Henrique Annes apresenta em Triunfo-PE neste domingo show que comemora 50 anos de violão


Foto: Inês Campelo DP/D.A Press

O violonista pernambucano Henrique Annes, 66, realiza neste domingo (27) show comemorativo dos seus 50 anos de violão, às 20h30, no Theatro Cinema Guarany, em Triunfo (PE), com entrada de graça para todos.

O show que celebra o meio século de intensa e fecunda atividade musical – completado em 2012 – começou pelo Recife no início deste mês e agora segue pelo interior de Pernambuco.

O concerto, denominado “Projeto Jubileu das Cordas”, apresenta um repertório mais popular do músico erudito que, ainda jovem, nos 1960, acompanhou o inigualável Canhoto da Paraíba no disco “Único Amor”, gravado pelo selo da extinta Rozenblit, do Recife.

O consagrado instrumentista apresentará seu show ainda neste mês em Garanhuns (28), Arcoverde (29), Caruaru (30) e Surubim (31), acompanhado do percussionista George Rocha e de Beto do Bandolim.

Henrique Annes também receberá no palco amigos e convidados que integram a linhagem clássica da música instrumental brasileira na atualidade.

P.S.: O imponente e belíssimo Theatro Cinema Guarany é um espaço cultural mantido pelo Governo de Pernambuco por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE).

Princesa Isabel não tem nenhuma edificação tal qual o Guarany, que conheço de perto nas dezenas de centenas de viagens que fiz àquela cidade, mas tem outras igualmente belas e imponentes, como o prédio da antiga Sanbra, o ex-quase-futuro Museu Histórico, que poderia ser um equipamento de múltipla utilização cultural, abrigando cinema, teatro, museu, escola de música e canto e mais coisas. Felizmente, há o Espaço Nordeste, mas poderia haver mais, muito mais do que prometem os políticos em tempos miraculosos de eleição.

Em matéria de cultura, atravessamos um período de retribalização, uma volta à barbárie.

Sem retorno, parece.

Abaixo, reprodução do convite oficial do show (imperdível) de Henrique Annes, enviado pelo também violonista André Vasconcelos, gestor do Theatro, via Francisco Florêncio, o (ainda) guardião mecenas da memória histórica e cultural da terra dos sem-cultura.

Comentários (4)
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  • José Ricardo

    Estaremos lá neste importante evento!!

    Espero que Princesa Isabel um dia possa ter concertos com essa frequência, como sempre ouço falar dos de Triunfo, por que não ter em Princesa também? Assim como aulas de musicalização nas escolas, dentre outras coisas, (uma reforma política), bom, eu acredito em milagres… Quem sabe na minha próxima visita algo já tenha melhorado!

    Viva o violão brasileiro e a cultura nordestina!

  • José Ricardo

    Estaremos lá acompanhando este importante evento…

    Como eu acredito em milagres, espero que Princesa um dia aprenda a valorizar concretamente seus artistas e, por que não, também um dia passe por uma reforma política. É preciso políticas que estimulem CONCRETAMENTE a cultura, a educação, a musicalização desde cedo (como já bem disse em outra ocasião o caro Francisco Florencio). Quem sabe assim as pessoas vão acordar para as verdadeiras riquezas desta terra.

    Viva o violão brasileiro e a cultura nordestina!

  • Francisco Florencio

    É isso aí. Triunfo, cidade bem menor que Princesa nos aponta como promover cultura. Se a seca de aguas desertifica a terra, a seca de cultura esteriliza a mente. Um grupo de princesenses estará participando do evento, inclusive o violonista José Ricardo – talentoso instrumentista princesense – levará a Henrique Annes a presença de seu antigo parceiro Canhoto. Quanto a referencia a mim como mecenas, isso é passado. Acabaram as pérolas, sobraram porcos. E por falar em cultura, dedico-lhe este soneto do paraibano Augusto do Anjos, sempre atual para compreensão do mundo que vivemos

    VERSOS ÍNTIMOS

    Vês! Ninguém assistiu ao formidável
    Enterro de tua última quimera.
    Somente a Ingratidão – esta pantera –
    Foi tua companheira inseparável!

    Acostuma-te à lama que te espera!
    O Homem, que, nesta terra miserável,
    Mora, entre feras, sente inevitável
    Necessidade de também ser fera.

    Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
    O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
    A mão que afaga é a mesma que apedreja.

    Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
    Apedreja essa mão vil que te afaga,
    Escarra nessa boca que te beija!