Rápido no gatilho quando se trata de apontar o outro com o dedo sujo, o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba ainda não veio a público explicar aquele negócio tenebroso da venda de férias pelos seus conselheiros, denunciada pelo Sindicato dos Profissionais de Auditoria (Sindcontas) e que rendeu, aos beneficiados, algo em torno de R$ 6 milhões e 400 mil nos últimos seis anos.
O assunto foi questionado pelos auditores, mas para o TCE a coisa é normal, natural e engorda. A eles é concedido um direito que não chega à casa do servidor comum, obrigado a tirar trinta dias de férias por ano e a receber um terço. Os conselheiros, ao contrário, têm direito a 60 dias, mais 15 de rebarba, não gozam tudo e vendem o resto não gozado como se fosse mercadoria em meio de feiras. E vendem caro. O quadro abaixo mostra como o negócio é bom, da China, rentável e rendoso. O presidente do Sindcontas, Marcos Patrício, garante que não existe lei que regule a forma de compensação de férias não gozadas. Ele também informou que já procurou o presidente do TCE para pedir providências capazes de corrigir isso, mas até agora o Tribunal nada fez.
Vendo os privilégios e vendo mais ainda os privilegiados, uma pergunta vem à tona e tem que ser feita:
-Será que esse povo caga?
Blog do Tião Lucena
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