“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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13
mar
2015

“Ser cangalheira e cangaceira nunca foram paradigmas de comportamento das mulheres sertanejas”

Otávio Sitônio

O dia das mulheres passou, com suas homenagens de sempre. Eu não queria que passasse. O que seria do mundo sem a manhã das mulheres, sem a tarde das mulheres. Elas iluminam as manhãs, dão às manhãs o seu aconchego de companheiras. As madrugadas são mais frias que as noites, mas existem as mulheres. Há poucos minutos a mulher me chamou para fazer crônica. Ela faz isso nas segundas, quartas e sextas, nas frias manhãs. Incorporou-se a meu calendário, a meu tempo.

Se eu fizer essa crônica na noite o domingo, vou passar a segunda desorientado, sem saber qual dia é do mundo. É como se minha bússola orgânica, que é também relógio, perdesse seu ímã e girasse, à toa, a agulha de marear. Por essa e outras, preciso que o dia das mulheres não passe. Nem a tarde, véspera das noites. A tarde passa e vem a noite das mulheres. Esta sim, é que é mesmo das mulheres. Elas povoam o silêncio com seu gesto de estrela. Desde menino durmo na rede, mas sei e sinto que a mulher está ali, na planície da cama, entre as estrelas em flor.

– Está na hora da crônica –, acorda-me a voz da musa, secretária, governanta, e também mulher, que me dá o desjejum das madrugadas. Pode passar? Primeiro passe minha vida, impossível sem a musa do cotidiano.

Por isso, portanto, são mais que merecidas as homenagens a essa nação de mães e companheiras. Mas há comparações que soam mais como desomenagens.

Não aceito que se dê patente de revolucionárias a maia dúzia de bandidas que assaltaram ontem o pavor de nossa história, em bandos de cangaceiros. Dona Dilma, por exemplo, não pode ser comparada à Maria Bonita, a Lílite de Lampião. Cangaceira não é guerrilheira. A mulher do salteador, do ladrão, do assassino, do chefe do bando de celerados que aterrorizou o Nordeste, não pode receber as estrelas de capitaina (sic, Luís de Camões diz assim) do exército do povo.

Dadá de Corisco não pode ser equiparada a Elizabete Teixeira, a viúva de João Pedro. Nem mesmo que Dilma e Elizabete se digam iguais das bandidas. Corisco, o Diabo Louro, era um dos mais perversos do bando. Como diria o poeta João Cabral: “dizendo-se cangaceiro se terá dito tudo” (ele não disse, mas poderia ter dito; por isso, botei as aspas). E a mulher de Corisco será sua sócia.

O bando de celerados estuprava, castrava, sequestrava, extorquia, roubava, matava, ferrava, queimava (Zé Baiano ferrava na cara as mulheres que usassem saia curta). Não eram guerrilheiros de uma luta de classes, pois não assaltavam aos ricos, que podiam se defender. Esses tinham armas e gente. A classe média rural é quem mais sofria. Não roubavam aos pobres porque esses nada tinham, só as filhas e mulheres. Elas pagavam com o corpo a pobreza dos pais e maridos.

Qual o heroísmo desses bárbaros atentados? Qual foi o cabra de Lampião perseguido pelo patrão? Cabra nenhum. Todos os chefes de bando, no Nordeste, eram proprietários rurais. Além de sua origem senhorial, Lampião era pecuarista – tinha gado em várias fazendas do semiárido, criado no regime de vaqueirice por fazendeiros amigos. Antônio Silvino era senhor de engenho.

Os apologistas do cangaço consideram uma atitude revolucionária o fato de Maria Bonita ter largado o marido para viver com Lampião para saquear o mundo. Ser cangalheira e cangaceira nunca foi paradigma de comportamento das mulheres sertanejas. A guerrilha é opção muito diferente da cangalha e do cangaço. Margarida Maria, a líder sindicalista, não tem nada a ver com essa patifaria; não pode ser comparada com tal escória.

Elizabete, Dilma, Margarida, Zuzu Angel, Cida Ramos, essas são revolucionárias de ontem e de hoje, guerrilheiras de sempre. Não merecem a desomenagem de serem comparadas com bandoleiras que roubavam dos pobres para dar aos ricos, elas mesmas ricas em fuga permanente, pois não tinham coragem para enfrentar volantes em luta aberta polas ralas e raras sombras das caatingas.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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12
mar
2015

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‘Minha aliança com Ricardo é firme, vai além de 2016”, afirma vereador Neguinho

O vereador Neguinho da Lagoa (PMDB), rompido com o prefeito Dominguinhos (PSDB) desde o fim de janeiro, descartou nesta quinta-feira (12) qualquer possibilidade de reaproximação política com a base aliada do gestor tucano de Princesa Isabel.

