O ex-candidato a prefeito e diretor geral do Hospital Regional de Princesa Isabel (HRPI), Ricardo Pereira, se reúne nesta segunda-feira (16), em João Pessoa, com o secretário de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Ciência e Tecnologia, João Azevedo, e com o presidente da Cagepa, Marcus Vinicius Neves.
Durante o encontro, Ricardo Pereira vai propor, como solução emergencial no caso de colapso no abastecimento de água em Princesa Isabel, na hipótese de falta de chuvas para recarga mínima capaz de garantir a continuidade do serviço pelo açude Jatobá II, que abastece a cidade, a utilização da água do açude Macapá, administrado pelo Departamento Nacional de obras Contra a Seca (DNOCS), localizado na área urbana.
Ricardo disse que agendou a audiência no início da semana passada, após consultar órgãos e especialistas sobre a viabilidade técnica de captação do volume do Macapá, construído em 1923 pelo antigo Instituto Federal de Obras Contra a Seca (IFOCS).
“O açude Jatobá II está com apenas 3,5% , isto é, 228,222 m³, o pior nível já registrado desde a sua construção, há quase 50 anos, cuja capacidade de armazenamento é de 6.847.200m³. O volume atual foi medido nessa sexta-feira (13) pela Agência Executiva de Águas do Estado da Paraíba (AESA)”, informou.
Segundo Ricardo Pereira, “a situação é de caos inevitável, colapso total, caso as chuvas não cheguem, pelo menos em quantidade suficiente para garantir o abastecimento até que se inicie a chegada de água do projeto de transposição do São Francisco, através da ramificação de Flores (PE), obra que já foi licitada e que aguarda apenas a boa vontade do governo federal”.
Ele afirmou que, de acordo com informações do escritório local da Cagepa, “o volume disponível só vai até o próximo dia 30, se não houver chuva. O volume já está na fase final e há a previsão de mortandade de peixes logo mais.”.
Ricardo aponta que, ”enquanto as chuvas e a transposição não chegam, a solução é retirar água do açude Macapá, que garante um ano ou mais de abastecimento, mesmo com o nível baixo. Precisa de tratamento adequado para ser fornecida e atender à demanda da cidade para banho, limpeza e outras atividades domésticas, já que, com certeza, não serve para consumo humano”.
Para Ricardo Pereira, “é preciso adotar medidas imediatas, efetivas para reduzir a poluição do manancial, como a proibição de lavagem de veículos e animais, além do despejo de esgotos. É imperioso haver um articulação conjunta, uma parceria vigorosa envolvendo DNOCS, Polícia Militar, Cagepa, Ministério Público, Prefeitura de Princesa Isabel, sociedade, como também outras entidades oficiais, civis e religiosas, além da mobilização da classe política nas diversas esferas”.
“O que este em jogo é destino de Princesa Isabel, o bem-estar da população. Por isso, a união de todos é mais que necessária. Vamos esquecer as divergências políticas e darmos as mãos em favor do município”, conclamou.
Ele informou ainda, que, em telefonema dado nesta manhã para o secretário municipal Valmir Pereira (Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano), recebeu “a garantia de que a Prefeitura de Princesa Isabel fará a limpeza de parte da vegetação que tomou conta do leito seco do Jatobá, deixando-o pronto para receber novas águas, com as benções de Deus”.
Por último, Ricardo Pereira explicou que “a medida de retirar água do açude Macapá para abastecer a cidade na hipótese de exaustão do Jabotá II, é eficaz e de custo baixo, de fácil operacionalização, uma vez que vai usar apenas um motor bomba para captar água e, em seguida, fazer a reversão do sistema adutor que leva água tratada da Cagepa para o conjunto Aloysio Pereira”.
“A tubulação do sistema adutor passa pela parede do Macapá, é só inverter o curso do bombeamento. Ou seja: no lugar de mandar bombear água da estação de tratamento para o núcleo habitacional, capta água do reservatório e a envia para estação de tratamento, que fará a distribuição normalmente”, indicou.
Para reforçar o projeto de captação de água do Macapá durante a reunião na segunda-feira, Ricardo Pereira registrou, na manhã deste domingo, a situação dos dois reservatórios.
Acompanhe na sequência de fotos abaixo:
AÇUDE MACAPÁ
AÇUDE JATOBÁ II