“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

sex
16
jan
2015

TOQUECAPA LIVRO ALDO

 

Nessas tardes quentes de verão, nada melhor do que uma rede em local ventilado e uma pilha de livros no chão pra gente ir escolhendo a esmo. Dessa foi A Dançarina e o Coronel, de Aldo Lopes de Araújo, Editora Bagaço, 176 páginas. Vou passando as páginas lentamente e degustando as histórias desses personagens saídos da imaginação de Aldo Lopes como se eu conhecesse essa Lendária cidade de Princesa, em pleno sertão paraibano, tão carregada de história que até território independente do Brasil quis ser nos idos da Revolução de 1930.

Aldo Lopes é desses escritores que conhecem profundamente a carpintaria do romance. Digo mais, acho Aldo Lopes um escritor que caminha ombro a ombro com um Raimundo Carrero. Um paraibano e um pernambucano de tutano. Carrero é premiadíssimo, reconhecido pelos críticos do Sudeste. Lopes não, mas é conhecido e apreciado por pessoas como W. J. Solha, um paulistano mais paraibano que todos.

Eu ou um apreciador do verbo de Solha e desse soberbo Aldo Lopes.  

A Dançarina e o Coronel me pegou como me pegaria um filme de Federico Fellini, circense, imaginativo, belo. Logo nas primeiras páginas sou surpreendido com essa frase: “O sol das primeiras horas chupou o orvalho das lonas do circo e foi visto arrastando a sombra do padre Rabelo a uma ave-maria e meia de distância da igreja”.

A tentação de comparar a prosa de Aldo Lopes com a de Gabriel Garcia Marquez é grande, mas é porque o realismo fantástico entrou tão fundo em nossas almas, que não percebemos o quanto a realidade tem de fantástico. Aldo Lopes quer nos lembrar isso o tempo todo.

Depois que você entra nas histórias que vão sendo desfiadas pelo narrador, fica difícil abandonar a leitura desse romance, pelo ritmo cadenciado que ele vai imprimindo em nossa leitura. O mundo descrito por Aldo Lopes não existe mais. Ficou esquecido no baú de nossas avós e enterrado pela falta de graça deste mundo de meninos e meninas com as caras enfiadas numa tela brilhante de celular.

Mas Aldo Lopes não quer que esqueçamos de nada. “Todos os anos por esse tempo os fardos de bacalhau e piracuru empilhados nos armazéns de secos e molhados eram o primeiro sinal de que a Semana Santa estava próxima”. Quem viveu tempos assim não esquece o cheiro do peixe nas cozinhas, o cheiro de incenso nas igrejas. A Perdição de Aldo Lopes é a minha Macau, minha Areia Branca e é também a Princesa dele.

Sou tomado por essas histórias e só largo a leitura quando não há mais claridade possível. Marco a página com um pedaço de papel e sigo a rotina de praia nesses tempos preguiçosos. Na manhã seguinte, estou de volta ao livro. Mais histórias de circo vão sendo desfiadas, as histórias de sexo das meninas de colégio, madres superioras em pânico.

E o que dizer do mágico Saladino Baltazar e suas pirotecnias? Páginas depois pesco essa frase: “Até o maná – iguaria que abrandou a fome e a sede dos hebreus no deserto – caiu por essas bandas”. Então percebo que estou diante de um escritor que sabe reler as escrituras para tornar o real mais fantástico do que realmente é. Percebo a técnica, a malícia do bom escritor.

Um livro desses vai enredando você num novelo de histórias que vão descambar numa história maior. Uma história dos vícios humanos, da maldade e da grandeza dos homens na face da terra. Essa é a função do romance. Tirar você da mesmice do cotidiano e levá-lo para outras dimensões. A Dançarina e o Coronel é um belo romance, um presente para essa humanidade tão desprovida de beleza que habita os nossos dias.

Carlos de Souza [[email protected]]


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15
jan
2015

http://www.duartelima.com.br/wp-content/uploads/2014/12/LOMBADA-2.jpg

Em mais uma reunião com a Diretoria de Obras (DRO) do Departamento de Estradas de Rodagens do Estado da Paraíba (DER-PB),o vereador Célio de Zé Biró (PMDB) solicitou a construção de duas lombadas na PB 306, nas proximidades da escola municipal do sítio Cabeça do Porco, para reforço na segurança de alunos, pedestres e veículos.

Na audiência, realizada na manhã dessa quinta-feira (15), na sede do órgão, em João Pessoa, o parlamentar formalizou pessoalmente o pedido ao diretor da divisão, Hélio Cunha Lima.

Durante o encontro, Célio reiterou ainda a necessidade de colocação dos redutores de velocidade para oferecer segurança, principalmente, para os pedestres, no trecho próximo do Ácqua Club de Princesa Isabel.

