Chico e Francisco: como Moro trata vazamentos contra Lula e Toffoli

Jornalista Luís Nassif lembra que o delegado da Polícia Federal Hille Pace acusou Lula de estar em uma suposta planilha da propina da Odebrecht; mesmo sem prova alguma, o juiz Sérgio Moro não se manifestou; "O mesmo delegado Hill Pace incluiu o nome do Ministro Dias Tofolli, do Supremo Tribunal Federal, em outro relatório, sobre o caso Bumlai", lembra ele; Moro classificou a conduta do delegado de "leviana" mandou retirar o trecho do relatório.

Por Luis Nassif, no Jornal GGN Em um inquérito da Polícia Federal, o delegado da Polícia Federal Hille Pace acusou Lula de estar em uma suposta planilha da propina da Odebrecht. Seria o "amigo" mencionado na planilha.

Não havia nenhuma prova acompanhando a acusação. Mesmo assim, o delegado escreveu a acusação em um relatório oficial. Não houve nenhuma reação do juiz Sérgio Moro. E a defesa de Lula teve que processar o delegado em um processo de reparação de dados morais (https://goo.gl/1rCCPp).

O mesmo delegado Hill Pace incluiu o nome do Ministro Dias Tofolli, do Supremo Tribunal Federal, em outro relatório, sobre o caso Bumlai. Registrou que o nome estava no caderno de endereço e colocou todas as ressalvas devidas: o fato do nome estar lá, por si, não significava nada.

Mesmo assim, sofreu uma reprimenda pública do juiz Sérgio Moro (https://goo.gl/yBnuQO). Em um inédito – porém explicável – ataque de garantismo, Moro foi duro:

"Apesar da ressalva, o fato é que a conclusão anterior não tem base empírica e é temerária. O fato de algum investigado possuir em sua agenda números de telefones de autoridades públicas não significa que ele tem qualquer influência sobre essa autoridade. O relatório contem afirmação leviana e que, por evidente, deve ser evitada em análises policiais que devem se resumir aos fatos constatados".

Brasil 247

 

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