e o uso do lote 14324501 do medicamento Ciprofloxacino 2 miligramas por mililitro (mg/ml), solução injetável, fabricada pela Isofarma Industrial Farmacêutica Ltda. O lote, com validade até julho de 2016, apresentou corpo estranho dentro de um frasco inviolado do produto. A empresa confirmou o desvio de qualidade e deve promover o recolhimento voluntário do estoque existente no mercado.

Também foi suspenso o lote 633712 do medicamento Rifasan spray 10 mg, solução dermatológica. O lote foi fabricado pela EMS S/A, em maio de 2014, e têm validade até maio de 2016. Segundo a Anvisa, o relatório de inspeção identificou várias não conformidades consideradas críticas nas boas práticas de fabricação. A empresa informou que promoverá o recolhimento do estoque existente no mercado e disponibilizou o serviço de atendimento telefônico ao consumidor 0800-191914, que funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 17h.

Outro medicamento suspenso pela agência foi o Vasopril (Maleato de Enalapril), 5 mg e 10 mg, em comprimido, fabricado pela empresa Biolab Sanus Farmacêutica Ltda. A Anvisa informou que, mesmo com os registros cancelados desde setembro e outubro de 2013, o fabricante continuou comercializando irregularmente o medicamento. Por meio de nota, a Biolab informou que não concorda com a suspensão e que está tomando as medidas judiciais cabíveis para reverter a decisão. “Trata-se de uma medida tomada pela agência em momento inoportuno, em meio à discussão jurídica sobre os procedimentos de registro do medicamento. É importante ressaltar que tal decisão não tem qualquer relação com segurança ou qualidade do produto”.

Agência Brasil


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sex
14
nov
2014


Irismar aponta “gastança absurda” com número excessivo de cargos comissionados

O vereador Irismar Mangueira (PC do B) denunciou, nesta sexta-feira (14), excesso de cargos comissionados na Prefeitura de Princesa Isabel.

Segundo ele, levantamento feito no Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade – o Sagres On line do Tribunal de Contas do Estado (TCE), aponta, entre janeiro e setembro de 2014, “um crescimento absurdo na quantidade de cargos em comissão”.

Irismar disse que, na apuração realizada, constatou que, “em janeiro deste ano, a Prefeitura tinha 103 pessoas em cargos de confiança, cuja folha consumiu R$ 176.330,29 dos cofres do município”.

Ele observou que, “coincidentemente, 2014 foi um ano de eleições, e o número de cargos com esse perfil foi aumentando mês a mês, até chegar a 181 cargos em setembro, com uma folha assombrosa que abocanhou  R$ 278.447,40 de salários”.

Na avaliação do vereador comunista, “a folha de comissionados de setembro, corresponde a mais da metade do valor da folha de servidores efetivos da Educação, estimada em pouco mais de R$ 500 mil em outubro, segundo informações extraoficiais”.

Para ele, “a falsa crise financeira alegada pelo prefeito tucano Dominguinhos tem origem, entre outros fatores, no inchaço da folha de comissionados, no nepostimo, no empreguismo de clãs políticos e famílias inteiras, além de despesas igualmente extravagantes com combustíveis, locação de veículos e outras irregularidades em serviços em geral”.

Irismar ressaltou que, a despeito do concurso público realizado pela Prefeitura, o prefeito ainda  mantém determinados profissionais contratados por excepcional interesse público”.

Veja abaixo as despesas com folha de pessoal comissionado, de janeiro a setembro deste ano, disponibilizadas no Sagres.

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COMISSIONADOS 3

 

COMISSIONADOS 4

 

COMISSIONADO 5

 

COMISSIONADO 6

 

COMISSIONADO 7

 

COMISSIONADO 8

 

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sex
14
nov
2014

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Preso ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque; sétima fase da operação cumpre 85 mandados judiciais em cinco estados e no Distrito Federal; "Entre os mandados de busca, 11 estão sendo cumpridos em grandes empresas", informou a Polícia Federal, que já esteve na Camargo Corrêa e atua na Odebrecht; prisões atingem donos e executivos de algumas das maiores construtoras do País; agentes tentam prender lobista Fernando Baiano, acusado de ser operador do PMDB na estatal; também foi decretado o bloqueio de cerca de R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados; todos os presos serão levados ainda nesta sexta-feira para a superintendência da PF em Curitiba (PR)

247 – Na sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, a Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira 14 o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Ele foi apontado em depoimentos feitos pelo também ex-diretor Paulo Roberto Costa e outros dois executivos como beneficiário do esquema de propina que ocorria na empresa.

Duque comandou a diretoria de Serviços entre 2003 e 2012 e é acusado de ter repassado percentuais dos contratos assinados pela estatal para o partido. Segundo Paulo Roberto Costa, 3% do valor de cada contrato ficava com o partido. De acordo com documento da própria Petrobras, a diretoria de Renato Duque foi responsável pelas 12 licitações da obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Os agentes cumprem ao todo 85 mandos de prisão em cinco estados, além do Distrito Federal. Nesta fase da ação, 11 grandes empresas são alvo da PF, que já esteve na construtora Camargo Corrêa, acusada de pagar suborno a ex-diretores da Petrobras para fechar contratos com a companhia, e atua agora na Odebrecht, onde cumpre mandados de busca e apreensão.

São alvo desta fase da operação as companhias Camargo e Corrêa, OAS, Odebrechet, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa Óleo e Gás. Já foram presos nomes da cúpula de algumas construtoras, como o presidente da Engevix, Cristiano Kok, e outros dois executivos da empresa – um deles está no exterior. Também foi preso um diretor da Iesa Óleo e Gás e estão sendo realizadas buscas na casa do presidente da empresa, assim como na casa do presidente da UTC/Constran, Ricardo Pessoa.

