“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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04
dez
2014

“Diz-se que o cavalo de Troia custou uma fortuna, foi superfaturado. Mas os gregos precisavam ganhar a guerra a qualquer preço”

Sitônio PintoOtávio Sitônio

Um dos envolvidos no escândalo da Petrobras disse que o pagamento de propinas vem de longe, vem de governos anteriores, e citou nominalmente os governos de Lula, Fernando Henrique, Collor etc. O executivo não disse nada de novo. Todo mundo sabe que no Brasil é assim, e lá fora também. Há algumas décadas, um príncipe europeu recebeu uma gorda propina para intermediar a compra de aviões de guerra pelo seu país. No Japão houve um caso semelhante. Num país sul-americano também, e os aviões eram da Embraer. Deu no jornal.

Isso são fatos que se sabem, histórias que vieram a público. E o que não se sabe? Um dos advogados dos envolvidos na Petrobras disse que nada no Brasil era feito sem propina, não se botava um paralelepípedo na rua sem o pagamento de propina. Não disse nada de novo, todo mundo sabe disso. Mas é muito importante que se diga no processo para que o Ministério Público e a Justiça saibam oficialmente. Essa esculhambação é muito antiga.

Na Guerra do Paraguai, o Brasil perdeu as primeiras batalhas porque o exército estava mal equipado. Não tinha sequer cavalos, embora esses animais tivessem sido comprados. Mas eles só constavam na contabilidade, não estavam na baia. E eram muitos cavalos, pois havia os da cavalaria e os cavalos da infantaria montada. Aqueles cavalos que aparecem no quadro de Pedro Américo, do Grito do Ipiranga, servindo de montada para os Dragões da Independência, são da infantaria montada.

Os Dragões da guarda pessoal de Dom Pedro eram infantes montados, não eram cavalarianos. No Exército havia muitos deles. Mas, quando começou a guerra, as tropas destacadas no Rio Grande do Sul estavam sem cavalos, embora as alimárias tivessem sido compradas. As montarias que havia eram de péssima qualidade. Cavalos mancos e banguelas, com tempo de aposentadoria, comprados por qualquer moeda furada, mas que tinham preço na contabilidade. Os cavalos dos quarteis eram quartais, capados, não serviam para a guerra.

Diz-se que o cavalo de Troia custou uma fortuna, foi superfaturado. Mas os gregos precisavam ganhar a guerra a qualquer preço, pois a rainha deles estava lá dentro, fornicando. Foi o chifre mais caro da História. Quantos peões morreram por causa de Helena? A questão deveria ter sido resolvida entre Páris, Heitor e Menelau, mas recrutaram os pobres do povo para fazer a guerra. E gastaram uma nota. Muitas moedas, pois naquele tempo não havia notas. A cangalha do cavalo foi caríssima.

Assim as obras no Brasil e as despesas do governo. O executivo da Petrobras choveu no molhado quando falou em rodovias, ferrovias, hidrelétricas, portos, aeroportos, hospitais, escolas etc. Há tempos foi constatado que o aeroporto de Maceió foi superfaturado em 500% (quinhentos por cento). Ficou por isso mesmo. E o sistema de abastecimento d’água Gramame-Mamuaba foi superfaturado em 1.000% (mil por cento), segundo denunciou o Sindicato dos Engenheiros da Paraíba. O caso Gramame-Mamuaba foi levado à Assembleia pelo deputado Simão Almeida, do PCdoB, mas não deu em nada.

O governador do Acre, Edmundo Pinto, foi assassinado dois dias antes de depor na Câmara dos Deputados sobre o superfaturamento do Canal da Maternidade, em Rio Branco. O escândalo deu início à queda do dominó que derribou Collor, mas foi abafado. Nunca os corruptores foram investigados e punidos neste País. O que aconteceu a Celso Daniel, o cartola do PT morto em Brasília?

O instituto da propina, ou comissão, ou bola, tem tradução no inglês, pois é internacional. Além-mar chama-se “pay-off”. É patrimônio da humanidade. Aquém-mar, é jabaculê. Se dá aos políticos, e também aos disc-jóqueis para uma determinada música tocar no rádio. Já é tempo de virar o disco.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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03
dez
2014

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Ex-prefeito de Tavares têm contas de dois exercícios reprovadas pelo TCE

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) reprovou nesta quarta-feira (3) as contas do ex-prefeito de Tavares, José Severiano de Paulo Bezerra da Silva – o Dr. Severiano (PSDB), referentes ao ano de 2012.

O TCE impôs ainda a devolução de R$ 194.193,60.

Segundo o órgão, as irregularidades encontradas foram saldo não comprovado e despesas com a rubrica de ajuda financeira também não demonstrada documentalmente.

