Apesar da crise nacional, o secretário de Finanças, Planejamento e Gestão da Paraíba, Tássio Pessoa, afirmou que o Estado se preparou e “vai passar tranquilo pela crise”: “Mostramos que é possível ser um ponto fora da curva”.
Em entrevista ao Sistema Arapuan nesta quarta (8), o secretário garantiu que não vão faltar recursos para investimentos e pagamento de servidores. “A Paraíba vai passar tranquilo pela crise dentro da lógica de preparação. Estados e municípios que não se prepararam vão sofrer, alguns já estão sofrendo. Tivemos uma preparação e conseguimos criar um colchão que desse suporte ao estado para caminharmos na crise e vamos caminhar olhando para o horizonte”, diz.
Pessoa garantiu que o governo não está em crise e que tem recursos para pagar os servidores dentro do mês trabalhado, além do 13°, 14° e 15° para os trabalhadores em educação, como nos anos anteriores, além das bolsas gratificação para o Fisco e a Polícia Militar.
“Não há dinheiro faltando, mas também não há dinheiro sobrando”, alertou. O secretário lembrou que em momentos como esse é preciso ter muita atenção na execução financeira do estado, pois, para ele, “qualquer deslize pode ser fatal”.
Tárcio ainda lembrou que a Paraíba tem alguns empréstimos já realizados e está operando esses financiamentos a exemplo do BNDES, que tem uma liberação de R$ 700 milhões já garantida. “Temos aí a missão da Secretaria do Tesouro Nacional que vem à Paraíba no final do mês para fazer a revisão do programa de Ajuste Fiscal. Cumprimos todas as metas, somos um dos estados menos endividados da federação. Nosso endividamento, levando em consideração a dívida pública é de 14%, o endividamento total é 30% da capacidade, muito baixo”, conta.
Além disso, Pessoa conta que já há alguns empréstimos em vias de negociação já avançada com a CAF para o programa ‘Caminhos da Paraíba II’ que vai viabilizar mais de 1300 km de rodovia. “Temos empréstimos com o banco mundial, setor de recursos hídricos para melhoria da Cagepa e AESA. Temos também o Cooperar II com US$ 90 millhões já em negociação bem avançada e trabalhados para viabilizar o investimento junto ao Banco Mundial”, explica.
Para o secretário, 2015 é um ano economicamente perdido e que o trabalho está sendo feito pensando na perspectiva de 2016 ter um crescimento “ridículo”. “Menos de 1% para um país como o Brasil é muito baixo. O México está crescendo 3%, o Chile 3,5%, o Brasil e a Argentina estão com 0% os dois maiores estão com problemas, mas a Paraíba está mostrando ao país que é possível um estado pequeno ser um ponto fora da curva e mostrar que pequeno pode crescer e se desenvolver”, conclui.
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