“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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10
abr
2015

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A taxa média dos juros do cartão de crédito atingiu 290,43% ao ano, segundo pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).  O percentual reflete o aumento das taxas, que, em fevereiro, estavam em 11,67% ao mês e subiram para 12,02% em março. Em fevereiro, a taxa média do cartão de crédito era 276,04% ao ano.

Os juros do cartão de crédito acompanharam as outras cinco modalidades pesquisadas pela associação. Elas também tiveram aumento de fevereiro para março. A taxa média para pessoa física subiu 0,11 ponto percentual, alcançando 6,6% ao mês (115,32% ao ano). Para pessoa jurídica, a taxa média subiu 0,16 ponto percentual, chegando a 3,73% ao mês em março (55,19% ao ano).

A Anefac atribui a alta dos juros ao cenário econômico adverso desde 2014, que aumenta a projeção de inadimplência a partir do crescimento da inflação e do desemprego.

“As expectativas para 2015 são igualmente negativas, o que leva as instituições financeiras a aumentar suas taxas de juros para compensar prováveis perdas com a elevação da inadimplência", ressaltou o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

Agência Brasil


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10
abr
2015

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O Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acompanhado de outros deputados federais, estará nesta sexta-feira (10) na Assembleia Legislativas da Paraíba para a terceira edição do Câmara Itinerante. O programa pretende levar a Câmara dos Deputados até os cidadãos das diferentes regiões do país, para que os parlamentares ouçam as necessidades locais, acolham sugestões e ampliem a agenda legislativa nacional.

Para o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Adriano Galdino, o Estado vem se configurando como cenário importante para as grandes discussões do país. “A Paraíba se coloca novamente na vanguarda das grandes discussões nacionais na defesa da Região Nordeste. Em dezembro passado tivemos o primeiro encontro dos governadores eleitos do Nordeste e agora somos o primeiro estado nordestino a receber o projeto Câmara Itinerante”, ressaltou o presidente da  ALPB.

De acordo com o deputado Eduardo Cunha, a iniciativa reforça o papel da Câmara no fortalecimento do pacto federativo, por meio da aproximação entre o Parlamento brasileiro e a população dos estados e municípios, colaborando para o pleno exercício da representação nas esferas federal, estadual e municipal.

A primeira edição do programa, ocorrida na Assembleia Legislativa do Paraná no dia 20 de março, discutiu a reforma política. Na semana seguinte, o programa levou os debates à Assembleia Legislativa de São Paulo, onde também se discutiu a crise hídrica que atinge o País.

Nos encontros desta sexta, os deputados debaterão, além de reforma política e pacto federativo, a importância do chamado “orçamento impositivo” na execução das emendas parlamentares.

Para participar dos debates, a população pode enviar perguntas e sugestões, em tempo real, por meio do portal e-Democracia ou pelo e-mail [email protected]. Usuários do instagram e do twitter podem usar a hashtag  #camaraitinerantePB

Serviço:

8h30 Abertura da sessão de debates do Câmara Itinerante na Assembleia Legislativa da Paraíba, com a participação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de outros deputados federais.

11h20 Coletiva de imprensa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Agência ALPB


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10
abr
2015

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Ex-deputado é um dos alvos da 11ª fase da operação da Lava Jato, conduzida pelo juiz Sergio Moro; ele foi preso nesta manhã, em Londrina, no Paraná; ao todo, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão, 16 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva, nessa etapa que foi classificada como "Origem", nos estados de Paraná, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo; também foi preso o ex-deputado Luiz Argôlo

Paraná 247 – O ex-deputado federal André Vargas, que foi cassado no ano passado, foi preso nesta manhã, em Londrina, na 11ª fase da operação da Lava Jato, conduzida pelo juiz Sergio Moro.

Ao todo, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão, 16 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento.

Os seis estados envolvidos nesta fase são Paraná, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. A ação foi batizada de ‘Origem’.

Os crimes investigados, segundo a Polícia Federal, são: organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.

Vargas foi cassado por ter usado um avião emprestado pelo doleiro Alberto Youssef.