A decisão foi tomada com base em proposta do conselheiro substituto Renato Sérgio Santiago Melo, relator do processo, e ainda cabe recurso .

A Corte já havia rejeitado, no dia 8 outubro, as contas do ex-gestor tucano   relativas ao ano de 2011,  por despesas não comprovadas com contribuições previdenciárias, combustível e material de construção e impôs  débito [devolução] de R$ 1.462.456,32.


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03
dez
2014

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​A Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Princesa Isabel vai realizar mais uma sorvetada com o objetivo de arrecadar fundos para pagamento do terreno destinado à construção de um novo templo na cidade.

O festival de gelado, na sua 2ª edição, acontece neste domingo (7) no ginásio poliesportivo Alcides Carneiro, a partir das 14h.

Qualquer pessoa pode participar do evento, a entrada custa R$ 5,00.


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03
dez
2014

Em entrevista a Rádio Correio FM na manhã desta quarta-feira (03, o prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSDB) defendeu o fim da reeleição. O prefeito que voltou das suas férias na Europa, destacou se hoje pudesse opinar no Congresso seria pelo fim da reeleição que considera danosa ao erário público.

Contrariando o próprio líder maior do PSDB no Estado o senador Cássio Cunha Lima que no começo da semana anunciou em evento na Câmara Municipal de Campina Grande, que Romero disputaria sim sua reeleição o gestor campinense disse que só vai discutir se vai ou não disputar reeleição em 2016 juntamente com seu aliados. “Se pudesse opinar hoje no Congresso seria contra a reeleição e a favor de um mandato mais amplo. Só vou discutir se vou ou não disputar a reeleição em 2016 com meus aliados”, afirmou Romero.

Em 2010, eleito deputado federal Romero Rodrigues (PSDB) defendia publicamente a reeleição de Rômulo Gouveia (PSDB) caso ele assumisse a prefeitura com eventual processo de cassação do ex-prefeito Veneziano Vital do Rego (PMDB) que foi inocentado pelo TRE-PB.

Em recente entrevista, o tucano posicionou de forma clara contra o fim da reeleição. Surpreendendo os seus aliados, ele não afastou inclusive, a possibilidade de abdicar do próprio direito de disputar a sua recondução ao Palácio do Bispo em 2016.

Quando exerecia o cargo de deputado Romero Rodrigues, que integrava a Comissão Especial da Reforma Política, também foi contra o processo da reeleição, apesar de entender ser facultado pela própria legislação eleitoral.

PBAgora


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03
dez
2014

Fábia Renata, que é a favor da Lei antifumo
A estudante Fábia Renata é a favor da Lei Antifumo

A partir de hoje (3), passa a valer em todo o país a chamada Lei Antifumo que proíbe, entre outras coisas, fumar em ambientes fechados públicos e privados. A estimativa é que as novas regras influenciem os hábitos de 11% da população brasileira, composta por fumantes.

Aprovada em 2011, mas regulamentada em 2014, a Lei 12.546 proíbe o ato de fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como halls e corredores de condomínios, restaurantes e clubes – mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou toldo.

Em caso de desrespeito à norma, os estabelecimentos comerciais podem ser multados e até perder a licença de funcionamento.

Entre os frequentadores de bares e restaurantes, a lei não é unanimidade. A estudante Fábia Oliveira, 18 anos, disse ser a favor de leis mais rigorosas contra quem fuma em ambientes fechados. “É um desrespeito com quem não gosta de cigarro. A pessoa que fuma prejudica todos que estão à sua volta. Você acaba se prejudicando, contra a sua vontade, pela escolha dos outros. Ninguém é obrigado a sentir o cheiro de cigarro”, acrescentou.

O supervisor Diego Passos, 31 anos, é contra a lei e acredita que a norma não surtirá efeito. “Quem fuma dentro de um bar, por exemplo, vai continuar fumando. Não poderei ir a uma boate, a um bar porque fumo? Nenhuma lei é capaz de fazer uma pessoa parar de fumar. Além do mais, não há fiscalização”, disse.

A norma que entra em vigor hoje extingue os fumódromos e acaba com a possibilidade de propaganda comercial de cigarros, mesmo nos pontos de venda, onde era permitida publicidade em displays. Fica liberada apenas a exposição dos produtos, acompanhada por mensagens sobre os males provocados pelo fumo.

Além disso, os fabricantes terão que aumentar no próprio produto os espaços para avisos sobre os danos causados pelo tabaco. Pela nova regra, a mensagem deverá ocupar 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais.

Será permitido fumar em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, áreas abertas de estádios de futebol, vias públicas e tabacarias, que devem ser voltadas especificamente para esse fim. Entre as exceções estão também cultos religiosos, onde os fiéis poderão fumar caso faça parte do ritual.

