Conversa pra ouvido de mercador…

Até quando a feira livre de Princesa Isabel – a maior da Serra do Teixeira, e que rivaliza até com outras de cidades do Vale do Pajeú, no Sertão de Pernambuco – vai ficar refém do espaço inadequado, absolutamente impróprio, sem a mínima infraestrutura para que ofereça algo que se possa denominar de pelo menos ‘precário’?

Entra prefeito, sai prefeito, e tudo continua do jeito que está. Não há nenhum projeto à vista, e o espaço atualmente ocupado mais parece um mercado persa pocigaldo.

A última iniciativa digna de registro foi nos anos 1970, com a construção do Mercado Público Municipal na administração operosa do então prefeito Antônio Nominando Diniz, o Dr. Antônio. Mas ele, o prefeito que fez um mercado quase modelo para os padrões interionanos da época, era um intelectual, um poeta, um fazedor de sonhos possíveis que ingressou na política apenas para poetizar em cimento, cal e tijolo a sua musa: o bem-querer coletivo.

De lá pra cá, são quatro décadas de puro imobilismo.

O mais, parece ser conversa de feira, livre de compromissos nada poéticos.

(O mercado, mesmo com suas deficiências provocadas por 40 anos anos de atividades e falta de cuidados, foi criminosa e impunemente desativado nos estertores da administração antecessora).

Comentários (5)
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  • MANÉ DO MAIA

    Depois de Dr. Antônio de seu Mano, que foi mesmo “um fazedor de sonhos”, só tivemos “fazedores de pesadelos inimagináveis”. Princesa não merece isso.

  • ANA

    Zé Duarte, você falou a verdade com lindas palavras. Princesa precisa já de um mercado público, pois a feira livre é uma vergonha.

  • Marcos

    Concordo com tudo que escreveu Emanuel Tenório. Alguém precisa pagar por esse crime. E o prefieto atual o que fez para mudar essa situação?

  • PRINCESENCE

    Parabéns ao jornalista pelo belo comentário feito. O Dr. Antônio, pai de Zé e Totonho, fou um dos maiores preeitos de Princesa. Fez o matadouro, o mercado, quadra de esporte onde hoje é o Banco do Brsil, e criou grupo de teatro com Fernando Teixeira, um renomado profissional da área, referência na Paraíba. Pena como homens como Dr. Antônio não existam mais. Gostei do artigo, do estilo primoroso do nobre jornalista. continue assim.

  • Emanuel Tenório Iluminata

    Vergonhoso o que fizeram e ter ficado por isso mesmo. Os feirantes era para terem acionado o ministerio público por esse crime contra eles e o patrimonio público.