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24
fev
2016

Presidenta da organização, Margaret Chan disse jamais ter visto envolvimento tão sério e veloz de um governo no combate a uma epidemia

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A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou nessa terça-feira (23) em Brasília que o governo brasileiro está agindo de forma rápida e firme para assegurar a realização das Olimpíadas em condições seguras. "Eu posso dizer, com base no que vi e ouvi aqui hoje, que o mosquito não é capaz de vencer o Brasil", disse.

“Estamos em fevereiro e temos até agosto. O governo está trabalhando muito firmemente junto com parceiros OMS e Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) para assegurar todos os planos de trabalho para que (Olimpíada) seja segura, não só para participantes e atletas, mas para todas as pessoas que queiram vierem prestigiar os jogos olímpicos”, afirmou a sanitarista chinesa, em declaração a jornalistas.

Margaret Chan, que está à frente da OMS desde 2007, desembarcou em Brasília na noite da segunda-feira para uma visita de dois dias ao País em encontros com autoridades brasileiras.

Nesta terça-feira, ela se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff. O encontro tratou das ações adotadas pelo governo brasileiro para conter a epidemia do zika vírus, que causou um aumento nos casos de microcefalia no País.

Após o encontro ocorrido no Palácio do Planalto, a presidente da OMS disse estar “muito satisfeita” com a liderança do governo no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de zika, dengue e chikungunya, e também com a forma com que as famílias afetadas pela microcefalia estão sendo amparadas.

Ela acrescentou não ter visto uma mobilização para combate a uma epidemia como a observada no Brasil. “Afirmo nunca ter visto antes o envolvimento de uma liderança tão forte de um presidente em um problema como esse, tanto em velocidade de ações, seriedade, amplo espectro e escala do seu envolvimento.”

Sobre as ações para controle da epidemia de microcefalia, ela também avaliou como positiva a rapidez com que o Brasil tem transmitido às entidades internacionais e ao mundo informações sobre as ações adotadas.

E considerou como bem encaminhadas as medidas que estão em curso para permitir diagnóstico, tratamento e  prevenção das doenças.

Margaret Chan também se reuniu com ministros de diferentes áreas do governo federal no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres.

Após a agenda de encontros da terça-feira, a diretora-geral da OMS fará viagem a Recife para visitar um hospital que atende bebês com diagnóstico de microcefalia.

Emergência nacional e alerta internacional

O rápido avanço dos casos da má-formação do cérebro de bebês associada ao zika também levou a OMS e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a emitirem um alerta mundial, chamando a atenção para o alastramento dos casos.

Ao receber a dirigente da OMS o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse esperar que Margaret Chan ajude o governo a estabelecer mais parcerias para controle do zika.

“Desde o primeiro instante o Brasil tem sido o mais transparente possível. E queremos que ela nos ajude a estabelecer novas parcerias (no combate ao vírus e ao mosquito)”, disse Castro.

Medidas adotadas

Após a identificação do rápido aumento dos casos de microcefalia no fim de 2015 e da declaração de emergência nacional o governo federal adotou uma série de medidas para conter a infestação do mosquito e eliminar os criadouros.

Entre as ações, o governo mobilizou militares das Forças Armadas para reforçar as vistorias às residências.

A fim de manter o estado de alerta para microcefalia-zika-Aedes aegypti, no início deste mês o governo realizou uma mobilização nacional para alertar a população para o fato de que dois terços dos focos do mosquito estão nas residências.

Nessa mobilização, as autoridades fizeram um apelo para que a população faça vistorias semanais em casa evitar a proliferação do vetor das doenças.

Em outra ação, o governo firmou parceria com os Estados Unidos para desenvolver uma vacina contra o zika vírus.

Na última sexta-feira (19), o governo voltou a fazer uma mobilização nacional.

Dessa vez em escolas públicas, universidades e em centros e institutos de tecnologia para pedir que estudantes, universitários e professores tenham participação ativa na conscientização da população sobre a gravidade da situação.

Já na segunda-feira (22), o Ministério da Saúde acertou com o Instituto Butantã a terceira fase do desenvolvimento da vacina da dengue.

Portal Brasil


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