PT é o partido que tem mais candidatos a prefeito nas maiores cidades do país

 

Há quase dez anos no comando do governo federal, o PT é o partido que mais terá candidatos a prefeito nas 85 principais cidades do país (capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores).
Os petistas lançaram nomes para disputar as prefeituras em 62 dessas 85 cidades. Na sequência estão PSDB (43 candidatos), PMDB (36), PDT (32) e PSB (30).
O levantamento, feito pela Folha ao longo da semana que passou, computa os candidatos próprios e as alianças firmadas entre os 14 maiores partidos do país.
A liderança petista também aparece na capacidade de atrair apoios, o que cria amplas coligações que permitem mais tempo de propaganda na TV e no rádio.
O PT é o aliado prioritário de 8 dos 14 principais partidos. Só não é o "preferido" do PDT, do PSD e dos oposicionistas PSDB, DEM e PPS.
A aliança mais repetida nessas 85 cidades será entre o PT e seu aliado histórico PC do B, juntos em 22 disputas. Trata-se, porém, de uma parceria desigual. Enquanto os comunistas entregam seu apoio a 19 candidatos do PT, os petistas apoiam comunistas em apenas três cidades.
Um dos exemplos da falta de recíproca é Porto Alegre, onde o PT preferiu lançar candidato próprio -Adão Villaverde- a se coligar com Manuela D’Ávila, uma das principais apostas do PC do B.
Em São Paulo, os comunistas abriram mão da pré-candidatura de Netinho de Paula para oferecer a vice e mais tempo de TV para o petista Fernando Haddad.
A segunda aliança mais comum é entre o PT e o PSB, juntos em 21 cidades, mesmo em meio à estratégia do presidente dos socialistas, o governador Eduardo Campos (PE), de operar nos bastidores um descolamento da legenda da órbita petista.
Quinto partido que mais lançou candidatos, o PSB tem entre os grandes investimentos as candidaturas de Márcio Lacerda (Belo Horizonte), Luciano Ducci (Curitiba), Geraldo Júlio (Recife) e Roberto Cláudio (Fortaleza), todas elas sem o PT na coligação.
Os socialistas exibem ainda dez coligações com as legendas de oposição (PSDB, DEM e PPS), o dobro do PMDB, que tradicionalmente se dividia entre todos os espectros, mas hoje aparece, na larga maioria das ocasiões, mais fiel ao PT.

Folha

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