“A decisão que anunciei no dia 28 de janeiro é irrevogável, não tem volta, sou um político de uma só palavra e, assim, asseguro que é praticamente impossível meu retorno ao bloco governista”, afirmou.

Neguinho disse ainda que tem recebido “mensagens e telefonemas solicitando abertura de conversa com o poder municipal, mas não responde a nenhuma proposta”.

“Estou firme e forte na aliança com Ricardo Pereira, que vai além da eleição municipal de 2016. Assim, peço que acabem com essa encheção de saco de ficar ligando ou mandando mensagens”, destacou.


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12
mar
2015

Com sol entre poucas nuvens, esta quinta-feira (12) apresenta probabilidade (5%) mínima de chuva em Princesa Isabel, Manaíra, Água Branca, Juru, São José de Princesa e Tavares, segundo aponta o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

Na maioria dos municípios, a temperatura máxima prevista é de 31°C, e a mínima, de 19°C.

Abaixo, a previsão do Centro para a região Nordeste:

No oeste da região: pancadas e chuva localizadas. No nordeste da região: muitas nuvens com possibilidade de chuva no litoral. No litoral norte da BA: muitas nuvens e chuva. Nas demais áreas da região: sol e poucas nuvens. Temperatura estável. Temperatura máxima: 36°C no nordeste da BA.


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12
mar
2015
 

Estudo elaborado pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República revela que de 30% a 40% dos projetos apresentados por prefeituras aos ministérios são rejeitados por falta de qualidade técnica. No campo cultural essa realidade é ainda mais dura. Para se ter ideia, mais de 90% dos projetos encaminhados ao Ministério da Cultura no ano passado foram inabilitados ainda na primeira fase.

Para minimizar este problema e auxiliar as prefeituras, a União Brasileira dos Municípios (Ubam) vai oferecer aos prefeitos de Teixeira, Imaculada, Maturéia, Água Branca, Juru, Tavares, Princesa Isabel, São José de Princesa e Manaíra o workshop “Captação de Recursos Culturais”. O curso será realizado no dia 18 de março, durante o evento “Princesa: Território Cultural”, no município de Princesa Isabel.

O workshop irá abordar além do Sistema Nacional de Cultura (SNC) temas como: Convênios, Equipamentos Culturais, Lei Rouanet, Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (SALIC WEB), Sistema de Gestão de Convênios (SICONV) e outros órgãos financiadores de cultura para Prefeituras. “Para integrarem-se ao SNC, cada município deve instituir seu próprio sistema, que consiste na criação de pelo menos cinco componentes: Secretaria (ou órgão equivalente), Conferência, Conselho, Plano Municipal e Fundo Municipal de Cultura. Ao participar do SNC é permitido que município receba regularmente repasses fundo a fundo de verbas”, explicou o consultor Rômulo Halysson Oliveira, que ministrará o curso.

O consultor explicou que a exemplo do que acontece na área da saúde a transferência fundo a fundo consiste no repasse de recursos de forma regular e automática, diretamente do Fundo Nacional para os Estados e Municípios e Distrito Federal, independentemente de convênio ou instrumento similar, destinado ao financiamento das ações estratégicas. Mas, apesar desta ser a mais adequada forma de carrear recursos no âmbito da cultura, outras modalidades de mobilização destes montantes podem ser utilizadas. “Neste aspecto, os municípios devem estar preparados para elaborar bons projetos para assim justificar a captação de recursos provenientes do Governo Federal, Estadual e de outros órgãos financiadores”, observou.

Evento

O evento “Princesa: Território Cultural” trará uma programação especial com apresentações de música, dança, teatro, folclore, além de palestras e será realizado de 17 a 21 de março. No dia 18 haverá a Feira dos Municípios com apresentações de grupos folclóricos, forró pé de serra e uma homenagem de violeiros a João Paraibano. Nesta data os prefeitos dos nove municípios participarão de palestras sobre os aspectos legais da Lei de Incentivo à Cultura e Capitação de Recursos.