De acordo com Célio, o diretor da DRO garantiu que “o serviço será realizado tão logo outras demandas nesse sentido sejam atendidas, dentro do critério  ordem de chegada”.


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15
jan
2015

A Federação dos Trabalhadores em Serviços Públicos Municipais do Estado da Paraíba (Fespem-PB), juntamente com os sindicatos, deu um prazo até o próximo dia 20 (terça-feira) para que os prefeitos atualizem os salários dos funcionários. A partir do dia 21, as entidades vão pedir à Justiça que determine o bloqueio das contas das prefeituras para pagar os vencimentos em atraso. O presidente da Fespem-PB, Francisco de Assis Pereira, estima que cerca de 50 municípios ainda não concluíram o pagamento da folha de dezembro de 2014.

Na lista, estão as prefeituras de Santa Rita, Alagoa Nova, São Sebastião de Lagoa de Roça, Curral de Cima, Soledade, Massaranduba, Princesa Isabel, Campina Grande, Bayeux, Aguiar, Pocinhos, Arara, Riachão do Bacamarte e Queimadas, entre outras. “Estamos em contato permanente com os sindicatos de servidores públicos municipais que acompanham o pagamento. Temos recebido muitas denúncias de atraso da folha, principalmente do mês de dezembro", disse.

Para ele, o atraso nos salários se deve ao inchaço das folhas com cargos comissionados e prestadores de serviço.

“Um exemplo é a prefeitura de Aguiar no Sertão. Lá são 180 servidores efetivos e 159 comissionados, muitos deles parentes dos gestores e de vereadores”. Procurado na prefeitura, o prefeito Manoel Batista Guedes Filho não foi encontrado para comentar as declarações de Francisco.

Jornal da Paraíba


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15
jan
2015

O papa Francisco defendeu hoje (15) que a liberdade de expressão é um direito fundamental, que não permite "insultos à fé dos outros". Ele acrescentou que "matar em nome de Deus" é "uma aberração".

"Não podemos provocar, não podemos insultar a fé dos outros, não podemos ridicularizá-la", disse aos jornalistas a bordo do avião que o levou de Colombo, no Sri Lanka, para Manila, nas Filipinas. Perguntado sobre as caricaturas do semanário satírico francês Charlie Hebdo, alvo de um atentado que causou 12 mortos, na semana passada, em Paris, o papa disse que a liberdade de expressão deve "exercer-se sem ofender". Ele ressaltou que o direito de se expressar é "fundamental".

"Todos têm não apenas a liberdade, o direito, como também a obrigação de dizer o que pensam para ajudar o bem comum. É legítimo usar esta liberdade, mas sem ofender", insistiu, pedindo verdade, principalmente na atividade política.

O papa destacou que a liberdade de religião e de expressão são “direitos humanos fundamentais". Francisco condenou os assassinatos cometidos em nome da religião. "Não podemos ofender, ou fazer a guerra, ou matar em nome da própria religião, em nome de Deus", afirmou. Matar em nome de Deus "é uma aberração" e "é preciso ter fé com liberdade, sem ofender, sem impor, nem matar", frisou.

Agência Lusa


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15
jan
2015

Cunha conversa com dez deputados federais em sua passagem pela PB

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, conseguiu reunir sete dos 12 deputados federais da Paraíba durante o café da manhã oferecido por ele e pelo anfitrião Manoel Júnior (PMDB) com o intuito de pedir votos para a eleição que será realizada daqui a 17 dias. Ontem, contudo, ele ele já havia conversado com outros três federais durante o jantar.

Estiveram no Hotel Cabo Branco Atlântico, hoje de manhã, além de Manoel, os colegas Damião Feliciano (PDT), que esteve ontem na recepção a Arlindo Chinaglia (PT), adversário de Cunha; Benjamin Maranhão (SDD), que teria sido repreendido pelo petista pela ausência no diálogo de ontem; Hugo Mota, Veneziano Vital do Rêgo e Wilson Filho (todos do PMDB); além de  Pedro Cunha Lima (PSDB). Efraim Filho (DEM) faltou ao compromisso matutino, mas foi anunciado por Cunha como seu apoiador.

Ontem à noite, Eduardo Cunha havia visitado o senador José Maranhão em sua residência, no Altiplano. Logo após, acompanhado por Manoel Júnior, foram a um restaurante local para jantar em companhia de Hugo Motta (PMDB), Efraim Filho (DEM), Rômulo Gouveia (PSD) e Wellington Roberto (PR).

ParlamentoPB


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15
jan
2015

Populares invadiram a casa, quebraram utensílios domésticos, arrastaram móveis para a via pública e tocaram fogo; revolta acontece pela falta de pagamento

População revoltado saqueou a casa do prefeito de Coari por atraso de pagamentos
População revoltada saqueou a casa do prefeito de Coari por atraso de pagamentos

Vítima de uma sequência gestões desastrosas e cercada de polêmicas há mais de uma década, o município de Coari viveu nesta quarta-feira (14) a mais violenta manifestação popular da sua história. Em um ato contra a gestão do prefeito cassado Igson Monteiro (PMDB) e de seus aliados, manifestantes atacaram a sede da prefeitura, da Câmara e atearam fogo em imóveis e veículos.