A PF também tenta prender o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, suspeito de ser operador do PMDB no esquema da Petrobras. Ele ainda não foi encontrado. Todos os presos serão levados ainda nesta sexta-feira para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, capital do Paraná.

Brasil 247


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sex
14
nov
2014

O Governo do Estado investe R$ 3,8 milhões nas obras de pavimentação da PB-065/61, trecho que liga o município Mataraca ao distrito de Barra de Camaratuba, com uma extensão de 11 quilômetros. O asfalto vai impulsionar o turismo em uma da praias mais belas da Paraíba e garantir melhor mobilidade a 7.500 moradores.

A comunidade e praia Barra de Camaratuba ficam a 110 quilômetros de João Pessoa e a 120 quilômetros de Natal (RN), e é visitada com frequência por turistas dos dois estados, sobretudo na alta estação. A praia e toda a região ainda são lugares preservados. A rodovia tem uma importância estratégica para o turismo do Estado e a integração sustentável com o Rio Grande do Norte.

A dona de casa Maria Ferreira Bezerra mora na praia Barra de Camaratuba, onde tem um quiosque. Ela está ansiosa pela conclusão da pavimentação. “Daqui pra Mataraca a viagem demorava uma hora e agora mesmo, ainda sem o asfalto, já melhorou bastante, a gente já sente a diferença, imagine com a pista toda asfaltada”.

A comerciante Margarete da Costa Padilha, de Barra de Camaratuba, disse que as obras da estrada já fizeram com que novas pousadas surgissem na comunidade. “Tinha gente que não acreditava porque houve muita promessa no passado, mas eu sempre acreditei e está aí a estrada já recebendo o asfalto”.

O Governo do Estado também está pavimentando a estrada de Santa Rita ao distrito de Forte Velho. A pavimentação das duas rodovias vai desenvolver o turismo na região, trazer mais qualidade de vida às pessoas e incrementar a economia local.

Secom-PB


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sex
14
nov
2014


Manoel de Barros começou a esboçar os primeiros poemas aos 13 anos

O poeta Manoel de Barros morreu ontem (13), em Campo Grande. Considerado um dos maiores autores da língua portuguesa, ele estava internado desde o último dia 24, no Hospital Proncor, da capital sul-mato-grossense, devido a uma obstrução intestinal. Segundo a assessoria do hospital, o poeta faleceu às 8h05, devido à falência múltipla de órgãos.

Conhecido pela linguagem coloquial – à qual chamava de idioleto manoelês archaico – e por buscar inspiração nos temas mais simples e banais, Barros dizia ser possível resumir sua trajetória de vida em poucas linhas. “Nasci em Cuiabá, 1916, dezembro. Me criei no Pantanal de Corumbá [MS]. Só dei trabalho e angústias pra meus pais. Morei de mendigo e pária em todos os lugares da Bolívia e do Peru. Morei nos lugares mais decadentes por gosto de imitar os lagartos e as pedras. Publiquei dez livros até hoje. Não acredito em nenhum. Me procurei a vida inteira e não me achei – pelo que fui salvo. Sou fazendeiro e criador de gado. Não fui pra sarjeta porque herdei. Gosto de ler e de ouvir música – especialmente Brahms. Estou na categoria de sofrer do moral, porque só faço poesia", escreveu o autor.

Barros começou a esboçar seus primeiros poemas aos 13 anos de idade. Seu primeiro livro, intitulado Poemas, foi publicado em 1937, quando o autor tinha 21 anos. Pouco afeito à política partidária, chegou a integrar o Partido Comunista Brasileiro, mas por pouco tempo. Desde a década de 1950, conciliava a literatura com a gestão da fazenda que herdou dos pais.

Perfeccionista, conquistou os prêmios literários Jabuti (1989 e 2002); Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) (2004); Nestlé (1997 e 2006); Alfonso Guimarães da Biblioteca Nacional (1996) e Nacional de Literatura, concedido pelo Ministério da Cultura ao conjunto de sua obra, em 1998. Em 2000, foi agraciado com o Prêmio Academia Brasileira de Letras, pelo livro Exercício de Ser Criança.

Os governos de Mato Grosso – onde o poeta nasceu – e de Mato Grosso do Sul – onde Barros vivia – decretaram luto oficial de três dias. Em nota, o governador sul-mato-grossense, André Puccinelli, diz que a obra de Barros divulgou as belezas e as potencialidades do estado, “enriquecendo assim, a história da literatura e a cultura do local que ele escolheu para viver ao lado de sua esposa.”

Também em nota, o Ministério da Cultura lamentou a morte do poeta e manifestou solidariedade aos parentes, amigos e leitores de Barros. “Simples, de poesia delicada e repleta de seu imaginário pantaneiro, Manoel de Barros jamais será esquecido – ao contrário do que dizem estes seus versos: "Quando o mundo abandonar o meu olho. Quando o meu olho furado de beleza for esquecido pelo mundo. Que hei de fazer.”

Nas redes sociais, o diretor da Fundação Manoel de Barros, Marcos Henrique Marques, comentou que toda a equipe da instituição está triste, mas continuará a honrar e divulgar a obra do poeta. “O homem Manoel de Barros foi finito como todos nós, mas o poeta e suas obras – pautadas em seu belo sorriso, simplicidade, amor e criatividade, vão permanecer para sempre, gerações após gerações”.

Barros costumava brincar com a importância da poesia: “Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia”. Trechos de seus poemas são frequentemente citados pela perspicácia e bom humor. Desde que foi internado, dois versos, em particular, estão sendo bastante citados na mídia e em redes sociais: “Não preciso do fim para chegar” e “Do lugar onde estou já fui embora”, ambos da obra Livro Sobre Nada, de 1996.

Agência Brasil


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