Para o presidente da regional de São Paulo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Percival Maricato, o dia a dia de bares e restaurantes deve mudar pouco, uma vez que a lei já vem sendo cumprida pela maior parte dos estabelecimentos mesmo antes da regulamentação.

“A meu ver, não vai mudar coisa alguma. Já estava proibido fumar em locais fechados. Mas achamos que a lei é um tanto leonina. Há excessos visíveis. O infeliz do fumante é tratado como um leproso na idade média”, disse.

Para Marciato, as novas normas representam uma espécie de regulação que vem sendo imposta ao setor. “Daqui a pouco, bares e restaurantes vão parecer uma repartição pública, com cartazes e dizeres. E estamos falando de um local onde as pessoas vão para descontrair. Há cada vez mais intervenção do Estado, dizendo o que o indivíduo pode ou não pode fazer e limitando a liberdade.” Ele lembrou que a fiscalização nos bares e restaurantes ficará a cargo dos Procons regionais.

Agência Brasil


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03
dez
2014

O governador Ricardo Coutinho entrega, nesta quarta-feira (3), 71 motocicletas e equipamentos para a Polícia Militar da Paraíba. Na ocasião, o comandante da PM, coronel Euller Chaves, fará o lançamento da Operação Boas Festas, que prevê um reforço no policiamento em todo Estado neste período que antecede as festas de final de ano. A solenidade será realizada às 15h, em frente ao Palácio da Redenção.

Além das 71 motocicletas, o governador Ricardo Coutinho fará a entrega de um ônibus,  equipamentos de segurança para os policiais militares e 100 conjuntos de encilhamento para utilização pela Cavalaria da PM.

Operação – A Operação Boas Festas vai empregar mais de 1.500 policiais militares como efetivo extra, sem prejuízo do policiamento ordinário nos bairros, e 300 viaturas que vão reforçar o patrulhamento motorizado. O coronel Euller Chaves adiantou que nas vias urbanas de maior movimentação em todo o Estado também serão intensificadas fiscalizações, com  a finalidade de coibir possíveis ações criminosas.

“A Operação busca reduzir o número de homicídios e de crimes patrimoniais nesse período de intensa movimentação do comércio e circulação de dinheiro, garantindo aos paraibanos e turistas um fim de ano tranquilo”, disse o comandante geral da PM.

Recomendações A Polícia Militar orienta que as pessoas planejem as compras para evitar sair com grandes somas em dinheiro e observem também as pessoas ao seu redor quando saírem de estabelecimentos comerciais ou bancários. Prefiram andar em grupo e não estacionem o veículo em locais sem movimento.

Secom-PB


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03
dez
2014

O deputado estadual Tião Gomes (PSL), comentou em entrevista ao Sistema Arapuan de Comunicação, que o julgamento das contas do governador Ricardo Coutinho (PSB) foi ‘massacrante’ e apontou que os deputados queriam ‘sangrar’ o socialista.

Em vias de as contas referentes a 2011 e 2012 irem para a votação na Assembleia e as do presidente da Casa, Ricardo Marcelo (PEN) também entrarem em votação, Gomes destacou que não sabe se as do presidente foram aprovadas, mas que viu as de Ricardo sendo massacradas. “As contas do governador estavam sendo trituradas, os deputados diziam que o governador ia sangrar até o último pingo de sangue, estavam politicamente tentando prejudicar Ricardo. As contas dele são excelente, níveis de despesas, educação, saúde e todos os principais dentro da meta. A questão política interferiu no processo? Claro!”, diz.

Gomes destacou ainda que não citaria nomes, pois a conjuntura política hoje é totalmente diferente de seis meses atrás. “Tratavam como se o governador tivesse descumprido todas as leis enquanto os outros fizeram pior e não podia fazer. Apenas eu, Hervásio Bezerra e outros defendíamos, eram 30 contra seis ou cinco. Era um massacre em cima da gente”, conta.

Para o governista, as contas de Ricardo devem ser aprovadas ‘porque estão corretas’. “Vi na véspera das eleições o deputado Caio Roberto (PR) dizer que vota contra Ricardo Só para fazer mídia publicitária para agravar ou tentar desancar um processo eleitoral”, conta.

As contas do governador estão ainda na Comissão de Orçamento, presidida pelo deputado Raniery Paulino (PMDB), ainda é preciso haver o voto da comissão para poder ir ao plenário. O peemedebista disse que vai pedir para que as contas entrem na pauta nos próximos dias. Os relatores são Frei Anastácio (PT) nas contas de 2011 e Caio Roberto nas de 2012.

Paraiba.com.br


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