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10
mar
2016

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O senador, Cássio Cunha Lima (PSDB), comentou a respeito do jantar realizado na casa do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), com a participação dos senadores tucanos: Aécio Neves (MG), José Serra e Aloysio Nunes (SP) e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta quarta-feira (09).

Cássio confirmou o temor do Palácio do Planalto de perder Renan que atua como fiador da governabilidade e passe a apoiar o impeachment de Dilma (PT), apontando que a reunião teve o intuito de ampliar as conversas e buscar novos aliados e não opinou a respeito de ao menos três dos presentes: Renan, Aécio e Romero Jucá, terem sido delatados pelo ex-senador petista, Delcídio Amaral.

“O que se combinou foi que conversas serão ampliadas, vamos buscar caminho de mobilização nas ruas”, afirmou Cássio. Ele pregou o afastamento imediato do presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB), apontando as manobras no Conselho de Ética até com falsificação de assinaturas para forjar um documento que beneficiava a defesa do peemedebista.

Para Cássio é preciso agir nesta direção, pois com a saída de Cunha da Câmara, traria o “conforto que a Justiça Eleitoral precisa ter para dar sequencia ao processo de impeachment”. O tucano acredita que enquanto Cunha estiver na Casa é um fator de impedimento para o TSE, pois cassados a presidenta e o vice, quem assume é o presidente da Câmara por 90 dias “e ele não pode assumir nem por nove segundos”, apontou.

Mudando o discurso, Cássio acusou falta de capacidade do governo para dialogar com os diversos setores da sociedade e falta de credibilidade. “Popularidade não é motivo de impeachment, nem a crise se aprofundar, mas quando não tem credibilidade. Tudo isso nasce das mentiras que foram pregadas na campanha eleitoral e levaram Dilma à vitória”, disse.

O jantar foi marcado para discutir possíveis cenários em caso de afastamento da presidenta e também entrou na pauta a delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que citou Renan, Aécio e Romero Jucá (PMDB-PE) em depoimento aos procuradores da Lava Jato.

Os parlamentares já conversam a respeito da possibilidade de instalação do regime semi-presidencialista. “A comissão não foi instalada, assinei o requerimento para a criação da comissão, é um processo legislativo normal, já se discute há mito tempo. Hoje muitos países adotam regime semi-presidencialista, vamos aguardar, é uma alternativa que se tem, mas nada avançado, a comissão não está sequer formalmente instalada”, explicou.

Para o senador, a intenção é encontrar um novo modelo que possa evitar essas crises que o Brasil enfrenta sem ter uma opção rápida. “Se tivéssemos um sistema parlamentarista, a presidente Dilma já teria sido afastada, já teria recebido voto de desconfiança, o parlamento já teria sido dissolvido e junto com as eleições municipais, estaríamos fazendo eleições para os novos membros”, destacou.

Cássio aproveitou para convidar a população para um ato no dia 13/03 em João Pessoa e Campina Grande e garantiu que irá participar dos protestos na Capital paraibana e em Campina.

Paraiba.com.br


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