dom
24
fev
2013

Dentro do jogo político, a articulação que o governador Ricardo Coutinho (PSB) tem feito no sentido de rachar o PMDB, recebendo apoios de prefeitos e flertando com lideranças como Wilson Santiago e Gervásio Filho, é considerada uma jogada de mestre, apesar de básica.

Ao dividir o PMDB, Ricardo enfraquece os adversários ao tempo em que esvazia um exército e fortalece o seu. Sobretudo se o movimento sugerir a adesão das castas ainda mais altas do PMDB. Tal jogada, no entanto, requer alguns cuidados. O principal deles ensina que não adianta ganhar apoios novos se eles vão representar perda dos apoios antigos. Eis a matemática peculiar da política. Nem toda soma representa mais.

Mais claramente é preciso dizer que todo o processo de trabalho sobre o PMDB deve ser feito bem casado com os aliados atuais, em especial o senador Cássio Cunha Lima.

Porque, sejamos rasteiros, de todas as articulações que se possa fazer, no campo político, porque administrativo é desempenho de gestão, para reeleição de Ricardo Coutinho em 2014 a prioritária é a manutenção da aliança com o Cássio Cunha Lima e o PSDB. O resto, como disse um amigo, é resto.

Tanto é que a oposição na Paraíba, do menor ao mais graduado opositor ao governo atual, tem dito que Cássio Cunha Lima saindo candidato colocaria a reeleição do governador em risco. Ou seja, mesmo com as intenções embrionárias de Veneziano Vital do Rego em disputar a cabeça de chapa, a esperança mais viva na oposição é ter Cássio contra Ricardo.

Uma forma de, como disse um observador da política paraibana, “gozar com o Cássio dos outros”, uma vez que, até que se prove o contrário, o senador tucano segue firme no caminho da reedição da aliança de 2014. Demonstrando falta de perspectiva, a oposição se agarra à divagação de ter Cássio no palanque contrário ao de Ricardo.

Assim, os movimentos sobre o PMDB devem ser partilhados com o senador tucano, para que a divagação não vire realidade. Quem sabe o tal encontro de Cássio com Luciano Agra, que quer fazer mídia do tema, já não foi um recado daqueles do tipo “também sei fazer ciúmes”?

Pelo sim ou pelo não, a lógica diz que quem cria Galo de Campina não leva gato pra casa.

Blog do Luís Tôrres


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