“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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27
nov
2014

Uma investigação do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) em parceria com a Polícia Civil de Minas confirmou ontem (26) que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi fraudado. Segundo o delegado da Polícia Civil Antônio Prado, a quadrilha conseguiu os cadernos de questão antes da aplicação das provas, em Mato Grosso. Segundo as investigações, entre 15 e 20 candidatos tiveram acesso às respostas.

De acordo com o delegado, a polícia tem os registros das comunicações feitas entre os envolvidos na fraude. As investigações, que começaram em abril, apontam indícios de um esquema lucrativo que há anos pode estar fraudando vestibulares e o Enem.

Este grupo é considerado pela polícia uma das principais organizações criminosas especializadas em fraudar vestibulares no país. No último domingo, 23 de novembro, 11 pessoas foram presas em flagrante, repassando o gabarito das provas, por ponto eletrônico, a 22 candidatos que prestavam vestibular para a Faculdade de Ciências Médicas, em Belo Horizonte. Outra pessoa acusada de integrar o grupo foi presa nessa terça-feira (25). Os 12 integrantes do grupo estão presos preventivamente.

Representantes do MP-MG e da Polícia Civil informaram que, somente nos últimos meses, quatro vestibulares de medicina, a maior parte no estado de São Paulo, além do Enem, foram fraudados. Os investigadores também constataram que até janeiro de 2015 a organização pretendia atuar em outros cinco certames.

O grupo contava com “pilotos”, pessoas com alta capacidade intelectual, que faziam parte das provas rapidamente, saíam com os resultados das questões e, com o apoio de colaboradores e sob a coordenação de dois líderes, repassavam o gabarito para os candidatos, compradores das vagas, por meio de transmissão eletrônica, com a utilização de equipamentos de última geração, alguns deles importados da China.

As vagas para os vestibulares, conforme apurado, custavam entre R$ 50 mil e R$ 70 mil, e a maior parte do valor somente era depositada para o grupo criminoso após confirmada a aprovação do candidato. Pais dos candidatos suspeitos de comprar vagas também poderão ser investigados. Eles poderão ser indiciados e denunciados por fraude em certame de interesse público.

Já os operadores da fraude poderão responder pelos crimes de formação de organização criminosa, fraude em certame de interesse público, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Segundo o Ministério Público, os vestibulares e exames fraudados poderão ser anulados caso não se consiga identificar todas as pessoas favorecidas. A medida poderá ser tomada tanto via administrativa, caso o ente responsável pelo certame considere apropriado, quanto por meio judicial, se o Ministério Público comprovar o dano à coletividade.

Procurado pela reportagem da Agência Brasil para se manifestar sobre a investigação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disse que não foi informado, sequer contatado, pela Polícia Civil de Minas Gerais sobre o teor das investigações. “O Instituto já solicitou à Polícia Federal informações sobre o caso. O Inep reafirma que qualquer pessoa que tenha utilizado métodos ilícitos para obter vantagens no Enem será sumariamente eliminado do exame, sem prejuízo a outras sanções legais”, disse em nota.

Agência Brasil


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27
nov
2014

A súcia da Operação Brother Sam, da CIA, estava apoiando o candidato da TFM, TFP, UDR, DOI-Codi, Oban, MRA, Ibad, Arena, PDS, AI-5

Sitônio PintoOtávio Sitônio

Um leitor de maior gabarito reclamou do que ele considera minha postura de apoio ao partido do governo. Ora, a eleição passou, o palanque foi desmontado, e eu não sou de partido nenhum – pois deixei a política faz um bom tempo, quando o PCdoB votou a favor do desarmamento popular. Portanto, não faço parte do MAG – Movimento de Apoio ao Governo.

Durante a campanha fiz minha confissão de voto: no primeiro turno foi em branco. É assim que voto há muitos anos, pois não gosto de votar. Minha linha é outra. Mas no segundo turno, o candidato da UDR (União Democrática Ruralista) estava perigando ser eleito. E dei o óbolo da viúva de meu voto à outra candidatura, pois não podia votar no mesmo candidato do CCC –Comando de Caça aos Comunistas. Lembra-se? Era uma organização paramilitar que dava fim às pessoas da esquerda, na última ditadura.

