O deputado estadual Frei Anastácio (PT) elogiou a postura do governador Ricardo Coutinho em não se curvar diante das calúnias levantadas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), contra o poder executivo, depois dos episódios da última sexta-feira, na Paraíba. “Os caprichos do presidente da Câmara Federal não foram atendidos, nem pelo governador, nem pelo presidente da Assembleia. Ele queria massacrar os movimentos sociais com a polícia de choque na Paraíba.”, disse o deputado.
“Eduardo Cunha desrespeitou os movimentos sociais e tentou fazer o mesmo com o governador do estado, além dos deputados Anísio Maia e Estela Bezerra, com quem me solidarizo pelas mentiras levantadas por aquele deputado”, disse o petista.
Frei Anastácio disse que Eduardo Cunha recusou o pedido feito para que uma comissão de manifestantes falasse durante a sessão, na Assembleia Legislativa. “O povo sabe que, com raras exceções, as bancadas que hoje estão no congresso não representam mais os eleitores. Não são mais bancadas partidárias. São bancadas que representam o Bradesco, a Monsanto, fábricas de balas doces do Rio Grande do Sul e empreiteiras que financiam campanhas”, disse Anastácio.
Segundo Frei Anastácio, o povo sabe que a voz das ruas, que ecoa dos movimentos sociais e daqueles que mais precisam, será a salvação para as mudanças que deverão ocorrer neste país. “São essas vozes que tentaram calar aqui sexta-feira. Vozes que irão ajudar nas mudanças. Mudanças que devem atingir as grandes fortunas com a cobrança de impostos, por exemplo, é uma delas.Quando isso for feito, o Brasil terá por ano cem bilhões de reais”,disse.
De acordo com o deputado, já existe projeto nesse sentido da deputada federal Jandira Feghali, do PC do B do Rio de Janeiro, tramitando na Câmara. “Mas, esse projeto não foi retirado da gaveta pelo presidente Eduardo Cunha. Ele só retira da gaveta, projetos que, de alguma forma, prejudiquem a imagem do PT”, afirmou.
O petista disse que todos que estavam na Assembleia sexta-feira sabem que se tivesse havido respeito aos movimentos, por parte de Eduardo Cunha, a sessão teria sido realizada. “O problema é que ele negou dar voz aos representantes dos movimentos sociais. Esse é o perfil dos que querem dar o golpe na presidência da república. Tomar as rédeas e manipular o povo, sem voz. Levar o povo ao caminho que eles querem. Isso está sendo muito bem feito pela grande mídia, que hoje representa essa direita repressora”, disse.
O parlamentar também fez referência ao que motivou a participação da militância dos movimentos sociais, como a reforma política sem o debate com a população, o posicionamento do presidente da Câmara sobre determinados projetos e como ponto determinante, o PL 4330 sobre a terceirização de trabalhadores. “Nesse momento, o copo da paciência do povo já esta transbordando e quando veio esse PL 4330, sob a terceirização, que é um projeto que rasga a CLT, e debocha do trabalhador, os movimentos estão se organizando para pressionar os poderes, solicitando o rechaçamento de propostas que atinja os direitos trabalhistas”, explicou.
Assessoria