Palestrante

A palestra, voltada para os caminhos e a forma de obter captação de recursos, será ministrada pelo consultor Rômulo Halysson Oliveira no dia 18 de março. Ele é bacharel em Direito, Gestor de Projetos e Produtor Cultural. Rômulo foi secretário do Orçamento Democrático de João Pessoa. Atualmente é sócio-diretor da Agência Móbile e diretor-geral do Festival Móbile de Cinema e Música.

UBAM


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12
mar
2015
Por José Romero Cardoso*

 


Epitácio Pessoa

A indicação de Epitácio Pessoa para que o sobrinho do poderoso oligarca de nome João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque presidisse o Estado da Paraíba teve raízes na faina corrupta que grassou a unidade federativa quando o renomado político assumiu a gestão executiva brasileira entre os anos de 1919 a 1921. O boom econômico originado com a demanda externa por matérias-primas após a primeira guerra mundial motivou a elaboração de políticas públicas que tinham nas obras de açudagem o principal carro-chefe.

Para evitar fuga de divisas para os Estados vizinhos, Epitácio Pessoa pensou em dotar a capital paraibana de um porto com infraestrutura impecável que pudesse sanar velho problema que prejudicava inexoravelmente as finanças do Estado no qual expressava a figura maior do mandonismo local. Não conseguiu, pois o dinheiro para a construção do porto foi parar nos bolsos dos seus aliados. Nessa época, a porção setentrional paraibana mantinha laços econômicos muito fortes com Mossoró, enquanto a meridional era ligada ao Recife, onde se destacava a família Pessoa de Queiroz como principal agente econômico do processo de exportação da produção gerada no semiárido.


João Pessoa

A barreira orográfica representada pelo planalto da Borborema auxiliava bastante nas decisões dos produtores sertanejos de buscar outros pólos econômicos a fim de realizar negócios lucrativos, tendo em vista a deficiência de meios de transportes eficazes, pois geralmente os deslocamentos eram feitos com tropas de burros. Quando assumiu a presidência paraibana, João Pessoa declarou guerra tributária que atingiu frontalmente a elite sertaneja agropastoril. A taxação sobre a produção, sobretudo a cotonicultura, fez com que a margem de lucros dos produtores caísse consideravelmente. Porteiras foram colocadas em pontos estratégicos para que a taxação sobre os produtos fosse realizada. Dessa forma logo os cofres do Estado foram abarrotados de dinheiro oriundo de majorações exorbitantes.

Em contrapartida, a situação social e econômica sertaneja foi se tornando periclitante, com a alta generalizada dos preços aliada à seca que teve início em 1926 com pequeno intervalo em 1929. Nesse ano a situação tornou-se ainda mais alarmante, pois foi deflagrada a grande crise na bolsa de valores Novayorquina, onde eram comercializadas as matérias-primas indispensáveis à reconstrução européia depois da primeira guerra mundial. Na guerra sem trégua ao mandonismo local, João Pessoa passou a agir de forma impensada sobre as bases do Epitacismo. Destituía ou transferia sem a menor cerimônia pessoas importantes do esquema oligárquico, como chefes de mesas-de-renda. O Estado da Paraíba ficou conhecido como a “Suíça Brasileira”, graças à mão-de-ferro do Presidente que restabeleceu as finanças públicas, extremamente combalidas com a fase aguda de corrupção que marcou as gestões de Sólon de Lucena (1920-1924) e de João Urbano de Vasconcelos Suassuna (1924-1928).

João Pessoa foi convidado pelos governos gaúcho e mineiro para compor a chapa da Aliança Liberal, em vista que havia sido desmanchada a política do café com leite quando da indicação de Júlio Prestes para suceder Washington Luís. Dessa formas, como candidato a vice-presidente, o chefe do executivo paraibano chegou a Princesa, reduto do “Coronel” José Pereira Lima, principal município prejudicado pelas ousadas políticas públicas adotadas pelo sobrinho do poderoso Epitácio Pessoa. João Pessoa e comitiva foram bem recebidos. Princesa, localizada no cordão de serras que divisa o Estado da Paraíba do Estado de Pernambuco, estava toda enfeitada com bandeiras vermelhas, símbolo da Aliança Liberal, pois era o representante do Epitacismo que se encontrava no território que devia vassalagem à expressão maior da política de compromissos que caracterizava a República Velha.