Não sou a favor de uma reforma agrária distributiva, como pretende o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Marx, eu e Lênin somos contra essa dita reforma. Se a esquerda lesse o “18 de Brumário”, de Karl Marx, não advogaria a reforma agrária pretendida. Pois não é o tamanho da propriedade que é ruim, mas a propriedade em si. Já o grande camarada Lênin dizia que “é mais fácil tomar de um que de mil”. Uma reforma agrária distributiva gera uma multidão de proprietários.

Eu não podia votar no mesmo candidato da TFM – Tradicional Família Mineira, golpista que só ela, o braço beato da Ditadura, da Marcha com Deus pela Liberdade. Não podia votar no candidato apoiado pela TFP (Tradição, Família e Propriedade). Você acha? Nem pelo MRA (Moral Rearmament), a organização internacional que estava por trás do Ibad (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), instituição financiadora dos canditatos da direitona.

Pergunte aos caras do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna) em quem eles votaram. O DOI era o organismo da Ditadura encarregado de prender, torturar e matar o pessoal da oposição ao regime. Eu não podia votar com eles. Nem com a turma da Arena (Aliança Renovadora Nacional), nem com o PDS (Partido Democrático Social) – os partidos dos gorilas.

Pergunte aos verdugos do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) e da Oban (Operação Bandeirantes), o Dops da ditadura de Getúlio Vargas e a Oban da ditadura de 64, em quem votaram. Se você perguntar aos caras do SNI (Serviço Nacional de Informações), eles vão dizer que sufragaram o candidato da UDR, da TFP, TFM, Doi-Codi, Oban, MRA, Ibad, Arena, PDS etecetera.

Eu não podia votar com eles, os integralistas, fascistas, nazistas, neonazistas. Essa gente votou pela volta do golpe. Aqueles carecas dos skinheads votaram no candidato da oposição. Os arapongas e araques também, sem exceção. Os quintas-colunas, os dedos-duros, todos os torturadores. Eles são antigos, vem da Coluna do Templo e do Altar, o movimento que pretendia restaurar a monarquia no Brasil.

Você conhece alguém da marinha norte-americana? Dos Marines? Eles sabem explicar o que foi a Operação Brother Sam – a prontidão que a Frota do Caribe ficou, em pé de guerra para invadir o Brasil em 1964, caso o golpe tivesse dificuldade. A súcia da Operação Brother Sam, da CIA, estava apoiando o candidato da TFM, TFP, UDR, DOI-Codi, Oban, MRA, Ibad, Arena, PDS, AI-5 etc, etc.

Até a Ku Klux Klan foi chamada a agir. Pois aquele pessoal que é contra as cotas para afrodescendentes nas escolas e concursos públicos é orientado pela Ku Klux Klan. Ora, os afrodescendentes deveriam gozar também de outros benefícios indenizatórios do tempo em que seus avoengos trabalharam de graça debaixo do bacalhau (aquele chicote com pontas de pregos) e de toda humilhação e aviltamento.

As alíquotas dos impostos, a contribuição previdenciária, o tempo de aposentadoria, devem ser menores para os sobreviventes da escravidão. A Ku Klux Klan me quer a favor do cordão dos senhores de engenho, de Ioiô, de Iaiá. Mas eu sou de Umbanda, sou de Jurema. Não posso trair a bela raça.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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26
nov
2014

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Nós, usuários de telefone celular e internet em Princesa Isabel, reclamamos da má prestação dos serviços ofertados pela TIm e por alguns provedores.

Estamos cansados de esperar resolver os problemas com a operadora e com os serviços de internet, que desrespeitam a todos nós com rigorosa assiduidade.

Mas, infelizmente, temos que confessar que, também por nossa culpa, nossa grande omissão, continuamos reféns.

Assim seja.


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26
nov
2014

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O piso salarial das duas categorias deve ser pago integralmente, afirma Célio

A Câmara Municipal de Princesa Isabel aprovou, na tarde dessa terça-feira (25), o requerimento de autoria do vereador Célio de Zé Biró (PMDB) que pede a implantação imediata do piso salarial de agentes comunitários de saúde e de combate às endemias.

Segundo o vereador, a solicitação dirigida ao prefeito Dominguinhos (PSDB) foi aprovada pelos sete vereadores presentes à sessão. Ele acredita que, a partir de agora, a Prefeitura vai pagar o piso de R$ 1.014,00, que entrou em vigor em todo o país desde o dia 18 de junho.

“É uma lei federal, aprovada pela presidenta Dilma, com aplicação imediata e que deve ser cumprida pela União, estados e municípios. E é bom que o prefeito tucano não esqueça de pagar retroativamente, isto é, a partir do dia da sanção presidencial’.


