Ombudsman pede autocrítica da mídia na cobertura de operações da PF e MP

A jornalista Paula Cesarino Costa, ombudsman da Folha de S. Paulo, criticou neste domingo, 10, a cobertura da mídia como um todo, e especificamente da Folha, sobre as operações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; "É preciso tirar do chamado piloto automático a cobertura das operações policiais, de seus agentes e de seus métodos", diz ela; "A imprensa precisa estar preparada para não ser apenas reprodutor de informações passadas por procuradores e policiais, por vezes de maneira incompleta ou manipuladora. É preciso investigação própria e uma narrativa crítica, fundamentada em fatos e equilibrada", critica.

A jornalista Paula Cesarino Costa, ombudsman da Folha de S. Paulo, criticou neste domingo, 10, a cobertura da mídia como um todo, e especificamente da Folha, sobre as operações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Ela criticou as operações da Polícia Federal contra universidades públicas brasileiras.

"É preciso tirar do chamado piloto automático a cobertura das operações policiais, de seus agentes e de seus métodos. Tais ações têm evidente interesse público. Cabe à imprensa cobrar de investigados e investigadores. Leitores questionam como lidar com as operações de modo a analisá-las também por eventuais inconsistências, arbitrariedades, objetivos políticos. Além de avaliar sua divulgação ou não", diz ela.

Costa afirma que que a imprensa não pode embarcar no clima que domina parcela da sociedade brasileira de acreditar que todos são corruptos, até que provem não sê-lo. "Chegou o momento de jornais e jornalistas aprofundarem discussões e reverem os procedimentos que adotam ao divulgar investigações do Ministério Público e das instituições policiais", afirma.

"A imprensa precisa estar preparada para não ser apenas reprodutor de informações passadas por procuradores e policiais, por vezes de maneira incompleta ou manipuladora. É preciso investigação própria e uma narrativa crítica, fundamentada em fatos e equilibrada", critica.

A ombudsman da Folha questiona que papel jornalistas e jornais pretendem assumir num mundo cada vez mais radicalizado, com condenações sumárias. "São respostas que proponho que leitores e jornalistas busquem e debatam na tentativa de refletir sobre a gravidade do momento que o país vive", afirma.

Leia na íntegra o texto.

Brasil 247

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