Washington Luis

Quando João Pessoa mostrou a chapa da Aliança Liberal, a qual excluía o nome de João Suassuna, estava sendo selado o rompimento do “Coronel” José Pereira com as bases da orientação política que até então seguia. A confirmação veio quando o presidente chegou à capital e recebeu telegrama do chefe político Princesense em tom desafiador, no qual informava seguir rumo próprio em companhia de correligionários espalhados pelo Estado. Trocas de telegramas cada vez mais acintosos não deixaram margem a nenhuma dúvida, pois João Pessoa escudando-se na defesa da ordem em razão do pleito eleitoral a ser realizado em 28 de fevereiro de 1930 decidiu de forma intransigente enviar tropas para o sertão, sendo declarada neste dia a guerra de Princesa.

Conforme o brioso oficial paraibano Ademar Naziazene, em livro sobre a história da polícia militar paraibana, o número total do contingente a disposição do presidente João Pessoa era 890 combatentes. A primeira investida foi sobre a vila do Teixeira, reduto da família Dantas, invadida pela tropa comandada pelo Tenente Ascendino Feitosa que aprisionou vários membros deste clã sertanejo. À disposição do “Coronel” José Pereira foi formado verdadeiro exército composto de mais de 2.800 homens, armados e municiados principalmente com rifles winchester calibre 44. Depoimentos prestados pelo Coronel Manuel Arruda de Assis ao NDIHR/UFPB registraram que as armas estavam ainda encaixotadas com o selo da importadora Matarazzo.


João Suassuna

A Polícia Militar paraibana lutava com armas obsoletas, com munição vencida, impossível de ser usada de forma adequada. Para tentar contornar a situação dramática, o governo gaúcho montou esquema de contrabando em barris de sebo, tendo em vista que a alfândega, enquanto órgão federal, era controlada pelo perrepistas. Zé Pereira enviou cerca de 500 homens, comandados por Lindu e Luiz do Triângulo, para soltar os Dantas que se encontravam aprisionados e ameaçados de ser sangrados. O movimento armorial, liderado por Ariano Suassuna, reconheceu o gesto heróico, concedendo título de nobreza ao último comandante supracitado, em obra por título “O Romance da Pedra do Reino”.


Foram quase cinco meses de combates inenarráveis, quando se destacaram nomes como Marcolino Pereira Diniz, Manuel Lopes Diniz, Cícero Bezerra, Sinhô Salviano, João Paulino, Caixa de Fósforo, entre outros, do lado do “Coronel” José Pereira, enquanto combatentes fiéis a João Pessoa se destacaram Coronel Elísio Sobreira, Raimundo Nonato, Clementino Quelé, Jacob Franz, gaúcho que saiu do Rio Grande do Sul para servir à causa da Aliança Liberal, entre muitos outros, comandados pelo Secretário de Interior e Justiça José Américo de Almeida. Com total apoio do Palácio do Catete, Zé Pereira conseguiu que Princesa se tornasse território livre e independente, com constituição própria, hino e bandeira próprios, exército próprio, enfim, legalmente separada do Estado da Paraíba. A família Pessoa de Queiroz, com quem o chefe princesense mantinha laços econômicos e pessoais estreitos e marcantes, manteve-se impávida ao lado das oligarquias insurgentes durante toda a luta, não obstante a proximidade familiar com o Presidente João Pessoa.


Cel José Pereira e a arte de Rubens Antônio

 

Sobre Princesa, Ruy Facó destacou em Cangaceiros e Fanáticos que o território transformou-se em fortaleza inexpugnável s que sobre seus muros vacilavam as tropas regulares. Com certeza, pois a cidadela insurgente e seus arredores foram fortificados e defendidos com unhas e dentes na maior demonstração de rebeldia do mandonismo local na República Velha. Em 26 de julho de 1930, após constatar a ausência de ética ensejada pelas batalhas, quando diário e cartas íntimas foram publicadas na imprensa oficial paraibana, o advogado João Duarte Dantas foi à caça do Presidente João Pessoa pelas ruas do Recife, encontrando- o na companhia de amigos na confeitaria Glória. Os tiros que mataram João Pessoa puseram fim à luta e a uma era, pois em outubro de 1930 foi deflagrada a revolução que iria gradativamente cercear o poder dos “Coronéis” e instituir nova ordem abalizada na ênfase ao nacional-populismo que caracterizou o período varguista.

In: C268n Cardoso, José Romero de Araújo. Notas para a História do Nordeste / João Pessoa: Ideia, 2015. 119p. ISBN 978-85-7539-961-3 1. História – Nordeste – Brasil CDU 625 P. 71-74.

