Fotos mostram situação dos poços na Lagoa de São e Cachoeira de Minas
O Ministério Público Federal (MPF) recebeu nessa quarta-feira (15), através da Procuradoria da República de Monteiro (PB), denúncia feita pelo vereador Givaldo Morais (PCdoB) contra a Prefeitura de Princesa Isabel, por indícios de irregularidade no pagamento de serviços de obras hídricas no município com recursos federais.
Segundo Givaldo Morais, “a gestão do prefeito tucano Dominguinhos foi contemplada, em 2014, com R$ 318 mil do programa federal Água para Todos/NE, através do Ministério da Integração Nacional e Sudene, para perfuração de poços e implantação de sistema de abastecimento nas comunidades Lagoa de São João e Cachoeira de Minas”.
Na denúncia, Givaldo relata que, em visitas recentes às obras executadas nas comunidades pelo governo municipal, ele, Ricardo Pereira e os vereadores Irismar Mangueira, Célio de Zé Biró, Robson Matuto e Ednacharles Serafim [Neguinho da Lagoa], “verificaram in loco, diversas irregularidades quanto à aplicação dos recursos federais”.
Entre as irregularidades, o parlamentar cita a “perfuração de poços, com pequena construção em alvenaria, cercada de arame farpado, com obras paralisadas, e sem perspectiva de sua retomada.”
Além disso, segundo Givaldo, “não houve execução de serviços ou medições que justificassem o pagamento, nos meses de novembro de dezembro de 2014, de R$ 128.926,91 à ELF Teixeira Construções e Serviços, empresa contratada para fazer as obras hídricas, conforme detalhamento de empenhos disponíveis no Sagres do Tribunal de Contas da Paraíba”.
“A perfuração de um poço custa, em média, R$ 3,5 mil. Foram perfurados dois, feito um abrigo inacabado, montada um pequena cerca e nada mais. Cadê o restante das obras, como tubulação para distribuição às comunidades, entre outros serviços?”, questionou.
De acordo com Givaldo, “essa mesma denúncia, subscrita por mim, Ricardo Pereira e os colegas da bancada de oposição, já foi formalizada na Sudene, em Recife, no dia 31 de março último”.
Na avaliação de Givaldo Morais, “os poços de Dominguinhos são a prova de sua falta de compromisso, de omissão completa na questão da segurança hídrica no município”.
“Um prefeito que faz isso com recursos federais num período de seca prolongada, que sequer fez a limpeza dos açudes públicos de Lagoa da Cruz com o maquinário do PAC, como solicitou há meses Irismar Mangueira; um prefeito que age dessa maneira quando a cidade vive à beira de um colapso no sistema de abastecimento, com o açude Jatobá morrendo à míngua, não pode ser acreditado, mesmo que deite falação, converse água, miolo de pote, [ele] não têm uma gota de credibilidade”, disparou.
Abaixo, reproduções das denúncias feitas ao MPF e à Sudene e dos pagamentos efetuados pela Prefeitura à empresa contratada.