Segundo relatos de associações e vereadores ouvidos pela reportagem, os atos começaram por volta das 8h com cerca de 200 manifestantes reunidos em frente a um dos imóveis do prefeito peemedebista. No local, móveis foram saqueados e uma picape estacionada foi depredada. Depois, o grupo se dividiu e passou a atacar pontos distintos do município.

Na sede da Câmara, vidros foram quebrados e equipamentos saqueados. Os manifestantes ameaçaram ainda atacar a sede da prefeitura, mas uma barreira policial protegia o prédio. As duas instituições foram esvaziadas após o início das ações. Com baixo efetivo de agentes de segurança, a policia local foi escalada para priorizar a proteção dos prédios públicos.

“Foi um movimento pessoal contra o prefeito: atacaram a Câmara, para atingir o irmão, e atacaram as casas do Igson. Isso é manobra da oposição. Só havia aliados da oposição e curiosos. Os servidores ficaram apavorados”, disse Elton Rodrigues, secretário de Administração do município.

Por volta das 14h, cerca de 35 agentes da Policia Militar do Amazonas (PM-AM) embarcaram no aereoporto Eduardinho rumo ao município para reforçar a segurança do local. À essa altura, pelo menos dois outros imóveis de propriedade de Igson Monteiro já haviam sido totalmente incendiados e um segundo veículo do peemedebista empurrado para o rio.

Os manifestantes atacaram também a casa do presidente da Câmara do município e irmão de Igson, Eliseu Monteiro (PMDB), conhecido como “Bat”, onde supostamente os vereadores se escondiam do tumulto. Outras residências de parlamentares governistas e oposicionistas foram atacadas. Não há, no entanto, relatos de pessoas feridas.

“Foi tudo muito rápido. Eles invadiram e queimaram várias casas do Igson, ameaçaram destruir a casa do presidente da Câmara, atearam fogo em carros. Um dos imóveis ficou totalmente destruído. Um grupo chegou a ir até o aeroporto para tentar capturar vereadores que estavam fugindo”, disse Raione Queiroz, do Conselho de Cidadão de Coari (Concico).

Aliado de Igson, o vereador Professor Natinho (PMN) disse que a sua família foi ameaçada pelo grupo. “Tentaram derrubar o portão da minha casa, com a família inteira dentro, arrombaram as janelas e tacaram pedras. Graças a Deus nada de mau aconteceu com a minha família’, afirmou, por telefone.

A manifestação reuniu moradores insatisfeitos com a gestão, mototaxistas que reivindicam aumentos na tarifa e servidores públicos. A folha de pagamento do município acumula rombos e  servidores dizem que estão com pagamentos atrasados. “Foi uma centena de coisas que resultaram nisso. A população está cansada de não receber seus salários e ser engana”, disse outro vereador, que preferiu não se identificar.

Igson Monteiro foi cassado pelo Superior Tribunal Federal (STF) em dezembro passado junto ao ex-prefeito detido Adail Pinheiro. A chapa foi considerada inelegível por acumular condenações em órgãos de controle do Estado. O peemedebista, no entanto, ainda pode ingressar com recursos contra a decisão.

Acritica.uol.com.manaus


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15
jan
2015

tvmaster_Ricardo

O governador Ricardo Coutinho (PSB) resolveu dar um basta nas especulações sobre um suposto estremecimento na aliança entre o seu partido e o PT. Em entrevista concedida nesta quarta-feira (14) à imprensa da Capital, ele tratou de aparar as supostas arestas criadas entre os dois partidos quanto o apoio e participação da legenda socialista na gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PT).

Durante a entrevista, Ricardo disse que quer trabalhar ao lado do PT e dos demais partidos que foram a aliança que garantiu sua reeleição em 2014. O governador aproveitou também para negar que o PSB tenha elaborado uma lista que seria entregue ao prefeito, na qual seu partido estabelecia metas a serem cumpridas pela administração municipal.

“Toda essa especulação só serve para alimentar noticiários no mês de férias, pois como se tem poucas notícias, ficam nesse vai e vem, nessa bobagem se o PSB vai ou não participar do governo do PT. O PSB considera o PT um parceiro, e parceiro é para ser respeitado mutuamente, apenas isso”, disse Ricardo.

De acordo com o governador, o PSB não tem o que impor nada ao PT. “O partido não tem o que impor a um parceiro como o PT. Nós temos uma aliança com o PT, com pessoas trabalhando no nosso governo e eu não estou cobrando espaço por conta disso”, enfatizou o líder socialista.

Paraíba Já


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