O anúncio de reajuste salarial para os servidores do Ministério Público, programado para acontecer até essa sexta-feira (18), não foi feito pelo Procurador-Geral Bertrand Asfora e acabou frustrando a categoria, que aguardava a definição do índice para o ano de 2016.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público, Daniel Guerra, lamentou o não cumprimento do compromisso assumido com a classe e se disse surpreso com o fato, pois havia recebido do Procurador-Geral a garantia de que estudos haviam sido feitos e que a categoria teria direito a um bom reajuste dentro da atual realidade econômica do país.

De acordo com ele, tanto o Ministério Público quanto a Assembleia Legislativa já entraram em recesso e o Projeto de Lei que definiria o reajuste não foi encaminhado para ser votado na Casa de Epitácio Pessoa. O dirigente lembrou que outras categorias, a exemplo do judiciário, já estão com suas recomposições salariais asseguradas em lei para próximo ano.

Diante do impasse para o anúncio, a diretoria do sindicato se dirigiu até o gabinete do Procurador-Geral para tentar uma audiência. “Quando chegamos à sede do MP, fomos informados que Dr. Bertrand não estava em seu gabinete. Tentamos o contato telefônico por diversas vezes, mas não obtivemos sucesso, mas para nossa surpresa quando já estávamos saindo, obtivemos a informação de que Procurador-Geral encontrava-se em reunião na Procuradoria tratando de outras questões”, lamentou.

Daniel Guerra disse que por conta de todo esse episódio, não restou ao sindicato outra alternativa, que não fosse reunir a categoria em assembléia para discutir os próximos passos da negociação e impulsionar a campanha salarial 2016. “Estamos lançando edital para uma assembléia geral já na primeira semana de janeiro com a participação de todos os servidores para que juntos possamos assegurar nossos direitos”, finalizou.

Ascom