Nesta fase da Lava Jato, também foi preso o ex-deputado Luiz Argôlo, da Bahia, que era um dos mais próximos ao doleiro Youssef.

Brasil 247


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qui
09
abr
2015

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“Exaustão do Jatobá II é uma tragédia anunciada desde 2012”, afirma vereador

Irisimar 1O vereador Irismar Mangueira (PCdoB) lamentou, nesta quinta-feira (9), que “somente agora  a situação crítica do açude Jatobá II, que está à beira de um colapso, seja pauta de preocupação da sociedade em geral”.

Segundo ele, “o provável colapso no abastecimento de água em Princesa Isabel é uma tragédia anunciada. Mais precisamente a partir de 2012, o reservatório começou a dar sinais de exaustão iminente, por vários motivos, agravados com a pior estiagem prolongada já registrada nos últimos 80 anos”.

“Eu, particularmente, desde então alertei sobre a situação, fiz denúncias e cobranças em várias esferas, como Ministério Público Estadual, DNOCS, Ministério Público Federal, Ibama, além de engrenar o engajamento de instituições como a Igreja e o IFPB,  mas tudo continuou sem solução. Nenhum órgão oficial  ofereceu uma solução legal à luta que, apesar de tudo, não foi em vão, pois estou com a consciência tranquila do dever cumprido”, desabafou.

“À época, fiz o combate à utilização indevida do uso da água do manancial, além de outras práticas nocivas, como irrigação, uso de agrotóxicos, desperdício da própria Cagepa com vazamentos na rede de distribuição, afora a subtração do produto por carros-pipa clandestinos e o abastecimento legal desordenado, entre outras coisas, pelas quais  fui alvo de incompreensões e aborrecimentos”, revelou.


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09
abr
2015

PREVISÃO 9

A chuva caída entre a noite de ontem (8) e a madrugada desta quinta-feira (9) acumulou 26,2 milímetros em Princesa Isabel, 17,4 mm em Teixeira e 8,8 mm em Água Branca. Em são José de Princesa o índice foi de 8,6 mm, enquanto Manaíra anotou 3,9 mm.

Os dados são do Escritório Regional da Emater de Princesa Isabel.

Houve registro de chuva noutros municípios da Serra do Teixeira, mas os volumes não foram disponibilizados.

Para hoje, a previsão aponta nebulosidade variável com pequena possibilidade (30%) de pancadas de chuva em Princesa Isabel, Manaíra, Juru, Tavares, Água Branca e São José de Princesa, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

Na maioria dos municípios, a temperatura máxima prevista é de 31°C, e a mínima, de 20°C.

Abaixo, a previsão do CPTEC para a região Nordeste:

No leste da BA: muitas nuvens e chuva. No sul da BA: possibilidade de chuva. No nordeste da região: muitas nuvens, com possibilidade de chuva a leste. Nas demais áreas da região: variação de nuvens e pancadas de chuva isoladas a qualquer hora. Temperatura estável. Temperatura máxima: 34°C no nordeste da BA. Temperatura mínima: 19°C no sudoeste da BA.


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09
abr
2015

Trabalhadores da construção civil
O acumulado dos últimos 12 meses registra queda de 7,7%

As vendas de materiais de construção sofreram queda de 5,4% em março, na comparação com o mesmo mês em 2014, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Em relação a fevereiro deste ano, houve alta de 3,2%.

No acumulado no primeiro trimestre deste ano, o setor apresentou queda de 8,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O acumulado dos últimos 12 meses registra queda de 7,7%.

“As vendas neste primeiro trimestre continuam baixas refletindo, principalmente, a forte queda na atividade das construtoras, tanto no segmento imobiliário quanto nas obras de infraestrutura. O segmento do varejo continua positivo, mas não o suficiente para neutralizar a perda de vendas em outros segmentos”, avalia o presidente da Abramat, Walter Cover.