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26
nov
2014

Professores
Prefeitura diz que 14º salário é estímulo para garantir qualidade de ensino

O prefeito de Água Branca, Tarcísio Firmino (PSB), anunciou nessa segunda-feira (24) o pagamento de uma gratificação extra que beneficia os professores da rede municipal de ensino.

O benefício, encaminhado à Câmara de Vereadores através de projeto de lei para apreciação em regime de urgência, cria o 14º salário que será pago já em 2014, caso o Legislativo aprove o texto.

TarcisioSegundo o gestor socialista, “o pagamento da bonificação é mais um incentivo aos profissionais do magistério para assegurar uma educação de qualidade aos alunos”.

“Estou apenas fazendo o meu trabalho. Quero concluir o meu mandato com a cabeça erguida sabendo que fiz o que deveria ser feito”, acrescentou.

Tarcísio anunciou ainda que o 13º salário será pago nos dias 10 e 11 de dezembro. Já o pagamento da folha de pessoal referente ao mês de dezembro será efetuado até o dia 30, antes da virada do ano.


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26
nov
2014

Embalada por compras de final de ano, a atividade econômica da Paraíba aponta aquecimento mais forte no início do último trimestre do ano. A emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) bateu recorde histórico com mais de 1,928 milhão de notas no mês de outubro, o que representa alta de 12,79% sobre o mesmo mês do ano passado. Os dados foram consolidados pelo Núcleo de Análise e Planejamento de Documentos Fiscais da Secretaria de Estado da Receita.

A alta de outubro ficou acima de setembro deste ano (9,28%). Em volume de NF-e, o mês de outubro superou o mês de julho deste ano, último recorde, quando foram emitidas 1,847 milhão de notas. A NF-e começou a ser emitida na Paraíba em fevereiro de 2008.

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, a emissão de NF-apresentou crescimento de 6,94% sobre os dez meses do ano passado. Em números absolutos, foram emitidas 17,406 milhões notas de NF-e neste ano contra 16,276 milhões no ano passado.

Secom-PB


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26
nov
2014

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Um ano atrás, cansadas de esperar pela colaboração de procuradores brasileiros, autoridades suíças decidiram arquivar o caso Alstom, sobre propinas pagas a funcionários públicos e políticos do PSDB pela multinacional francesa Alstom; caso, que envolvia o tucano Andrea Matarazzo, ficou dois anos engavetado na mesa do procurador Rodrigo de Grandis; agora, o Ministério Público quer a colaboração da Suíça para desvendar as contas ligadas a operadores do setor petroleiro; será que a Suíça descobrirá que a Justiça brasileira tem lado?

247 – As autoridades financeiras e judiciais da Suíça estão prestes a descobrir que o Ministério Público brasileiro (ou, pelo menos, parte dele) tem lado.

Um ano atrás, cansados de esperar pela colaboração do Ministério Público, os suíços decidiram arquivar parte do caso Alstom, que apurava um esquema de propinas pagas pela multinacional francesa a funcionários públicos e políticos do PSDB (relembre aqui).

Era um caso bastante semelhante ao hoje investigado na Operação Lava Jato. Havia lobistas, como João Amaro Pinto Ramos, servidores públicos, como João Roberto Zaniboni, e arrecadadores de campanha, como o grão-tucano Andrea Matarazzo. A Alstom era acusada de comandar um cartel na venda de equipamentos ferroviários e do setor elétrico.

A investigação sobre o chamado "trensalão tucano", no entanto, parou no tempo porque o procurador Rodrigo de Grandis engavetou, durante dois anos, o pedido de cooperação formulado pelas autoridades suíças, atribuindo a demora a uma "falha administrativa".

Operação Apocalipse

Um ano depois, a situação se inverte. Agora, são dois procuradores brasileiros que irão à Suíça, mais precisamente a Berna, para desvendar a origem dos depósitos nas contas de Paulo Roberto Costa.

Como o próprio ex-diretor da Petrobras já declarou ter sido pago pela Odebrecht e se dispôs a devolver os recursos, o caso será relativamente simples (leia mais aqui).

No entanto, chama a atenção a diferença de abordagem do Ministério Público nos dois casos. Quando o alvo era o PSDB, a Suíça cobrou providências do Brasil, que engavetou o caso. Agora, quando o PT está na mira, o MP cumpre seu papel, faz a coisa certa e pede cooperação internacional.

Brasil 247


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