Humilhado pelo TRF, Temer estuda não recorrer para posse de Cristiane

Após ser humilhado pelo TRF  (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, que manteve a decisão da primeira instância que suspendeu a posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), condenada por ferir leis trabalhistas, no comando Ministério do Trabalho, Michel Temer já estuda não recorrer a instâncias superiores; situação colocou o emedebista em uma sinuca de bico: evitar o desgaste com o risco de uma nova derrota na Justiça ou melindrar sua base aliada, cada vez mais minguada; em um claro sinal de que é refém das forças políticas que sustentaram o golpe, Temer vai consultar o presidente nacional do partido e pai de Cristiane, Roberto Jefferson, antes de tomar qualquer decisão; avaliação é de que qualquer sinal de desistência teria potencial de abrir uma guerra com o PTB, que se estenderia às demais siglas da base aliada.

247 – Com uma nova derrota na Justiça Federal, o presidente Michel Temer avalia alternativas para não deflagrar uma crise política com o PTB, criando o risco de um desgaste contaminar a relação com toda a base aliada.

Na noite desta quarta-feira (10), o TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região manteve novamente decisão da primeira instância que suspendeu a posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o comando do Ministério do Trabalho.

Os recursos eram a última alternativa do presidente para tentar empossar a parlamentar sem passar pela terceira instância, que deu sinais ao Palácio do Planalto de que está disposta a manter a suspensão caso seja acionada.

O presidente considera agora se irá recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) ou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), aumentando o desgaste do governo com o risco de uma nova derrota, ou irá pressionar o PTB a indicar um novo nome, o que deverá criar mal-estar com a sigla.

Para tomar essa decisão, a intenção dele é consultar nesta quinta-feira (11) o presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, responsável pela indicação da filha para a pasta.

A avaliação é de que qualquer sinal de desistência ou falta de empenho do governo para a posse da deputada federal teria potencial de abrir uma guerra com o PTB, que se estenderia às demais siglas da base aliada.

As informações são de reportagem de Bruno Boghossian na Folha de S.Paulo.

Brasil 247

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