Temer deve jogar a toalha e deixar Previdência para o ano que vem

Apesar de ter não poupado esforços —e dinheiro público— para tentar aprovar com rapidez a reforma da Previdência, Michel Temer deve jogar a toalha e deixar a votação da garfada na aposentadoria dos brasileiros para fevereiro do ano que vem; adiamento já é admitido por aliados, após balanço recente do Planalto indicar um placar estacionado em torno de 270 votos a favor da medida; ou seja: ainda bem distante dos 308 necessários para a aprovação; "Se não conseguirmos [votar na semana que vem], vou sentir que perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra", disse o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que assume na quinta como ministro da articulação política (Secretaria de Governo); Temer e seus aliados sabem que, com a votação ficando para  ano que vem, as chances de derrota são maiores, uma vez que se trata de um ano eleitoral.

Com dificuldade para obter votos até a próxima semana, Michel Temer e aliados admitem a possibilidade de deixar para fevereiro a votação da reforma da Previdência.

O balanço mais recente feito pelo Planalto apontou um placar estacionado em torno de 270 votos, abaixo dos 308 necessários. A ideia do governo é tentar votar o texto entre os dias 18 e 20, antes do início do recesso parlamentar.

Para tanto, quer iniciar na quinta (14) o debate o em plenário como forma de estimular líderes partidários a sair publicamente em defesa da proposta –ao mesmo tempo, sentir a temperatura do quadro de votos.

Porém, diante do risco de não conseguir levar a estratégia adiante, o Planalto passou a formular o discurso de que a votação pode ficar para fevereiro. "Se não conseguirmos [votar na semana que vem], vou sentir que perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra", disse o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que assume na quinta como ministro da articulação política (Secretaria de Governo) com a missão de angariar mais apoio à reforma.

As informações são de reportagem de Gustavo Uribe, Marina Dias, Daniel Carvalho, Maeli Prado, Natália Cancian e Thais Nilenky na Folha de S.Paulo.

Brasil 247

Comentários (0)
Adicionar comentário