Vereadores apresentam denúncia contra juíza de Bayeux ao TRE

A juíza Conceição de Lourdes Marsicano de Brito Cordeiro, da 61ª Zona Eleitoral, foi denunciada pelos vereadores de Bayeux ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Os parlamentares dizem que ela teria invadido o plenário da Casa, sem autorização, no dia 29 de dezembro, acompanhada de policiais armados, teria usado a tribuna e discursado.

Quando Conceição chegou à casa legislativa, o vereador José Eraldo, mais conhecido como Lico, estava na tribuna. A juíza esperou ele terminar e também fez discurso. Em sua fala, a magistrada tratou das filas que se formavam para a biometria no Fórum eleitoral do município, disse que não tinha culpa dos transtornos e reclamou porque a Câmara não cedeu o número de servidores que ela teria solicitado para ajudar no processo de cadastro.

A Corregedoria do TRE da Paraíba instaurou uma sindicândia para apurar o ocorrido.

A juíza eleitoral de Bayeux disse que só iria se pronunciar sobre o assunto depois de ser notificada pelo Tribunal, o que ainda não aconteceu. De toda forma, ela não teme ser punida: "Temer, eu só temo os castigos de Deus”. Ela acrescentou que não é a primeira vez que comparece à Câmara para pedir ajuda dos vereadores para o recadastramento biométrico.

No ano passado, Conceição Marsicano foi homenageada pela Câmara de Bayeux. Na proposta do vereador Roni Alencar, justificou-se que era “conveniente homenagearmos essa mulher guerreira, competente e trabalhadora. Dra. Conceição, apesar de ser uma mulher à frente do seu tempo, nunca perdeu a doçura e a sensibilidade típicas do coração e personalidade feminina”.

Há rumores de que os vereadores estariam menos entusiasmados com a atuação da juíza em 2016 porque uma das filhas da magistrada pretende disputar uma vaga como vereadora.

ParlamentoPB

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