A expectativa de crescimento do setor para 2015 é 1%, apoiada na manutenção dos atuais incentivos do governo, como a desoneração da folha de pagamentos, a expansão dos investimentos em concessões e a terceira fase do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Agência Brasil


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09
abr
2015

“O caixãozinho era uma miniatura perfeita. Dentro, uma boneca de pano toda espetada de agulhas e alfinetes, como os bonecos do vodu”

Otávio Sitônio

O caixão era uma pequena joia de marcenaria, igual em tudo a um esquife de verdade. Só que era pintado de preto – o que lhe dava um aspecto mais soturno. Não media mais que 30 centímetros de comprimento por seis de largura, e uns quatro de altura. A tampa abria-se lateralmente, com dobradiças. Era a única diferença das urnas de verdade.

Não sei por que os caixões de defunto têm tampas parafusadas, hermeticamente fechadas. Seus passageiros não vão fugir. E se algum deles envivecer, acometido que estava de catalepsia, não terá como remover a tampa atarraxada por meia dúzia de possantes parafusos. Qual será o percentual de defuntos que envivecem durante os funerais, ou que são sepultados vivos? Fala-se de casos de ossadas encontradas emborcadas dentro dos caixões, como sinal aos vivos de que se apressaram em despachar o suposto falecido.

Na nossa cultura, é costume se enterrar os mortos ainda no dia de seu falecimento. Nos países do hemisfério norte se passam dias com os defuntos dentro de casa; dá tempo deles envivecerem, se for o caso. Mas, ao sul do Equador, os cadáveres têm pressa, ou seus donos. Penso nisso toda vez que vejo mãos diligentes arrochando os parafusos das tampas dos caixões nos minutos finais, quando o pranto eleva-se sustenido. Deviam demorar um pouco mais, e com as tampas soltas, presas só com dobradiças como o pequeno caixão de AK.

O caixãozinho era uma miniatura perfeita. Dentro, uma boneca de pano toda espetada de agulhas e alfinetes, como os bonecos do vodu. Ele disse que encontrara o caixão no jardim de um fulano rico. Essas coisas não se encontram em casa de pobre, pois os pobres não têm dinheiro para dar a quem ache. AK era um feiticeiro que trabalhava para a burguesia, desmanchando coisas feitas, bocas de sapo costuradas com o retrato ou o nome da pessoa.

– Pode pegar, pode pegar, já está neutralizado – dizia o bruxo diante da minha recusa em segurar o caixão e seu boneco estrepado. Ele dizia algumas coisas pertinentes:

– Tá aqui um homem em que relógio nenhum funcionou certo no pulso dele.

Realmente, nenhum relógio trabalhara certo no meu pulso, suíço que fosse, ou japonês: atrasava ou adiantava.

– Nunca passou um dedo de graxa no sapato.

Meus pés estavam debaixo da mesa; como o bruxo vira esse detalhe, na primeira vez que nos falávamos?

Essas e outras me fizeram procurá-lo quando vivi um transe existencial. E reencontrei seu pequenino caixão numa sessão de cura de um de seus clientes. Era um farmacêutico de renome na cidade, cuja mulher não encontrava cura para um mal-estar que a perseguia. Coisa feita. AK trabalhava em dupla com outro bruxo, que recebia o espírito de um compositor popular falecido. Eram secundados por um casal de feições lombrosianas

O médium esfregava velas nas mãos e as fixava paralelas na parede. Em pós, escrevia as intenções dos assistentes numa tira de papel e a colocava entre a vela e a parede, podes crer. Depois de horas de cantorias, ouviu-se uma pancada no fundo da sala: o pequeno caixão apareceu perto da megera assistente. O médium disse que fora buscá-lo no cemitério, com risco de vida. Dentro, uma boneca frechada de agulhas. A mulher do farmacêutico sentiu-se aliviada. A coisa fora desmanchada.

Nunca mais vi AK. Mais tarde vim saber que ele tinha um conluio com um pedreiro que plantava os caixõezinhos na parede das suítes das casas que fazia para pessoas abastadas. Eram clientes em potencial de AK. Ele se habilitava para desfazer as coisas feitas, e descascava o reboco da suíte na presença do dono da casa, de onde tirava o caixão com seu boneco agulhado. O aflito burguês sentia-se aliviado, inclusive do excesso de dinheiro no seu bolso cheio.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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