Um laudo de uma equipe internacional de peritos divulgado nessa sexta-feira (8) atesta que o poeta chileno Pablo Neruda morreu de câncer, e não por envenenamento. A conclusão foi tomada a partir de exumação do corpo realizada em abril deste ano, por solicitação de familiares de Neruda.
Laboratórios da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e da Universidade de Múrcia, na Espanha, foram usados para exames toxicológicos. "Confirmaram-se, por diversas técnicas complementares entre si, a existência de lesões metastásicas disseminadas em vários dos segmentos do esqueleto, em justa correspondência com a doença da qual vinha sendo tratado Pablo Neruda", diz o informe publicado pelo diretor do Serviço Médico Legal, Patricio Bustos, no Auditório dos tribunais de Família de Santiago.
O poeta morreu em 23 de setembro de 1977, 12 dias depois do golpe de Estado que depôs o governo democraticamente eleito de Salvador Allende, que morreu na ocasião – motivo de outro grupo de controvérsias. Nas semanas anteriores à morte, Neruda estava se tratando de tumor de próstata na Clínica Santa María de Santiago, na capital do país.
EBC
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