sáb
12
dez
2015

Manoel Júnior nega integrar

O deputado federal Manoel Junior (PMDB) negou integrar a "tropa de choque" que defende o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), acusado de quebra de decoro parlamentar, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Questionado sobre sua postura e defesa do colega, Júnior afirmou que não é verdade que tenha assumido esse papel, mas que também não defenderá a cassação de Cunha para evitar cometer "erros irreparáveis".

"Já tivemos vários exemplos de parlamentares injustiçados com o nome jogado na lama, punidos pelo Conselho de Ética, cassados, e depois inocentados pelo Supremo Tribunal Federal. Mas e aí? Quem poderia devolver seus mandatos?  E o desgaste moral que sofreram?", indagou o parlamentar que lembrou o caso do ex-senador Ney Suassuna – que tinha uma eleição praticamente ganha (segundo ele) e perdeu por ter seu nome envolvido no escândalo conhecido como Sanguessuga e depois foi inocentado. "Hoje mesmo a imprensa divulga que o TRF (Tribunal Regional Federal) inocentou o deputado Carlos Dunga, que teve o nome também envolvido no mesmo caso. Não há político mais probo que Marcondes Gadelha, também acusado e inocentado. Então, não se trata de defender Cunha, mas defender que a pena imposta não seja irreparável, como é a cassação", avaliou Manoel Junior.

O deputado também disse que ainda não tem uma posição firmada em relação ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "É preciso avaliar três fatores em um pedido de impeachment: o componente político, a ordem técnica da peça jurídica e a voz das ruas. Vou avaliar com profundidade o que diz a ordem técnica e a defesa que a presidente apresentar, vou escutar a posição do meu partido, mas, sobretudo, vou ouvir a minha consciência antes de decidir o meu voto", argumentou.

Com relação ao episódio da carta enviada pelo vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma, Manoel Junior se mostrou solidário ao vice, que também é presidente de seu partido, o PMDB, e atestou que ele está muito tranqüilo. "Ele fez uma carta pessoal colocando seus dissabores e mágoas quanto ao comportamento dela. Temer é um homem comedido, discreto", afirmou o deputado. Ele lembrou que o ajuste fiscal foi aprovado graças à articulação do vice-presidente.

ParlamentoPB


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