Tudo isso e muito mais com José Romero Cardoso, conferencista da noite de abertura do Cariri Cangaço Princesa 2015 !!!

Postado por CARIRI CANGAÇO

FONTE: http://cariricangaco.blogspot.com.br/2015/03/princesa-maior-manifestacao-de.html

*José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Escritor. Professor-Adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.


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12
mar
2015

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Filha de um ex-diretor do Metrô na gestão de José Serra, que mantinha conta no HSBC, Fernanda Mano de Almeida (ela também correntista na Suíça) espalha mensagens como ‘eu tenho vergonha dos políticos brasileiros’ nas redes sociais; seu pai, Paulo Celso Mano Moreira da Silva, é acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público do Estado por suspeita de corrupção com a Alstom; na época da assinatura de um polêmico contrato com a multinacional francesa, ele virou correntista do banco suíço e chegou a ter saldo de US$ 3,032 milhões; Fernanda é uma das beneficiárias da conta

247 – O caso que denunciou o esquema de evasões do HSBC, na Suíça, inclui entre os brasileiros envolvidos a família de Paulo Celso Mano Moreira da Silva. Ex-diretor do Metrô de São Paulo, ele é acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público do Estado por suspeita de corrupção com a Alstom.

Em 1997, Moreira da Silva abriu uma conta no país helvético e acrescentou duas filhas como beneficiárias da conta: Fernanda Mano de Almeida, 41 anos, e Mariana Mano Moreira da Silva, 38 anos. No período em que o Swissleaks é investigado, ele apresentava um saldo de US$ 3,032 milhões.

A ironia do caso é que Fernanda é uma agitadora das redes sociais, militante tucana. Em fevereiro do ano passado, ela postou uma imagem em seu perfil no qual aparece a seguinte inscrição: “Campanha contra a corrupção no Brasil – Eu tenho vergonha dos políticos brasileiros”. Ela também compartilhou imagens de apoio à candidatura de Aécio Neves à Presidência.

Leia aqui reportagem de Fernando Rodrigues sobre o assunto.

Brasil 247


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12
mar
2015

O Governo do Estado apresenta, nesta sexta-feira (13), aos deputados que integram a Frente Parlamentar da Água as obras do Canal Acauã-Araçagi. O secretário de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, João Azevedo, destaca que os parlamentares terão a oportunidade de conhecer a mais importante obra hídrica da Paraíba, que recebe investimentos de R$ 1 bilhão.

“Esse sistema adutor vai abastecer 38 municípios, garantir água para 600 mil pessoas e terá capacidade de irrigar 16 mil hectares, o que provocará mudanças significativas na economia da região”, argumentou João Azevedo, adiantando que 70% das obras do lote I, de 42,8 km, já foram concluídos. O sistema adutor terá extensão total de 112,4 quilômetros.

De acordo com o engenheiro fiscal da obra, Alexandre Machado, está prevista a apresentação da obra em data-show e em seguida a visita a várias frentes de trabalho, iniciando pela tomada d’água na barragem Acauã. Depois, os parlamentares percorrerão alguns quilômetros da obra, que inclui as tubulações e outras etapas da construção.

Cerca de 50 engenheiros atuam na obra considerada a transposição da Paraíba. São engenheiros nas áreas civil, mecânica, elétrica, ambiental, produção, projetos, hidráulica e segurança do trabalho. A obra emprega 1.000 operários, nos lotes I e II.

O canteiro de obras do lote I está localizado no município de Mogeiro. O sistema adutor receberá as águas da Transposição do São Francisco a partir da barragem Acauã, localizada no município de Itatuba. As obras do lote I, com 40,8 km abrangem as cidades de Itatuba, Ingá, Mogeiro, Itabaiana e São José dos Ramos. No lote I, ainda estão sendo construídas duas pontes sobre os rios Surrão e Ingá, e um aqueduto.

No lote II o canal passará por terras dos municípios de Sobrado, Mari, Sapé e Riachão do Poço. O canteiro de obras do lote 3 vai ser instalado entre Mamanguape e Araçagi, com obras nos municípios de Cuité de Mamanguape, Araçagi, Itapororoca e Curral de Cima, numa extensão de 30,58 km.

O canal tem trechos com largura de 120 metros em aberto que está recebendo revestimento impermeável. E trechos com 80 metros de largura por onde passam três tubos de 1,9 metros de diâmetro. A água seguirá os 112,4 km por gravidade média de três centímetros a cada quilômetro.

Secom-PB


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